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sábado, 28 de junho de 2025

Mt 16,13-19 - Nasce a Igreja! Unidade e Profecia - Dia do Papa - 29 de junho de 2025

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
Vatican news

hoje, Dia de São Pedro e São Paulo, rezando:

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Divino Espírito Santo,
amor eterno do Pai e do Filho,
eu vos adoro, louvo e amo!
Peço-vos perdão por todas as vezes que vos ofendi
em mim e no meu próximo.
Vinde, com a plenitude de vossos dons,
nas ordenações, nas consagrações e nas crismas!
Iluminai, santificai, aumentai o zelo apostólico!
Espírito de verdade,
consagro-vos a minha inteligência,
imaginação e memória.
Iluminai-me!
Dai-me conhecer Jesus Cristo Mestre.
Revelai-me o sentido profundo do Evangelho
e de tudo o que ensina a santa Igreja.
(Bem-aventurado Tiago Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente, Mt 16,13-19, observando o testemunho de fé de Pedro.

Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesareia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.


Refletindo
O Evangelho descreve o momento em que Jesus conferiu a Pedro o primado na Igreja: “Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu”. Desde então, a sucessão a Pedro nunca se interrompeu. Francisco é o 267º (Ducentésimo, sexagésimo sétimo) sucessor de Pedro. Leão XIV, o 268º sucessor de Pedro. Por isso, hoje, é também o Dia do Papa.
Com São Pedro, celebramos a outra "coluna" da Igreja, São Paulo Apóstolo, que foi o grande comunicador do Evangelho. Disse São Paulo, na segunda carta a Timóteo: "O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças. Ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações" (2Tm 4,17).

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando

O Papa Francisco nos ajudou a refletir nesta Solenidade. Disse ele:
"Na festa dos dois Apóstolos, gostaria de partilhar convosco duas palavras-chave: unidade e profecia.

Unidade. Celebramos conjuntamente duas figuras muito diferentes: Pedro era um pescador que passava os dias entre os remos e as redes; Paulo, um fariseu culto, que ensinava nas sinagogas. Quando saíram em missão, Pedro dirigiu-se aos judeus; Paulo, aos pagãos. E, quando se cruzaram os seus caminhos, discutiram animadamente, como Paulo não tem vergonha de contar numa carta (cf. Gl 2, 11-14). Enfim, eram duas pessoas muito diferentes, mas sentiam-se irmãos, como numa família unida onde muitas vezes se discute mas sem deixar de se amarem. Contudo a familiaridade, que os unia, não provinha de inclinações naturais, mas do Senhor. Ele não nos mandou agradar, mas amar. É Ele que nos une, sem nos uniformizar. Nos une nas diferenças.

A profecia nasce quando nos deixamos provocar por Deus: não quando gerimos a própria tranquilidade, mantendo tudo sob controle. Não nasce de meus pensamentos, não nasce de meu coração. Nasce se nós nos deixamos provocar por Deus. Quando o Evangelho inverte as certezas, brota a profecia. Só quem se abre às surpresas de Deus é que se torna profeta. Vemo-lo em Pedro e Paulo, profetas que enxergam mais além: Pedro é o primeiro a proclamar que Jesus é «o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16); Paulo antecipa a conclusão da sua vida: «Já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor» (2 Tm 4, 8)"   (Solenidade de São Pedro e São Paulo, 2020).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus? 
Pensando em nossa Igreja, no Papa Leão e nas necessidades que tem, rezamos:
Pai nosso....

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar a partir da Palavra é iluminado também pelo pensamento do papa Bento XVI, sobre todas as pessoas, em especial as mais carentes, que precisam sentir a proximidade da Igreja. Disse ele aos Bispos em Aparecida: “O povo pobre das periferias urbanas ou do campo necessitam sentir a proximidade da Igreja, seja no socorro de suas necessidades mais urgentes, como também na defesa de seus direitos e na promoção de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz. Os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho . (DAp 550).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, .....

Ir. Patrícia Silva, fsp

Lc 2,41-51 - Coração Imaculado Coração de Maria

LEITURA ORANTE

Meu coração exulta porque me salvais. 
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.


1. Leitura: (Verdade)
O que a Palavra diz?
Fixamos o nosso olhar em Deus, através da Palavra.
Fazemos, na Bíblia, a leitura lenta e atenta do texto: Lc 2,41-51

Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume. Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre os parentes e amigos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava. Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E a sua mãe lhe disse:
- Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você. Jesus respondeu:
- Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai? Mas eles não entenderam o que ele disse. Então Jesus voltou com os seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles. E a sua mãe guardava tudo isso no coração.

Refletindo
Em um momento de silêncio interior, recordo o que li.Este texto nos faz lembrar o que diz a Igreja sobre Maria no capítulo oitavo da Constituição Lumen Gentium:
Esta união da Mãe com o Filho, na obra da redenção, manifesta-se desde o momento em que Jesus Cristo é concebido virginalmente, até à sua morte. Primeiramente, quando Maria se dirigiu pressurosa a visitar Isabel, e esta a proclamou bem-aventurada, por ter acreditado na salvação prometida, estremecendo de alegria, a divina criança, o precursor, no seio de sua mãe (cf. Lc 1,41-45); e depois, no nascimento, quando a Mãe de Deus, cheia de alegria, mostrou aos pastores e aos magos o seu Filho primogênito, que não diminuiu, muito pelo contrário, consagrou a sua integridade virginal. (10) E também quando, ao apresentá-lo no templo ao Senhor, ofereceu o resgate dos pobres e ouviu Simeão profetizar que esse Filho havia de ser sinal de contradição e que uma espada atravessaria a alma da Mãe, para que se revelassem os pensamentos de muitos corações (cf. Lc 2, 34-35). O Menino Jesus perdido e com tanta dor procurado, encontraram-no Maria e José no templo, ocupado nas coisas de seu Pai; não entenderam a resposta que lhes deu; a Mãe, porém, guardava no seu coração e meditava sobre todas estas coisas (cf. Lc 2, 41-51). (Lumen Gentium, cap. 8, 57).

Assim entendemos que Maria é um excelente caminho para encontrar Jesus. O coração físico de Maria é símbolo de seu amor. O Coração Imaculado de Maria é a expressão de todos os seus sentimentos, afetos, e, sobretudo, de seu amor a Deus, a seu Filho e a todas as pessoas que lhe foram confiadas por Jesus agonizante, na cruz.


2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para nós? Cultivamos a devoção mariana? Como nos relacionamos com Maria? Como filho/a?
Meditando
Enfocada pelos Padres da Igreja, a grandeza do coração de Maria recebe devoção especial durante a Idade Média. A passagem da devoção particular ao culto público do Coração de Maria é obra de São João Eudes (1601-1680). Em 1942, o Papa Pio XII estendeu esta festa a toda a Igreja. O caminho para Jerusalém é imagem da caminhada de fé, vivida por Maria no seu coração.

Maria tem lugar na nossa casa, nos nossos relacionamentos, no nosso trabalho? Ela nos orienta a “fazer tudo que Jesus disser”? Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram: "A máxima realização da existência cristã como um viver trinitário de “filhos no Filho” nos é dada na Virgem Maria que, através de sua fé (cf. Lc 1,450 e obediência à vontade de Deus (cf. Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (cf. Lc 2,19.51), é a discípula mais perfeita do Senhor. Interlocutora do Pai em seu projeto de enviar seu verbo ao mundo para a salvação humana, com sua fé, Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e também se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte, emerge do Evangelho conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo. Ela viveu completamente toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e depois dos discípulos, sem que fosse livrada da incompreensão e da busca constante do projeto do Pai. Alcançou, dessa forma, o fato de estar ao pé da cruz em uma comunhão profunda, para entrar plenamente no mistério da Aliança." (DAp 266).

3. Oração (Vida)
Ouvir a canção Coração de Maria - Pe. Zezinho, scj


  4. Contemplação (Vida)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em nós?
Passaremos o dia a olhar como Maria, um olhar que busca o Senhor e o procura até o encontrar.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

  
Ir. Patrícia Silva, fsp

Lc 2,41-52 – Jesus adolescente fica no Templo

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando com todos que meditam a Palavra:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Agradeço-te, meu Deus,
porque me chamaste,
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia,
muitas vezes difíceis e pesadas,
para aqui me encontrar contigo.
Dispõe o meu coração na paz e na humildade
para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra.

Vinde, Espírito Santo....

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 2,41-52

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados, e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. 49Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas essas coisas. 52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.

Compreendendo o texto
Maria e José foram para Jerusalém comemorar a Páscoa, quando Jesus era adolescente de 12 anos. Ao retornarem a Nazaré, Jesus foi tido pelos seus pais como “desaparecido”. Depois de um dia de viagem, deram falta dele. E só depois de três dias o encontraram no templo, em Jerusalém. Conversava com os doutores. O que se passou no coração de Maria, mãe de Jesus, e de seu pai, foi muita aflição. Quando o encontraram, Maria disse: “Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você.´ E então Jesus diz as suas primeiras palavras narradas no Evangelho. Elas se referem ao Pai: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?” Depois, Jesus voltou com os pais a Nazaré e lhes era obediente.
 

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para nós, hoje?

Nas palavras pronunciadas por Jesus quando se encontra com Maria e José: “porque vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?” está o centro da mensagem do texto.

O significado  da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão – a missão que o Pai lhe confia – vai obrigá-lo a romper os laços com a própria família (cf. Mc 3,31-35).

Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo por mandato de Deus Pai e com um projeto de salvação/libertação. Àqueles que se perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a

Oração à Sagrada Família
Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,
fazei que todos nos tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém.

(Papa Francisco, Amoris Laetitia, 325)



4. Contemplação
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é voltado para o olhar de Maria sempre atenta aos caminhos e opções de seu Filho que procura estar em sintonia com as "coisas do Pai"

Bênção

Senhor, volta para mim, na maneira simples de chegar.
E que te possa descobrir
em todos os presépios e casas,
em todas as manjedouras e berços,
em todas as Marias e Josés.

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp