segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Lc 14,25-33 - Um "sim" que compromete - 23º Domingo do Tempo Comum - 07 de setembro de 2025

LEITURA ORANTE

Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati,  serão canonizados juntos, hoje,
 7 de setembro, pelo Papa Leão XIV


Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que buscam a Palavra.
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade, a mais perfeita rede de comunicação:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis

e acendei neles o fogo do vosso amor.

Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos

Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis

com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos retamente todas as coisas

e gozemos sempre de sua consolação.

 Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Ave Maria...


Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 14,25-33 - As condições para ser seguidor de Jesus

25 Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim não pode ser meu discípulo. 28 Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30 ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31 Ou ainda, qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se, com dez mil homens, poderá enfrentar o outro, que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”.

Revendo o texto
Jesus Mestre fala claro sobre as exigências para quem se decide  segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, desprendimento de outros vínculos, e ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar.
Jesus recomenda, através da parábola, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe investimento de valores, sendo o primeiro deles “amar a Jesus” Mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. Supõe como diz o final deste texto, “deixar tudo o que tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.
Jesus não quer meias medidas. Em várias outras passagens, ele diz claro:
Mc 8,34-35:
Disse Jesus:  «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.  Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?

O nosso Projeto de vida é o de Jesus Cristo? Ou temos olhado noutra direção? No Documento de Aparecida, os bispos disseram: 

Parecidos com o Mestre. A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um “sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). (DAp 136.)

E nós nos interrogamos: Sentimo-nos pessoas parecidas com o Mestre? Como respondemos ao seu chamado e olhar de amor? Como é nossa adesão, o nosso “sim” realmente nos compromete com Jesus Caminho, Verdade, Vida?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, lemos  e podemos cantar:

Pe. Zezinho

Põe teu coração no meu
E o meu coração no teu
Não tenhas medo de abraçar a cruz
Tens também meu ombro 
e minha força e eu sou Jesus

Vem comigo, vem que eu sei
A jornada é longa e eu direi
Quais os perigos de me acompanhar
É um caminho estreito, mas é feito pra chegar

Segue os passos que eu darei
Prende a tua cruz na minha
Vai servir meu povo, faça como eu
Ele sofre menos quando encontra um Cireneu

Vai ao povo como irmão
Se preciso estende a mão
Não tenhas medo do meu verbo amar
Tem seus contratempos
Mas o tempo é de ajudar

Teu projeto eu já tracei
Vai ao povo que eu te ensinarei
O jeito certo de me anunciar
Basta que me peças 
que eu te ajudo a não errar

Usa a fé com mais razão
Busca mais sabedoria
Pra chegar ao povo ser um aprendiz
Do que o povo fala
E do que a minha Igreja diz.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulo/a de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no nosso coração e no coração das demais pessoas.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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Sobre Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, no Vatican news:

Lc 4,16-30 – “Escolhido para levar boas notícias”

LEITURA ORANTE

Mês da Bíblia  2025
Carta aos Romanos - “A esperança não decepciona” (Rm 5,5)

O Mês da Bíblia, celebrado em setembro pela Igreja, é uma tradição desde 1971. Essa iniciativa tem suas raízes no Concílio Ecumênico Vaticano II, que propôs o acesso das Escrituras Sagradas a todos os fiéis. A escolha de setembro está ligada ao o tradutor da Bíblia para o latim, São Jerônimo, celebrado no dia 30.

Preparamo-nos para a Leitura Orante, com a oração de São Paulo:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
Ele nos abençoou com toda bênção espiritual,
no céu, em Cristo.
  Ele nos escolheu em Cristo
antes de criar o mundo
para que sejamos santos e sem defeito
diante dele, no amor.
  Ele nos predestinou para sermos
seus filhos adotivos
por meio de Jesus Cristo,
conforme a benevolência de sua vontade,
  para o louvor da sua glória
e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós
por meio de seu Filho querido.
 Por meio do sangue de Cristo é que fomos libertos
e nele nossas faltas foram perdoadas,
conforme a riqueza da sua graça.
Ef 1,3-7
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Vejamos na Bíblia o texto: Lc 4,16-30, e observemos pessoas, palavras, relações, o lugar onde acontece o fato.

Naquele tempo, 16 foi Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo, no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E, no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

Refletindo
Jesus chegou à sinagoga de Nazaré, depois de sua prova no deserto, segundo a narração de Lucas. A cena comunica a síntese e o modelo da pregação de Jesus. De início, as pessoas ficam surpresas com o anúncio e a declaração de Jesus como Messias. “Todos começaram a elogiar”. Em seguida, veio a dúvida: “Não é ele o filho de José?” Segue-se a rejeição: “todos na sinagoga ficaram com muita raiva”. E, acabam por tentar um homicídio: “arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo”. O texto conclui dizendo que “ele passou pelo meio da multidão e foi embora”.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Nossos pastores, os Bispos,  nos ajudam a trazer para nossa vida a Palavra que refletimos. 
Meditando
Disseram em Aparecida: Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras. (DAp, 30).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente,  e concluímos com a
Oração de São Paulo:
Ef 3,14-21
Dobro os joelhos diante do Pai,  
de quem recebe o nome toda família, no céu e na terra. 
Que ele se digne, segundo a riqueza da sua glória, 
fortalecer a todos vocês no seu Espírito, 
para que o homem interior de cada um se fortifique. 
Que ele faça Cristo habitar no coração de vocês pela fé. 
Enraizados e alicerçados no amor, vocês se tornarão capazes de compreender,
com todos os cristãos, 
qual é a largura e o comprimento, a altura e a profundidade,  
de conhecer o amor de Cristo, que supera qualquer conhecimento,
para que vocês fiquem repletos de toda plenitude de Deus.

Deus, por meio do seu poder que age em nós,
pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos;  
a ele seja dada a glória na Igreja e em Jesus Cristo 
por todas as gerações, para sempre. Amém!

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é de alguém que anuncia que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para nós, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 



 Ir. Patricia Silva, fsp