sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Igreja em saída, levando amor e fraternidade

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O trabalho da Igreja "não pode se limitar a discursos ou ações isoladas, mas deve ser um testemunho constante de solidariedade e apoio a quem se encontra em situação de vulnerabilidade laboral e social", diz o Papa à Irmandade operária católica (...). Nosso trabalho como cristãos nos encoraja a ir ao encontro daqueles que mais precisam de nosso amor e fraternidade."

«Construindo pontes, derrubando muros. Igreja no mundo do trabalho tecendo laços de fraternidade» é o tema da XIV Assembleia Geral da Irmandade Operária da Ação Católica (HOAC, sigla em espanhol), movimento dos trabalhadores cristãos da Ação Católica espanhola, que de 12 a 15 de agosto reúne em Segóvia 700 de seus membros. O objetivo é dialogar e tomar decisões sobre os desafios, prioridades e propostas do movimento para os próximos seis anos, a partir de um olhar cristão sobre a realidade, da experiência do compromisso dos seus membros e dos desafios que tem como Igreja, em um mundo com enormes fraturas sociais, desigualdades e injustiças que afetam particularmente o mundo dos trabalhadores e do trabalho, onde continua a ser essencial ser testemunha e impulsionador do projeto de humanização proposto por Jesus Cristo.

Participar da construção de um mundo mais justo e fraterno

O Papa em sua mensagem destaca a dignidade do trabalho, expressando no início da mensagem seu "profundo apreço" pela "valiosa dedicação e compromisso" deste movimento "de continuar sendo uma Igreja que caminha no mundo do trabalho".

E fazendo alusão ao que escreveu na Evangelii gaudium, recorda que o trabalho é "componente essencial da vida e da dignidade das pessoas. Não é simplesmente uma atividade produtiva, mas um meio através do qual colaboramos com Deus na obra da criação e nos realizamos como seres humanos, "porque, no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida." 

O trabalho, em todas as suas formas - reiterou - nos permite ser cocriadores e participar da construção de um mundo mais justo e fraterno. 

Proximidade aos que sofrem com falta de oportunidades

O Santo Padre enfatizou ainda "a necessidade de ser uma Igreja que acompanha desde as periferias do mundo do trabalho", cujo compromisso "não pode se limitar a discursos ou ações isoladas, mas deve ser um testemunho constante de solidariedade e apoio a quem se encontra em situação de vulnerabilidade laboral e social.

"Ser uma Igreja que acompanha desde as periferias - precisou - significa estar perto daqueles que sofrem com a precariedade do trabalho e a falta de oportunidades":

Igreja em saída, levando amor e fraternidade

Devemos ser uma presença ativa, caminhando com eles, ouvindo-os e colaborando na busca de soluções justas e duradouras. Nosso trabalho como cristãos não se limita às paredes de nossas igrejas, mas nos encoraja a ir ao encontro daqueles que mais precisam de nosso amor e fraternidade.

É essencial - reiterou o Papa - que estejamos ao lado dos trabalhadores que enfrentam desesperança e exclusão devido à falta de trabalho:

Num mundo onde o desemprego continua a afetar muitas famílias, a nossa função como Igreja é oferecer-lhes o nosso acompanhamento e a nossa esperança, encorajando-as a não perder a confiança e a procurar oportunidades de reinserção no mundo do trabalho.

A Igreja precisa de vocês

Francisco encorajou os participantes do encontro a "continuar tecendo laços de fraternidade, levando a luz do Evangelho e construindo uma sociedade mais justa, exortando-os "a continuar a ser povo de Deus no meio da vida laboral e a tecer histórias de encarnação e de abraço... A Igreja precisa de vocês."

Que o Espírito Santo - disse ao concluir - vos guie no vosso trabalho e vos fortaleça no vosso empenho quotidiano. "Continuemos para diante, empenhemo-nos totalmente, mas deixemos que seja Ele a tornar fecundos, como melhor Lhe parecer, os nossos esforços." (EG 279).

FONTE: Vaticannews

Mt 16,24-28 - Que significa seguir Jesus?

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para a Leitura Orante, recordando o que disseram os bispos em Aparecida:

Jesus faz dos discípulos seus familiares, porque compartilha com eles a mesma vida que procede do Pai e lhes pede, como discípulos, uma união íntima com Ele, obediência à Palavra do Pai, para produzir frutos de amor em abundância. (DAp 133).

 Com esta consciência fazemos agora a Leitura Orante:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto Mt 16,24-28, e observamos as palavras de Jesus sobre o seguimento.

Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida. Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: estão aqui algumas pessoas que não morrerão antes de verem o Filho do Homem vir como Rei.

Refletindo
Entre muitos aspectos que podem ser considerados neste texto, tomemos o primeiro versículo que oferece as características do discípulo: “Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe.”
”Esqueça os seus próprios interesses” ou em outras traduções, “renuncie a si mesmo” é a primeira condição. Esta supõe deixar para traz as próprias comodidades, sacrificar as próprias inclinações, em vista de um bem infinitamente maior: a vontade de Deus, seu Projeto. É impossível seguir Jesus buscando em tudo a si mesmo.
Segundo: “esteja pronto para morrer como eu vou morrer”, diz Jesus, o que em outras traduções é “tome a sua cruz”. O discípulo de Jesus tem o mesmo destino de seu Mestre. A terceira condição é seguir Jesus: “e me acompanhe” Seguir significa , antes de mais nada viver como Jesus Cristo viveu. E também, anunciar como ele anunciou.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Somos discípulo/a de Jesus Cristo? Estamos decididos/as, no ritmo de vida que levamos, a:
1º Renunciar a nós mesmos;
2º Tomar a nossa cruz e
3º Seguir Jesus?

Meditando
Seguir Jesus é aceitar o sacrifício. tomar sua cruz e estar pronto a sofrer e morrer como Jesus. Isto é conversão, assim definida pelos Bispos da América Latina: A Conversão: É a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nele pela ação do Espírito, decide-se ser seu amigo e ir após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. No Batismo e no sacramento da reconciliação se atualiza para nós a redenção de Cristo” (DAp 178,b).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, e com o Deuteronômio
 Dt 32

Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

1. Já vem o dia em que serão arruinados / e o seu destino se apressa em chegar. / Porque o Senhor fará justiça ao seu povo / e salvará todos aqueles que o servem. – R.

2. Saibam todos que eu sou, somente eu, / e não existe outro Deus além de mim: / quem mata e faz viver sou eu somente, / sou eu que firo e eu que torno a curar. – R.

3. Se eu afiar a minha espada reluzente / e com as minhas próprias mãos fizer justiça, / dos adversários todos hei de me vingar / e vou retribuir aos que odeiam. – R.


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é atento aos ensinamentos de Jesus e para vivê-los no dia-a-dia seguindo Jesus.

Bênção

Que o Senhor nos abençoe nos livre de todo o mal 
e nos conduza em seus caminhos.
Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp