segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mt 8,18-22 – Jesus convida: “Venha comigo”






Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Agradeço-te, meu Deus,
porque me chamaste,
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia,
muitas vezes difíceis e pesadas,
para aqui me encontrar contigo.
Dispõe o meu coração na paz e na humildade
para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra.

1. Leitura (Verdade):
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 8,18-22, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus viu a multidão em volta dele e mandou os discípulos irem para o lado leste do lago.
Um mestre da Lei chegou perto dele e disse:
- Mestre, estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for!
Jesus respondeu:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos.
Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
E outro, que era seguidor de Jesus, disse:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai. Jesus respondeu:
- Venha comigo e deixe que os mortos sepultem os seus mortos.

Vale a pena recordar o venerável Charles de Foucauld (1858-1916), no seu comentário a estas palavras de Jesus:
“Mestre, seguir-te-ei para onde quer que vás”.
Dizia ele: “Bem-aventurada pobreza, que prodigaliza riquezas eternas aos que a amam e a abraçam!
Santa pobreza – a quantos a possuem e a desejam, promete Deus seguramente o Reino dos
céus, a glória eterna e a vida feliz. Querida pobreza, que o Senhor Jesus Cristo se dignou
preferir a tudo o resto, Ele que reinava e reina sobre o céu e a terra, Ele que “falou e as coisas
existiram” (Sl 32, 9). “As raposas têm as suas tocas”, diz Ele, “e as aves dos céus os seus
ninhos, mas o Filho do Homem”, isto é, Cristo, “não tem onde reclinar a cabeça”. Quando
finalmente deixou repousar a cabeça sobre a cruz, entregou o espírito (Jo, 19, 30).
Dado que Senhor tão grandioso quis descer ao seio da Virgem, dado que quis aparecer ao
mundo desprezado, indigente e pobre, a fim de que os homens, indigentes, pobres e famintos
de alimento celeste, se tornassem ricos nele, entrando no posse do Reino dos céus, exultai de
alegria. Regozijai-vos com grande felicidade e alegria espiritual.”


2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Dizia ainda Foucauld: “ Se preferis o desprezo às honras, e a pobreza às riquezas deste mundo, se confiais os vossos tesouros, não à terra mas ao céu, onde a ferrugem os não corrói, nem “a traça os destrói, nem os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar” (Mt 6, 20), “será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12).
O que significa preferir Jesus Cristo às riquezas? Lembro-me de outro grande homem, o cardeal Van Thuan, prisioneiro no Vietnã no Norte, que dizia em forma de oração:

“Escolhi Jesus.
Eu te escolhi, e não hei de chorar de saudades.
Sigo todos os teus passos. (...)
Tu disseste: caminha com passos de gigante.
Vai por todo o mundo, proclama a Boa Nova,
enxuga as lágrimas de dor,
revigora os corações desencorajados,
reúne os corações divididos,
abraça o mundo com o ardor do teu amor,
consome o que deve ser destruído,
deixa só a verdade, a justiça, o amor. (...)
Perdi tudo, ma tu me restarás.
O teu amor estará lá
a inundar meu coração de amor a todos.
A minha felicidade será total...
É por isso que repito: escolhi-te.
Só quero a ti e a tua glória.”


3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com um grande sacerdote, o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
“Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo”(DGAE 2008-2009, no 21). Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar é para relativizar tudo que tem valor passageiro, que “a traça corrói”. Um olhar para valorizar o que não passa.