Refletindo
Jesus é o Mestre que revela o verdadeiro rosto de Deus e seu projeto de vida.
Os doutores da Lei condenam a mulher, colocam-na no meio, "lugar" dos preferidos da salvação de Deus.
Em vários outros textos, vemos Jesus colocar no meio da comunidade os paralíticos, cegos, as crianças, as viúvas, os doentes.
Os fariseus buscavam um motivo para acusar e condenar Jesus. Mas Ele não cai.
As palavras de Jesus têm a autoridade de chegar às consciências das pessoas: "Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra".
A consciência dos acusadores não ficou calada. Um a um foram-se retirando, "começando pelos mais velhos".
Ficam apenas Jesus e a mulher. Podemos imaginar a humilhação e medo que ela experimenta.
Transgredindo a lei que não permitia a um judeu se dirigir em público a uma mulher desconhecida, muito menos na situação na qual ela se encontrava, Jesus dialoga com ela:
"Mulher, onde estão os outros? Ninguém condenou você?". Ele sabe a resposta, mas quer que a mulher se sinta digna de responder.
Encorajada pela mansidão de Jesus, escuta-se pela primeira vez a voz da mulher: "Ninguém, Senhor". Jesus diz-lhe, então, duas coisas fundamentais: "Eu também não a condeno. Pode ir, e não peque mais".
Jesus oferece seu perdão e ela deve mudar sua vida para ser verdadeiramente livre.
“Não podemos nos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a presença do mistério de Deus e de seu amor na vida do homem e seu amor, que é o único que verdadeiramente salva e liberta. Na verdade, “quem exclui a Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, consequentemente, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. A verdade desta afirmação parece evidente diante do fracasso de todos os sistemas que colocam Deus entre parêntesis”. (DA 405).
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).