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sábado, 30 de março de 2024

Mt 16,1-7 - Celebração de Páscoa

 

RESSUSCITOU!

Das trevas para a luz

(Em comunidade, grupos ou em família)

(Ambiente: Mesa com toalha branca, um bonito arranjo de flores,  a Bíblia aberta, vela grande ou círio e velas pequenas para todas as pessoas,  pão grande;  Material: cartões em branco, figuras com símbolos de Páscoa, pincéis atômicos ou canetas, a palavra “paz”, tesoura e cola)

Comentarista -  Boas vindas a todos que vieram celebrar a Páscoa. Primeiro vamos nos cumprimentar uns aos outros. Depois, vamos acender a vela que está sobre a mesa. Esta vela  significa duas coisas: a nossa fé e a pessoa mais importante desta festa -  Jesus Cristo.

Leitor 1( coordenador do grupo ou chefe da família) – ( Acende a vela e diz: ) Jesus é a Luz do mundo!

Comentarista -  Vamos todos cantar (ou rezar) a nossa fé.

Canto: Vos sois o Caminho, a Verdade e a Vida, o Pão da alegria descido do céu.

Da noite da mentira, das trevas para a luz,

Busquemos a Verdade, Verdade é só Jesus.

Comentarista: Qual a origem da festa da Páscoa que celebramos?  

Leitor  2: Conforme o  costume religioso judaico, os cristãos começaram a realizar a  especial celebração anual da Páscoa.       Primeiro, por meio de uma vigília noturna. As comunidades passavam a noite toda reunida, do sábado para o domingo da Páscoa. Nesta ocasião, à luz do mistério pascal, primeiro  proclamavam e ouviam os textos bíblicos relativos à história da salvação (os textos da criação, do êxodo, da vida de Abraão, os livros dos profetas etc.), entremeando-os com cantos de salmos e hinos bíblicos. Depois, faziam a celebração da Ceia pascal.

            Leitor 3:  No século segundo foi inserida  a bênção da água e a celebração do batismo.

            Leitor  4: Toda Vigília era antecedida por um tríduo, ou seja, três dias de jejum feito pelos que se preparavam para o Batismo e os cristãos batizados.

            Leitor 2: Houve mudanças no decorrer dos tempos, na forma de celebrar. O papa Pio XII, em 1951, estabeleceu que se deveria celebrar como nas origens, ou seja, na noite do sábado santo para o domingo da páscoa. O Vaticano II  confirmou esta norma do papa.

Comentarista: Como celebrar a Páscoa?

Leitor 2: Celebra-se a Páscoa com muita luz. Na Vigília Pascal, noite toda iluminada com a luz do Ressuscitado. 

Leitor 3: Celebramos a Ressurreição de Cristo.  É a noite da vitória, da alegria, da festa.

Leitor 4 Pois a  nossa vida  em Cristo ressuscitado tornou-se luz, vida e  vitória. Por isso nos reunimos em família, em comunidade.

Leitor 2: Por isso acendemos o Círio Pascal, a grande vela, símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão.

Leitor 1: Acendemos agora, as nossas velas no Círio e cantamos a nossa ressurreição e nossa vitória no Ressuscitado.

Canto: (refrão que se repete, enquanto todos acendem suas velas) Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós.

Comentarista: Nesta celebração, também não pode faltar a proclamação da Palavra de Deus. Com nossas luzes acesas, ouviremos a Palavra que é luz para nossas vidas.

Leitor 2: Evangelho de Jesus Cristo escrito por Marcos, capítulo 16, versículos de 1 a 7.

Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus. No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. No caminho perguntavam umas às outras:

- Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?

Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada. Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas, mas ele disse:

- Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já ressuscitou. Vejam o lugar onde ele foi posto. Agora vão e deem este recado a Pedro e aos outros discípulos: "Ele vai adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse".

Leitor 3: As mulheres são as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Elas não abandonam o corpo de Jesus no túmulo. Vão até lá, mesmo preocupadas com o peso da pedra. Quem iria retirá-la? São tomadas de surpresa, pois o túmulo estava aberto. Primeiro, elas vivem uma frustração pelo fato de não encontrarem o corpo de Jesus. Não têm a quem ungir. Depois descobrem que para encontrar Jesus, conforme o moço vestido de branco diz, é preciso sair, dar o recado a Pedro e aos outros discípulos que Jesus está vivo. Ressuscitou! Tornam-se missionárias da Ressurreição.

Leitor 4: Jesus ressuscitado aparece outras vezes aos discípulos e lhes confirma a fé, dando-lhes sempre a paz!

Comentarista: Confirmemos também nós a nossa fé, recebida como dom de Deus no Batismo, cantando:

Canto: Creio, Senhor, mais aumentai minha fé (três vezes).

Comentarista: Apagamos agora, nossas velas. O momento especial da celebração da Páscoa é a Eucaristia. 

Leitor 2: Vamos participar ainda hoje ou amanhã da Missa, mas agora fazemos, ao  redor da mesa, a partilha do pão.

Leitor 3: Vamos nos dar as mãos simbolizando a comunhão na fé e no amor e fazendo nossos pedidos (momento para cada um se expressar). 

Pai nosso...

Leitor 4: Agora partilhamos o pão, ou seja, a vida que Deus nos dá.

( Alguém parte o pão e distribui, enquanto todos, em silêncio recebem e comem).

Comentarista: Deixamos para o final a saudação de Cristo Ressuscitado: a paz! Saudemo-nos em Cristo Jesus, desejando-nos uma Feliz Páscoa!

Canto: Paz, paz de Cristo, paz, paz que vem do amor, lhe desejo irmão.

           Paz que é felicidade de ver em você Cristo nosso irmão!

Comentarista: Esta paz e esta alegria, frutos da Ressurreição de Jesus, precisam ser comunicadas. É preciso dar o recado como deram as mulheres na manhã da Ressurreição. Para isto, podemos preparar um cartão com o material disponível para oferecermos a alguém que não pode estar aqui conosco. Podemos colar algum símbolo e escrever uma mensagem (símbolo da vela, girassol,  sino, sol,  e as palavras "PAZ, Ressuscitou! Ele está vivo! Feliz Páscoa!" ).

Leitor 1: Finalizando, queremos pedir ao Senhor que nos abençoe.


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ir. Patricia Silva, fsp
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sábado, 23 de março de 2024

Mc 15,1-39 - Domingo de Ramos e da Paixão

 

Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando, com todos:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Este momento é muito especial no nosso dia.
Fazemos
silêncio no nosso coração e pedimos luz ao Espírito.
Rezamos com o Bem-aventurado Alberione:

Mestre,
Tu que iluminas todo homem 
e és a própria verdade:
eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
nem julgar senão conforme os teus julgamentos,
verdade substancial, dada a mim pelo Pai:
“Vive na minha mente, ó Jesus Verdade”.

1.Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?

Lemos a narrativa dos Ramos: Mc 11,1-10
Naquele tempo, 1 quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas o mandará logo de volta'”. 4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando este jumentinho?” 6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7 Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 8 Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9 Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10 Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!” – Palavra da salvação.

Refletindo
Jesus é aclamado com festa, ramos e hosanas, benditos, hinos e tapetes...Em seguida, será condenado.

Lemos atentamente a narrativa da Paixão em Mc 15,1-39
1 De manhã, os chefes dos sacerdotes, com os anciãos, os doutores da Lei e todo o Sinédrio, prepararam um conselho. Amarraram Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos. 2 Pilatos interrogou a Jesus: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «É você que está dizendo isso.» 3 E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4 Pilatos o interrogou novamente: «Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!» 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, e Pilatos ficou impressionado.

6 Na festa da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7 Nesse tempo, um homem chamado Barrabás estava preso junto com os rebeldes, que tinham cometido um assassinato na revolta. 8 A multidão subiu, e começou a pedir que Pilatos fizesse como costumava. 9 Pilatos perguntou: «Vocês querem que eu solte o rei dos judeus?» 10 Pilatos bem sabia que os chefes dos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11 Porém os chefes dos sacerdotes atiçaram a multidão para que Pilatos soltasse Barrabás. 12 Pilatos perguntou de novo: «O que farei então com Jesus que vocês chamam de rei dos judeus?» 13 Mas eles gritaram de novo: «Crucifique!» 14 Pilatos perguntou: «Mas, que mal fez ele?» Eles, porém, gritaram com mais força: «Crucifique!» 15 Pilatos queria agradar à multidão. Soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado.

 16 Então os soldados levaram Jesus para o pátio, dentro do palácio do governador, e convocaram toda a tropa. 17 Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele. 18 Depois começaram a cumprimentá-lo: «Salve, rei dos judeus!» 19 E batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prestavam-lhe homenagem. 20 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, o vestiram de novo com as próprias roupas dele, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.

O verdadeiro Messias -* 21 Passava por aí um homem, chamado Simão Cireneu, pai de Alexandre e Rufo. Ele voltava do campo para a cidade. Então os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus.

22 Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer «lugar da Caveira». 23 Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas Jesus não tomou. 24 Eles o crucificaram, e repartiram as roupas dele, fazendo um sorteio, para ver a parte de cada um. 25 Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus. 26 E aí estava uma inscrição, com o motivo da condenação: «O Rei dos judeus.» 27 Com ele crucificaram dois bandidos, um à direita e outro à esquerda. 28 Desse modo cumpriu-se a Escritura que diz: «Ele foi incluído entre os fora-da-lei.»

29 As pessoas que passavam por aí o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: «Ei! Você que ia destruir o Templo, e construí-lo de novo em três dias, 30 salve-se a si mesmo! Desça da cruz!» 31 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei, zombavam dele dizendo: «a outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! 32 O Messias, o rei de Israel... Desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!» Os que foram crucificados com Jesus também o insultavam.

Jesus é Filho de Deus -* 33 Ao chegar o meio-dia, até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 34 Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: «Eloi, Eloi, lamá sabactâni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?» 35 Alguns dos que estavam aí junto, ouvindo isso, disseram: «Vejam, ele está chamando Elias!» 36 Alguém, correndo, encheu de vinagre uma esponja, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber, dizendo: «Deixem, vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz!» 37 Então Jesus lançou um forte grito, e expirou. 38 Nesse momento, a cortina do santuário se rasgou de alto a baixo, em duas partes. 39 O oficial do exército, que estava bem na frente da cruz, viu como Jesus havia expirado, e disse: «De fato, esse homem era mesmo Filho de Deus!»

Refletindo
Jesus se revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devo escutar e seguir em seu caminho de cruz e de ressurreição.

2. Meditação (Caminho) 
O que a Palavra diz para nós?

Precisamos nos aproximar mais e deixar a Palavra invadir o nosso coração, condição para aprender do Mestre e ser seu/sua discípulo/a.

O Evangelho nos relata a paixão e morte de Jesus. É o momento culminante de uma vida gasta para concretizar o projeto salvador de Deus: libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo, escravidão, sofrimento e morte. Na cruz onde Jesus ofereceu a sua vida, revela-se o infinito amor de Deus por nós; na cruz, Jesus disse-nos que o amor até ao extremo gera Vida nova. 

Refletimos atualizando a Palavra
Vamos celebrar a Páscoa sob o barulho de bombas.
O cardeal Cantalamessa lembra que este ano a celebração da Páscoa será marcada não pelo som dos sinos, mas pelo barulho de bombas e explosões. E cita as palavras do profeta Isaías: “Se não mudardes as vossas lanças em foices, as vossas espadas em arados (Is 2,4) e os vossos mísseis em fábricas e casas, perecereis todos do mesmo modo!”.
Os eventos improvisamente nos recordaram uma coisa. As disposições do mundo mudam de um dia para o outro. Tudo passa, tudo envelhece; tudo  desvanece. Há um só modo de se subtrair à corrente do tempo, que arrasta tudo atrás de si: passar ao que não passa! Pôr os pés em terra firme! Páscoa significa passagem. Este ano, façamos todos uma verdadeira Páscoa,  irmãos e irmãs: passemos Àquele que não passa. Passemos agora com o coração, antes de passar um dia com o corpo! - diz o cardeal.

3. Oração (Vida)

O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Rezamos com o Papa Francisco:

Senhor, desarmai a mão levantada do irmão contra o irmão
Pai misericordioso,
que fazeis nascer o sol sobre bons e maus,
não abandoneis a obra das vossas mãos,
pela qual não hesitastes
em entregar o vosso único Filho,
nascido da Virgem,
crucificado sob Pôncio Pilatos,
morto e sepultado no coração da terra,
ressuscitado dentre os mortos ao terceiro dia,
apareceu a Maria de Magdala,
a Pedro, aos outros apóstolos e discípulos,
sempre vivo na santa Igreja,
o seu Corpo vivo no mundo.

Mantende acesa nas nossas famílias
e comunidades
a lâmpada do Evangelho,
que ilumina alegrias e sofrimentos,
fadigas e esperanças:
cada casa espelhe o rosto da Igreja,
cuja lei suprema é o amor.
Pela efusão do vosso Espírito,
ajudai a despojar-nos do homem velho,
corrompido pelas paixões enganadoras,
e revesti-nos do homem novo,
criado segundo a justiça e a santidade.

Segurai-nos pela mão, como um Pai,
para que não nos afastemos de Vós;
convertei ao vosso coração os nossos corações rebeldes,
para que aprendamos a seguir desígnios de paz;
fazei que os adversários se deem as mãos,
para que saboreiem o perdão recíproco;
desarmai a mão levantada do irmão contra o irmão,
para que, onde há ódio, floresça a concórdia.

Fazei que não nos comportemos como inimigos da cruz de Cristo,
para participar na glória da sua ressurreição.
Ele que vive e reina convosco,
na unidade do Espírito Santo,
para sempre.
Amém.

Contemplação
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
 Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Caminhamos com Jesus condenado, maltratado, crucificado e morto,
na certeza da ressurreição e da Vida nova.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.





terça-feira, 19 de março de 2024

Mt 1,16.18-21.24a - José - O homem que sabia ouvir e deixar-se guiar por Deus

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
- O amor e a paz de Deus nosso Pai,
que em Cristo nos libertou para que permanecêssemos livres,
estejam com todos nós
e nos mantenham firmes no evangelho de Jesus.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 1,16.18-21.24a

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

Refletindo
O texto fala do nascimento de Jesus. Fala de José, “homem que fazia sempre o que era direito”. Não só às pessoas com quem se relacionava, como Maria, mas em relação a Deus. Sabia ouvir e se deixar guiar por Deus, mesmo se nem tudo lhe fosse claro. O pedido de Deus era que ele recebesse Maria como sua esposa. Devia, portanto, assumir Jesus, como filho. Perante a sociedade Jesus deveria ser reconhecido como filho de José, filho do carpinteiro, embora fosse Filho de Deus. José assumiu: “fez tudo o que o anjo do Senhor havia mandado”.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Somos chamados a abrir caminhos para a vida, como fez José.
Meditando
Ajudam-nos a entender isto os bispos na Conferência de Aparecida: 
“Nossa missão, para que nossos povos tenham vida nele, manifesta nossa convicção de que o sentido, a fecundidade e a dignidade da vida humana se encontra no Deus vivo revelado em Jesus. É urgente a tarefa de entregar a nossos povos a vida plena e feliz que Jesus nos traz, para que cada pessoa humana viva de acordo com a dignidade que Deus lhe deu. Fazemos isso com a consciência de que essa dignidade alcançará sua plenitude quando Deus for tudo em todos. Ele é o Senhor da vida e da história, vencedor do mistério do mal e acontecimento salvífico que nos faz capazes de emitir um juízo verdadeiro sobre a realidade, que salvaguarde a dignidade das pessoas e dos povos” (DAp 389).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Cantiga por José
Que foi que te encantou nesta donzela? Que foi que te encantou?
Que foi que te levou à casa dela? Que foi que te levou?
Andavas procurando a namorada ideal,
pedias ao Senhor que te ajudasse a encontrá-la.
E de repente um dia
alguém te apresentou Maria. (bis)

Que foi que viste tu nos olhos dela? Que foi, meu bom José?

Que foi que até te fez sonhar com ela no céu de Nazaré?
3.Agora desposaste a tua eleita na paz do teu Senhor.
A vida se tornou bem mais perfeita com ela tem mais cor.
( CD Um certo Galileu II, Pe. Zezinho, scj - Intérprete: Astúlio Nunes )

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é o olhar de fé para os Projetos de Deus, com a dignidade e o compromisso de José.

Bênção  do papa Francisco

Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; 
sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. 
Em nome do Pai...



Ir. Patricia Silva, fsp
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segunda-feira, 18 de março de 2024

Jo 8,1-11 - Deus e seu amor na vida da pessoa


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Jo 8,1-11, e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho com a mulher, que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”. 
Refletindo

Jesus é o  Mestre que revela o verdadeiro rosto de Deus e seu projeto de vida. 
Os doutores da Lei condenam a mulher, colocam-na no meio, "lugar" dos preferidos da salvação de Deus.
Em vários outros textos, vemos Jesus colocar no meio da comunidade os paralíticos, cegos, as crianças, as viúvas, os doentes.
Os fariseus buscavam um motivo para acusar e condenar Jesus. Mas Ele não cai.
As palavras de Jesus  têm a autoridade de chegar às consciências das pessoas: "Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra".
A consciência dos acusadores não ficou calada. Um a um foram-se retirando, "começando pelos mais velhos".
Ficam apenas Jesus e a mulher. Podemos imaginar  a humilhação e medo que ela experimenta.
Transgredindo a lei que não permitia a um judeu se dirigir em público a uma mulher desconhecida, muito menos na situação na qual ela se encontrava, Jesus  dialoga com ela:
"Mulher, onde estão os outros? Ninguém condenou você?". Ele sabe a resposta, mas quer que a mulher se sinta digna de responder. 
Encorajada pela  mansidão de Jesus, escuta-se pela primeira vez a voz da mulher: "Ninguém, Senhor".  Jesus diz-lhe, então, duas coisas fundamentais: "Eu também não a condeno. Pode ir, e não peque mais".

Jesus oferece seu perdão  e ela deve  mudar sua vida para ser verdadeiramente livre.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? Com quais personagens me identifico? Com Jesus, a mulher ou com seus acusadores? Escolho para mim a atitude de Jesus que não julga e ajuda as pessoas a não julgarem. Em Aparecida, disseram os bispos:
 Não podemos nos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a presença do mistério de Deus e de seu amor na vida do homem e seu amor, que é o único que verdadeiramente salva e liberta. Na verdade, “quem exclui a Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, consequentemente, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. A verdade desta afirmação parece evidente diante do fracasso de todos os sistemas que colocam Deus entre parêntesis”. (DA 405).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Oração
Perdão sem condições
Tu nos ofereces o perdão
não nos pedes negociá-lo contigo
na base de castigos e contratos.
“Teu pecado está perdoado.
não peques mais.
Vai e vive sem temor.
E não carregues o cadáver de ontem
sobre teu ombro livre”

Não nos pedes sanear
a dívida impagável
de havermo-nos voltado contra ti.
Ofereces-nos uma vida nova
sem ter que trabalhar
abrumados pela angústia
pagando os juros
de uma conta infinita.
Nos perdoas de todo coração.

Com o perdão nos dás o gozo.
Não queres que ruminemos
em um canto da casa
nosso passado partido,
mas que celebremos a festa
de todos os irmãos,
vestidos de gala e de perfume,
entrando em tua alegria.

Pedimos-te no Pai Nosso:
“Perdoa-nos como perdoamos”
Hoje te pedimos mais ainda:
ensina-nos a perdoar os outros
e a nós mesmos
como tu nos perdoas.

Benjamin González Buelta.
Salmos para sentir e saborear internamente as coisas


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
“Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo”(CNBB). Como vamos vivê-lo na missão? Nosso novo olhar é de perdão para com os outros e para conosco também

.Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.




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sábado, 16 de março de 2024

Jo 12,20-33 - Queremos ver Jesus! - 5º Domingo da Queresma

 Rezamos com toda a Igreja:

- Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
- Socorrei-me sem demora.
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
- Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Hino
Humildes, ajoelhados
na prece que a fé inspira,
ao justo Juiz roguemos
que abrande o rigor da ira.

Ferimos por nossas culpas
o vosso infinito amor.
A vossa misericórdia
do alto infundi, Senhor.

Nós somos, embora frágeis,
a obra de vossa mão;
a honra do vosso nome
a outros não deis, em vão.

Senhor, destruí o mal,
fazei progredir o bem;
possamos louvar-vos sempre,
e dar-vos prazer também.

Conceda o Deus Uno e Trino,
que a terra e o céu sustém,
que a graça da penitência
dê frutos em nós. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
“Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou.” (DAp 18).
Assim, invocamos as luzes do Espírito Santo, para este momento:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

Lemos atentamente o texto: Jo 12,20-33

Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. 22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora, sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora’? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!” 29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer. 

Refletindo
Os não-judeus (gregos) que falam com Filipe pedindo para ver Jesus, eram considerados pagãos. "Ver", na linguagem do evangelista João, significa muito mais que ver e visitar. É estar junto, conviver, seguir. Filipe e André apresentam o pedido dos pagãos a Jesus. Este, por sua vez, em resposta,  faz este magnífico discurso com frases breves, trazendo a imagem do grão de trigo, as exigências do seguimento, o anúncio de sua "hora", a aflição que sente. Fala também de sua relação com o Pai e, até, num momento profundo faz uma pequena oração ao Pai: "Pai, revela a tua presença!" E o Pai, que está sempre presente, responde, confirmando que está aí. A multidão chega a confundir a voz do Pai com um trovão. Alguns diziam que um anjo tinha falado com Jesus. O Mestre diz, então, que "chegou a hora" e que, quando "for levantado da terra" atrairá todos a si, inclusive os considerados pagãos. Ser levantado da terra significava ser pregado na cruz. Os não-judeus, chamados "gregos" em algumas traduções, não só viram Jesus, mas também eles tiveram a certeza de que são atraídos, convocados por Jesus para o Reino.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Jesus nos fala de  seguimento. Seguir Jesus é optar pelo caminho da vida. É ser atraído por Ele e estar sempre na presença do Pai.
Meditando
Os bispos, em Aparecida, na V Conferência, nos lembraram dois caminhos. Um caminho de vida e outro de morte. 
"Hoje se considera escolher entre caminhos que conduzem à vida ou caminhos que conduzem à morte (cf. Dt 30.15). Caminhos de morte são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através daqueles que nos precederam na fé. São caminhos que traçam uma cultura sem Deus e sem seus mandamentos ou inclusive contra Deus, animada pelos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero, a qual termina sendo uma cultura contra o ser humano e contra o bem dos povos latino-americanos. Os caminhos de vida verdadeira e plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à “plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina, também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural”.  Essa é a vida que Deus nos participa por seu amor gratuito, porque “é o amor que dá a vida” ( DAp 13).

3.Oração (Vida)
Agora, com toda a Igreja, rezamos:
Para viver a Palavra:
Senhor nosso Deus,
dai-nos por vossa graça caminhar com alegria na mesma caridade que
levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo.
Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oração da CF 2024

Deus Pai,

vós criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade 

 Vós os resgatastes pela vida, morte e ressurreição do vosso filho Jesus Cristo. E os tornastes filhos e filhas santificados no Espírito 

Ajudai-nos, nesta Quaresma, a compreender o valor da Amizade social e a viver a beleza da Fraternidade Humana aberta a todos, para além dos nossos gostos, afetos e preferências

num caminho de verdadeira penitência e conversão.

Inspirai-nos um renovado compromisso batismal com a construção de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz! Conforme a Boa Nova do Evangelho!

Ensinai-nos a construir uma sociedade solidária sem exclusão, indiferença, violência e guerras!

E que Maria, vossa serva e nossa mãe, nos eduque para fazermos vossa Santa Vontade!

 Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Com os olhos iluminados pela luz da Palavra podemos e queremos ver Jesus no hoje, na nossa história, na nossa vida pessoal, familiar, comunitária, eclesial.
Frase para memorizar e lembrar várias vezes durante o dia, como uma oração: "Queremos ver Jesus",

Bênção
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.


Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
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