sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Mt 22,34-40 - "O amor constrói pontes e fomos feitos para o amor" (Fratelli tutti)



 


Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
rezando com todos que aqui nos encontramos:

Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente, Mt 22,34-40 e observamos a síntese que Jesus faz dos mandamentos.

Os fariseus se reuniram quando souberam que Jesus tinha feito os saduceus calarem a boca. E um deles, que era mestre da Lei, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, perguntou:
- Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei? Jesus respondeu:
- "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente." Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: "Ame os outros como você ama a você mesmo." Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos.
Refletindo
O mestre da Lei quer por Jesus à prova.
Pergunta-lhe qual é o mandamento mais importante. Jesus diz que os dois são igualmente importantes e inseparáveis: quem ama a Deus deve amar o filho de Deus, ou seja, o próximo. Tudo o mais é consequência. E diz mais: o amor ao próximo deve ser igual ao amor a si mesmo.

"O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis e complementares. São as duas faces da mesma medalha", afirmou o Papa Francisco.
Segundo ele tudo se resume ao amor de Deus e ao próximo que são “o sinal visível com o qual os cristãos testemunham ao mundo o amor de Deus é o amor pelos irmãos”.

“O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência”.

O Papa Francisco recordou que “Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, não; ele nos confiou dois rostos, aliás, um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o mais pequeno, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus”.

“Ao encontrarmos um destes irmãos, nós deveríamos perguntar-nos se somos capazes de avistar nele o rosto de Deus. Somos capazes disso?”
Em resposta o Papa Francisco lembrou que “não se pode mais separar a vida religiosa do serviço aos irmãos, aos irmãos que encontramos concretamente; ser santos requer também cuidar das pessoas mais frágeis como o estrangeiro, o órfão, a viúva”, e completou a ideia ao afirmar que “o amor é a medida da fé e a fé é a alma do amor”.

Após a reflexão sobre o trecho do Evangelho de Mateus, o Papa lembrou a novidade de Jesus na época que “coloca juntos estes dois mandamentos, o amor a Deus e o amor ao próximo”, revelando que “eles são inseparáveis e complementares; são as duas faces da mesma medalha”, concluiu Francisco, citando um trecho da Encíclica ‘Deus é Amor’, de Bento XVI.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Em Fratelli tutti, o Papa Francisco disse:  "O amor constrói pontes e fomos feitos para o amor" (Fratelli tutti).
Como vivemos este este amor ou os dois mandamentos? Começamos ao contrário, pelo segundo mandamento. Amo as outras pessoas como a mim mesmo? 

O papa Bento XVI publicou em 2006 a sua primeira encíclica intitulada “Deus caritas est”, Deus é amor. No parágrafo 16, diz que há um “nexo indivisível entre o amor a Deus e o amor ao próximo: um exige tão estreitamente o outro que a afirmação do amor a Deus se torna uma mentira, se o homem se fechar ao próximo ou, inclusive, o odiar.” O papa diz mais: “Só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor é que me torna sensível também diante de Deus. Só o serviço ao próximo é que abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. Os Santos — pensemos, por exemplo, na Beata Teresa de Calcutá — hauriram a sua capacidade de amar o próximo, de modo sempre renovado, do seu encontro com o Senhor eucarístico e, vice-versa, este encontro ganhou o seu realismo e profundidade precisamente no serviço deles aos outros. Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento” 
(Deus caritas est, 18).
É assim que amamos nosso irmão? É assim que amamos a Deus?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluímos com o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar, a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é de renovada relação de amor com Deus e o próximo. Porque conforme o papa Francisco:  "O amor constrói pontes e fomos feitos para o amor" (Fratelli tutti)

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp


quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Mt 18,21-19,1 - Perdoar sempre

Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando o Salmo 24

Mostrai-me, Senhor, vossos caminhos,
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação.
Recordai, Senhor Deus,
vossa ternura e vossa compaixão que são eternas.
De mim lembrai-vos, porque
sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos com calma e atentamente:  Mt 18,21-19,1.

Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! - respondeu Jesus.
Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes.  Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo."
- Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você."
- O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.
E Jesus terminou, dizendo:
- É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.
Depois de dizer isso, Jesus saiu da Galileia e foi para a região da Judeia que fica no lado leste do rio Jordão.

Refletindo
O perdão só é possível a quem ama. Perdoar só é possível quando há um verdadeiro encontro com Deus. Deus ama a cada pessoa com seu amor infinito. Ama, com capacidade de perdoar, quem se sente amado por Deus. À pergunta de Pedro: "Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? " Jesus disse que não só sete vezes, mas setenta vezes sete. Ou seja, na comunidade dos seguidores de Jesus não existe limite para o perdão. "Setenta vezes sete" quer dizer, sempre! A história que Jesus conta em seguida é para lembrar que também nós precisamos de perdão, também nós somos perdoados, por isso, devemos perdoar sempre.

2. Meditação (Caminho)
  - O que a Palavra diz para nós?
O Evangelho de hoje nos questiona profundamente, sobretudo se temos dificuldade de perdoar. Devemos nos lembrar de que o perdão mede a nossa capacidade de amar.

Meditando
São Paulo fala sobre o amor cristão, em 1Cor 13, 4-7.Diz  ele:
"Quem ama é paciente e bondoso.
Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta;
Não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Que ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. "
E os bispos dizem:
"O sacramento da reconciliação é o lugar onde o pecador experimenta de maneira singular o encontro com Jesus Cristo, que se compadece de nós e nos dá o dom de seu perdão misericordioso, faz-nos sentir que o amor é mais forte que o pecado cometido, nos liberta de tudo o que nos impede de permanecer em seu amor, e nos devolve a alegria e o entusiasmo de anunciá-lo aos demais com o coração aberto e generoso."( DAp 254)

3. Oração (Vida)
Uma oração recomendada pela Igreja está no documento de Aparecida: Rezamos um Pai Nosso, pedindo a graça de buscar e acolher o sacramento da reconciliação. E rezamos o 
Salmo - 77
R. Das obras do Senhor não se esqueçam.

56 Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, * 
recusando-se a guardar os seus preceitos. 
57 Como seus pais, se transviaram, e o traíram * 
como um arco enganador que volta atrás; R.

58 irritaram-no com seus lugares altos, * 
provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. 
59 Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, * 
e repeliu com violência a Israel. R.

61 Entregou a sua arca ao cativeiro, * 
e às mãos do inimigo a sua glória; 
62 fez perecer seu povo eleito pela espada, * 

e contra a sua herança enfureceu-se. R.

4. Contemplação (Vida/ Missão)
 - Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Queremos hoje e todos os dias de nossa vida  ter um olhar de amor que tudo perdoa, tudo desculpa, tudo crê!

Bênção
Jesus Divino Mestre seja para ti
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
(Bem-aventurado Tiago Alberione, fundador da Família Paulina)

Ir. Patrícia Silva, fsp


domingo, 13 de agosto de 2023

Mt 14,22-33 - Por que você duvidou?

LEITURA ORANTE
Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis 
o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente, o texto: Mt 14,22-33 , e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 
Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23 Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. 24 A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29 E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33 Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” 

Refletindo
Enquanto Jesus reza, sozinho, no monte, os discípulos navegam no lago. Jesus tinha ordenado aos discípulos que subissem no barco e fossem à  frente, para o lado oeste do lago. Para quê? Certamente para testemunhar a outros povos que a nova sociedade se constrói pela partilha, como tinham visto na partilha dos pães e dos peixes. Mas isto não foi fácil. O mar estava agitado. As ondas batiam com força contra o barco. O que significava isto? Significava a resistência dos discípulos e nossa para compreender o projeto de Deus para todos. De madrugada Jesus vai ao encontro deles, caminhando sobre as ondas. Os discípulos, já amedrontados, pensam que é um fantasma. Não reconhecem o Mestre. Ele os acalma dizendo-lhes: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” E Pedro lança um desafio, como um teste: “Se é o Senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o Senhor está”. E Jesus aceita: “Venha!” Um desafio ousado, como se Pedro quisesse participar da divindade e do poder de Jesus. Exigia uma grande fé, entrega total, abandono total. Pedro não estava preparado. Sua fé balançou quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Jesus atende ao seu pedido de socorro e o salva.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Este texto nos convida a avaliar a nossa fé. Os ventos contrários do texto lido lembram as nossas tempestades. Dizemos que temos fé, que seguimos Jesus, que ele está conosco, mas nos momentos difíceis nos apavoramos como Pedro. Também nós duvidamos quando sentimos os “ventos contrários”. Isso porque ainda não confiamos plenamente em Deus e no seu Projeto de amor. É assim comigo? 

Meditando
Para nós que também, às vezes duvidamos, dizem os bispos da América Latina: " Nestes momentos, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: “Como vamos saber o caminho?” (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai., quem tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: “que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado” (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tuas palavras dão vida eterna” (Jo 6,68); “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)." (DAp 101).

 
3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos,  com salmos  

Salmo 84(85)

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!

1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra. – R.

2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R.

3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R.

E concluímos com a canção do padre Zezinho, scj,

É quando a minha fé balança
E aquilo que eu achava certo eu já não acho mais
É quando o coração se cansa
E perde o pique da esperança que conduz a paz
É quando crer em Deus fica difícil demais
E o mundo nos crucifica porque temos fé
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
É quando o coração vacila ai, ai
E aquilo que eu queria tanto eu já não quero mais
É quando o sentimento oscila ai, ai
E como por um desencanto já não crê na paz
É quando fazer o bem fica difícil demais
E a gente até se arrepende do bem que já fez
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Sei em quem acreditei.....
 
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso  novo olhar é de fé. Em casa, na rua, no trabalho, onde estivermos, em alguma situação ameaçadora ou difícil, vamos aumentar minha confiança no Senhor, na certeza de que ele nos ajudará. Repetiremos com santa Teresa D’Ávila:
Nada te perturbe,
nada te amedronte
tudo passa
a paciência tudo alcança...
a quem tem Deus
nada falta, só Deus basta.
  
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Igreja em saída, levando amor e fraternidade

                             freepik.com

O trabalho da Igreja "não pode se limitar a discursos ou ações isoladas, mas deve ser um testemunho constante de solidariedade e apoio a quem se encontra em situação de vulnerabilidade laboral e social", diz o Papa à Irmandade operária católica (...). Nosso trabalho como cristãos nos encoraja a ir ao encontro daqueles que mais precisam de nosso amor e fraternidade."

«Construindo pontes, derrubando muros. Igreja no mundo do trabalho tecendo laços de fraternidade» é o tema da XIV Assembleia Geral da Irmandade Operária da Ação Católica (HOAC, sigla em espanhol), movimento dos trabalhadores cristãos da Ação Católica espanhola, que de 12 a 15 de agosto reúne em Segóvia 700 de seus membros. O objetivo é dialogar e tomar decisões sobre os desafios, prioridades e propostas do movimento para os próximos seis anos, a partir de um olhar cristão sobre a realidade, da experiência do compromisso dos seus membros e dos desafios que tem como Igreja, em um mundo com enormes fraturas sociais, desigualdades e injustiças que afetam particularmente o mundo dos trabalhadores e do trabalho, onde continua a ser essencial ser testemunha e impulsionador do projeto de humanização proposto por Jesus Cristo.

Participar da construção de um mundo mais justo e fraterno

O Papa em sua mensagem destaca a dignidade do trabalho, expressando no início da mensagem seu "profundo apreço" pela "valiosa dedicação e compromisso" deste movimento "de continuar sendo uma Igreja que caminha no mundo do trabalho".

E fazendo alusão ao que escreveu na Evangelii gaudium, recorda que o trabalho é "componente essencial da vida e da dignidade das pessoas. Não é simplesmente uma atividade produtiva, mas um meio através do qual colaboramos com Deus na obra da criação e nos realizamos como seres humanos, "porque, no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida." 

O trabalho, em todas as suas formas - reiterou - nos permite ser cocriadores e participar da construção de um mundo mais justo e fraterno. 

Proximidade aos que sofrem com falta de oportunidades

O Santo Padre enfatizou ainda "a necessidade de ser uma Igreja que acompanha desde as periferias do mundo do trabalho", cujo compromisso "não pode se limitar a discursos ou ações isoladas, mas deve ser um testemunho constante de solidariedade e apoio a quem se encontra em situação de vulnerabilidade laboral e social.

"Ser uma Igreja que acompanha desde as periferias - precisou - significa estar perto daqueles que sofrem com a precariedade do trabalho e a falta de oportunidades":

Igreja em saída, levando amor e fraternidade

Devemos ser uma presença ativa, caminhando com eles, ouvindo-os e colaborando na busca de soluções justas e duradouras. Nosso trabalho como cristãos não se limita às paredes de nossas igrejas, mas nos encoraja a ir ao encontro daqueles que mais precisam de nosso amor e fraternidade.

É essencial - reiterou o Papa - que estejamos ao lado dos trabalhadores que enfrentam desesperança e exclusão devido à falta de trabalho:

Num mundo onde o desemprego continua a afetar muitas famílias, a nossa função como Igreja é oferecer-lhes o nosso acompanhamento e a nossa esperança, encorajando-as a não perder a confiança e a procurar oportunidades de reinserção no mundo do trabalho.

A Igreja precisa de vocês

Francisco encorajou os participantes do encontro a "continuar tecendo laços de fraternidade, levando a luz do Evangelho e construindo uma sociedade mais justa, exortando-os "a continuar a ser povo de Deus no meio da vida laboral e a tecer histórias de encarnação e de abraço... A Igreja precisa de vocês."

Que o Espírito Santo - disse ao concluir - vos guie no vosso trabalho e vos fortaleça no vosso empenho quotidiano. "Continuemos para diante, empenhemo-nos totalmente, mas deixemos que seja Ele a tornar fecundos, como melhor Lhe parecer, os nossos esforços." (EG 279).

FONTE: Vaticannews

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Mt 14,22-36 - Deus nos socorre em nossa fraqueza

LEITURA ORANTE


Preparando-nos para a Leitura Orante, rezamos:

Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos. atentamente, o texto: Mt 14,22-36 , e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o lado oeste do lago, enquanto ele mandava o povo embora. Depois de mandar o povo embora, Jesus subiu um monte a fim de orar sozinho. Quando chegou a noite, ele estava ali, sozinho. Naquele momento o barco já estava no meio do lago. E as ondas batiam com força no barco porque o vento soprava contra ele. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando por cima da água. Quando os discípulos viram Jesus andando em cima da água, ficaram apavorados e exclamaram:
- É um fantasma!
E gritaram de medo. Nesse instante Jesus disse:
- Coragem! Sou eu! Não tenham medo!
Então Pedro disse:
- Se é o senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o senhor está.
- Venha! - respondeu Jesus.
Pedro saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. Porém, quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então gritou:
- Socorro, Senhor!
Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e disse:
- Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou?
Então os dois subiram no barco, e o vento se acalmou. E os discípulos adoraram Jesus, dizendo:
- De fato, o senhor é o Filho de Deus!
Jesus e os discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré. Ali o povo reconheceu Jesus e avisou todos os doentes das regiões vizinhas. Então muitas pessoas levaram doentes a ele, pedindo que deixasse que os doentes pelo menos tocassem na barra da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.

Refletindo
Enquanto Jesus reza, sozinho, no monte, os discípulos navegam no lago. Jesus tinha ordenado aos discípulos que subissem no barco e fossem à  frente, para o lado oeste do lago. Para quê? Certamente para testemunhar a outros povos que a nova sociedade se constrói pela partilha, como tinham visto na partilha dos pães e dos peixes. Mas isto não foi fácil. O mar estava agitado. As ondas batiam com força contra o barco. O que significava isto? Significava a resistência dos discípulos e nossa para compreender o projeto de Deus para todos. De madrugada Jesus vai ao encontro deles, caminhando sobre as ondas. Os discípulos, já amedrontados, pensam que é um fantasma. Não reconhecem o Mestre. Ele os acalma dizendo-lhes: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” E Pedro lança um desafio, como um teste: “Se é o Senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o Senhor está”. E Jesus aceita: “Venha!” Um desafio ousado, como se Pedro quisesse participar da divindade e do poder de Jesus. Exigia uma grande fé, entrega total, abandono total. Pedro não estava preparado. Sua fé balançou quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Jesus atende ao seu pedido de socorro e o salva.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Este texto nos convida a avaliar a nossa fé. Os ventos contrários do texto lido lembram as nossas tempestades. Dizemos que temos fé, que seguimos Jesus, que ele está conosco, mas nos momentos difíceis nos apavoramos como Pedro. Também nós duvidamos quando sentimos os “ventos contrários”. Isso porque ainda não confiamos plenamente em Deus e no seu Projeto de amor. É assim  para nós que também, às vezes duvidamos, dizem os bispos da América Latina:

 " Nestes momentos, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: “Como vamos saber o caminho?” (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai., quem tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16). Esta é a vida eterna: “que te conheçam a ti o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo teu enviado” (Jo 17,3). A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tuas palavras dão vida eterna” (Jo 6,68); “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)." (DAp 101).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluímos com a canção do padre Zezinho,scj, 

É quando a minha fé balança
E aquilo que eu achava certo eu ja não acho mais
É quando o coração se cansa
E perde o pique da esperança que conduz a paz
É quando crêr em Deus fica difícil demais
E o mundo nos crucifica porque temos fé
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
É quando o coração vacila ai, ai
E aquilo que eu queria tanto eu já não quero mais
É quando o sentimento oscila ai, ai
E como por um desencanto já não crê na paz
É quando fazer o bem fica difícil demais
E a gente até se arrepende do bem que já fez
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei
Nessas horas eu digo e direi
Digo e direi:
Sei em quem acreditei

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Em casa, na rua, no trabalho, onde estiver, em alguma situação ameaçadora ou difícil, vamos aumentar nossa confiança no Senhor, na certeza de que ele nos ajudará. Repetiremos com santa Tereza D’Ávila:
Nada te perturbe,
nada te amedronte
tudo passa
a paciência tudo alcança...
a quem tem Deus
nada falta, só Deus basta.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patricia Silva, fsp


domingo, 6 de agosto de 2023

Mt 17,1-9 - Jesus se transfigurou - Participe da Vigília da Transfiguração

LEITURA ORANTE



Este momento é muito especial no nosso dia. 
Fazemos silêncio no nosso coração e pedimos luz ao Espírito.
Rezamos com o Bem-aventurado Alberione:

Mestre,
Tu que iluminas todo homem e és a própria verdade:
eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
nem julgar senão conforme os teus julgamentos,
verdade substancial, dada a mim pelo Pai:
“Vive na minha
mente, ó Jesus Verdade”.

1.Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente, a narrativa da Transfiguração em Mt 17,1-9.

Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha. E foi transfigurado diante deles: seu rosto brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro, então, tomou a palavra e lhe disse: "Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem, uma voz dizia: "Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o!" Ouvindo isto, os discípulos caíram com o rosto em terra e ficaram muito assustados. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantai-vos, não tenhais medo". Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes: "Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos". que Elias já veio, e o maltrataram como quiseram, conforme as Escrituras dizem a respeito dele.

Observamos neste trecho do Evangelho alguns símbolos:
. “Numa alta montanha” – a montanha indica o lugar de encontro com Deus
. “Roupas brancas como a luz”, (“luz”) ¬. Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará. Quanto mais Palavra de Deus  tiver em  mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida.
. “Três tendas”- lugares de repouso e de oração.
. “Nuvem luminosa e sombra” simbolizam a presença de Deus.
Jesus se  revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devemos escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para nós?
Precisamos  nos aproximar mais e escutar a Palavra, condição para aprender do Mestre  e ser  seu/sua discípulo/a. Disseram os bispos, em Aparecida: "O amadurecimento no seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria." (DAp 167).

E o Papa Francisco diz:
"Também nós somos chamados a subir ao monte, a contemplar a beleza do Ressuscitado que acende centelhas de luz em cada fragmento da nossa vida, ajudando-nos a interpretar a história a partir da vitória pascal.
Fixemos o olhar interior na sua face e deixemos que a sua luz nos invada e se irradie na nossa vida.
E é no descer do monte, repletos da luz recebida, que se cumpre a missão de quem crê. Com efeito, é no rosto luminoso de quem reza, na chama que se acendeu no coração que se pode iluminar a vida dos outros, testemunhando a verdade e a fé.
Acender pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que levam um pouco de amor e de esperança: esta é a missão do cristão  (28 de fevereiro de 2021).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Oração CF 2023
Pai de bondade,
ao ver a multidão faminta,
vosso Filho encheu-se de compaixão,
abençoou, repartiu os cinco pães
e dois peixes e nos ensinou:
“dai-lhes vós mesmos de comer”.
Confiantes na ação do Espírito Santo,
vos pedimos: 
inspirai-nos o sonho de um mundo novo,
de diálogo, justiça, igualdade e paz;
ajudai-nos a promover 
uma sociedade mais solidária,
sem fome, pobreza, violência e guerra;
livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.
Que Maria, nossa mãe,
interceda por nós 
para acolhermos Jesus Cristo
em cada pessoa,
sobretudo nos abandonados, 
esquecidos e famintos.
Amém.

Participe:

4.Contemplação (Vida)
- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Levamos conosco a luz de Jesus transfigurado. Quanto mais luz levar em nossos olhos, nossas mãos, nossas palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivemos.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patricia Silva,fsp

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Mt 13,44-46 - O Reino do céu é tesouro escondido e pérola fina

Leitura Orante


Iniciamos rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto Mt 13,44-46, e observamos as recomendações de Jesus.
- O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.
- O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.

Jesus diz que o Reino vale muito. Vale tudo o que se tem. É como um tesouro escondido pelo qual vale sacrificar tudo. Ou como um comerciante que encontra uma pérola fina, preciosa. Da mesma forma, vende tudo o que tem e compra esta pérola. Nos dois casos, cabe ao homem, à pessoa, descobrir o tesouro, a joia e decidir por ela, a ponto de renunciar a tudo mais que tem. É uma escolha e uma decisão. Supõe renúncia ao transitório e que não merece ser supervalorizado. Uma renúncia por preferir o melhor. A pessoa, então, dá tudo pelo tudo.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Quais são minhas preferências e opções?
O maior tesouro, a pérola preciosa é participar do Reino, ou seja da família de Jesus, como os discípulos.

O texto me faz recordar o que disseram os bispos em Aparecida: 
"Jesus faz dos discípulos seus familiares, porque compartilha com eles a mesma vida que procede do Pai e lhes pede, como discípulos, uma união íntima com Ele, obediência à Palavra do Pai, para produzir frutos de amor em abundância. Dessa forma o testemunho de São João no prólogo de seu Evangelho:”A todos aqueles que crêem em seu nome, deu-lhes a capacidade para serem filhos de Deus”, e são filhos de Deus que “não nascem por via de geração humana, nem porque o homem o deseje, mas sim nascem de Deus” (Jo 1,12-13)." (DAp 133).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com os bispos da América Latina:

Louvamos a Deus pelo dom maravilhoso da vida
e por aqueles que a honram e a dignificam 
ao colocá-la a serviço dos demais;
pelo espírito alegre de nossos povos que amam a música,
a dança, a poesia, a arte,
o esporte e cultivam uma firme esperança 
em meio a problemas e lutas.
Louvamos a Deus porque, sendo nós pecadores,
Ele nos mostrou seu amor reconciliando-nos consigo 
pela morte de seu Filho na cruz.
Louvamos a Deus porque Ele continua
derramando seu amor em nós pelo Espírito Santo
e nos alimentando com a Eucaristia, pão da vida (cf. Jo 6,35).” (DAp 106).

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é impregnado do espírito de renúncia 
para conquistar o tesouro do Reino.

Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).

I. Patrícia Silva, fsp