domingo, 31 de março de 2024

Jo 20, 1-9 - Quem ama acredita, o amor dá créditos

Jesus Ressuscitou!

(Para as celebrações da manhã)

Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
rezando com os internautas do mundo inteiro e
os cristãos de todos os tempos e lugares:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e 
na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente, o texto do Evangelho do Dia: Jo 20,1-9.

Domingo bem cedo, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
- Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado. Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu. (Eles ainda não tinham entendido as Escrituras Sagradas, que dizem que era preciso que Jesus ressuscitasse.)

Refletindo
Maria Madalena vai bem cedo, ainda era escuro, ao túmulo. O texto diz o que Maria viu e, não o que não viu. Viu a pedra afastada e não viu o corpo de Jesus, Maria é a primeira mensageira do túmulo vazio. Por outro lado, os lençóis e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus, estavam lá, deixados, abandonados, pois uma pessoa viva não precisava deles. São prova mais evidente do que o sepulcro vazio. O "outro discípulo", João, o discípulo amado, viu o túmulo vazio e creu. Quem ama acredita, o amor dá créditos, gera a fé.

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para nós?
Perguntamo-nos: para onde caminhamos? Acreditamos? Temos fé e damos crédito nos testemunhos? É o amor que nos leva a descobrir e encontrar a vida nova, Jesus Cristo vivo na nossa comunidade?
Lemos e rezamos, a bela  mensagem dos bispos, inspirada, no convite dos discípulos de Emaús:

"“Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina” (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as mais densas sombras vão se fazendo, e Tu és a Luz; em nossos corações se insinua a falta de esperança, e tu os faz arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu tens ressuscitado e que nos tem dado a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as em suas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza. Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com aqueles que em nossas sociedade são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade. Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças. Oh bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos! Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!" (DAp 554).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus? Rezamos com Maria, a Mãe de Jesus, as alegrias da Ressurreição de seu Filho Jesus.

- Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia!
- Porque quem merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia!
- Ressuscitou como disse, aleluia!
- Rogai a Deus por nós, aleluia!
- Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia!
- Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
Ave, Maria...
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Ó Deus, que alegrastes o mundo com a ressurreição de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, concedei-nos, vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém.

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos cultivar um olhar de amor que acredita e por isto descobre na comunidade a Vida  e os sinais de Vida.



Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com


sábado, 30 de março de 2024

Mt 16,1-7 - Celebração de Páscoa

 

RESSUSCITOU!

Das trevas para a luz

(Em comunidade, grupos ou em família)

(Ambiente: Mesa com toalha branca, um bonito arranjo de flores,  a Bíblia aberta, vela grande ou círio e velas pequenas para todas as pessoas,  pão grande;  Material: cartões em branco, figuras com símbolos de Páscoa, pincéis atômicos ou canetas, a palavra “paz”, tesoura e cola)

Comentarista -  Boas vindas a todos que vieram celebrar a Páscoa. Primeiro vamos nos cumprimentar uns aos outros. Depois, vamos acender a vela que está sobre a mesa. Esta vela  significa duas coisas: a nossa fé e a pessoa mais importante desta festa -  Jesus Cristo.

Leitor 1( coordenador do grupo ou chefe da família) – ( Acende a vela e diz: ) Jesus é a Luz do mundo!

Comentarista -  Vamos todos cantar (ou rezar) a nossa fé.

Canto: Vos sois o Caminho, a Verdade e a Vida, o Pão da alegria descido do céu.

Da noite da mentira, das trevas para a luz,

Busquemos a Verdade, Verdade é só Jesus.

Comentarista: Qual a origem da festa da Páscoa que celebramos?  

Leitor  2: Conforme o  costume religioso judaico, os cristãos começaram a realizar a  especial celebração anual da Páscoa.       Primeiro, por meio de uma vigília noturna. As comunidades passavam a noite toda reunida, do sábado para o domingo da Páscoa. Nesta ocasião, à luz do mistério pascal, primeiro  proclamavam e ouviam os textos bíblicos relativos à história da salvação (os textos da criação, do êxodo, da vida de Abraão, os livros dos profetas etc.), entremeando-os com cantos de salmos e hinos bíblicos. Depois, faziam a celebração da Ceia pascal.

            Leitor 3:  No século segundo foi inserida  a bênção da água e a celebração do batismo.

            Leitor  4: Toda Vigília era antecedida por um tríduo, ou seja, três dias de jejum feito pelos que se preparavam para o Batismo e os cristãos batizados.

            Leitor 2: Houve mudanças no decorrer dos tempos, na forma de celebrar. O papa Pio XII, em 1951, estabeleceu que se deveria celebrar como nas origens, ou seja, na noite do sábado santo para o domingo da páscoa. O Vaticano II  confirmou esta norma do papa.

Comentarista: Como celebrar a Páscoa?

Leitor 2: Celebra-se a Páscoa com muita luz. Na Vigília Pascal, noite toda iluminada com a luz do Ressuscitado. 

Leitor 3: Celebramos a Ressurreição de Cristo.  É a noite da vitória, da alegria, da festa.

Leitor 4 Pois a  nossa vida  em Cristo ressuscitado tornou-se luz, vida e  vitória. Por isso nos reunimos em família, em comunidade.

Leitor 2: Por isso acendemos o Círio Pascal, a grande vela, símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão.

Leitor 1: Acendemos agora, as nossas velas no Círio e cantamos a nossa ressurreição e nossa vitória no Ressuscitado.

Canto: (refrão que se repete, enquanto todos acendem suas velas) Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós.

Comentarista: Nesta celebração, também não pode faltar a proclamação da Palavra de Deus. Com nossas luzes acesas, ouviremos a Palavra que é luz para nossas vidas.

Leitor 2: Evangelho de Jesus Cristo escrito por Marcos, capítulo 16, versículos de 1 a 7.

Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus. No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. No caminho perguntavam umas às outras:

- Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?

Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada. Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas, mas ele disse:

- Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já ressuscitou. Vejam o lugar onde ele foi posto. Agora vão e deem este recado a Pedro e aos outros discípulos: "Ele vai adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse".

Leitor 3: As mulheres são as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus. Elas não abandonam o corpo de Jesus no túmulo. Vão até lá, mesmo preocupadas com o peso da pedra. Quem iria retirá-la? São tomadas de surpresa, pois o túmulo estava aberto. Primeiro, elas vivem uma frustração pelo fato de não encontrarem o corpo de Jesus. Não têm a quem ungir. Depois descobrem que para encontrar Jesus, conforme o moço vestido de branco diz, é preciso sair, dar o recado a Pedro e aos outros discípulos que Jesus está vivo. Ressuscitou! Tornam-se missionárias da Ressurreição.

Leitor 4: Jesus ressuscitado aparece outras vezes aos discípulos e lhes confirma a fé, dando-lhes sempre a paz!

Comentarista: Confirmemos também nós a nossa fé, recebida como dom de Deus no Batismo, cantando:

Canto: Creio, Senhor, mais aumentai minha fé (três vezes).

Comentarista: Apagamos agora, nossas velas. O momento especial da celebração da Páscoa é a Eucaristia. 

Leitor 2: Vamos participar ainda hoje ou amanhã da Missa, mas agora fazemos, ao  redor da mesa, a partilha do pão.

Leitor 3: Vamos nos dar as mãos simbolizando a comunhão na fé e no amor e fazendo nossos pedidos (momento para cada um se expressar). 

Pai nosso...

Leitor 4: Agora partilhamos o pão, ou seja, a vida que Deus nos dá.

( Alguém parte o pão e distribui, enquanto todos, em silêncio recebem e comem).

Comentarista: Deixamos para o final a saudação de Cristo Ressuscitado: a paz! Saudemo-nos em Cristo Jesus, desejando-nos uma Feliz Páscoa!

Canto: Paz, paz de Cristo, paz, paz que vem do amor, lhe desejo irmão.

           Paz que é felicidade de ver em você Cristo nosso irmão!

Comentarista: Esta paz e esta alegria, frutos da Ressurreição de Jesus, precisam ser comunicadas. É preciso dar o recado como deram as mulheres na manhã da Ressurreição. Para isto, podemos preparar um cartão com o material disponível para oferecermos a alguém que não pode estar aqui conosco. Podemos colar algum símbolo e escrever uma mensagem (símbolo da vela, girassol,  sino, sol,  e as palavras "PAZ, Ressuscitou! Ele está vivo! Feliz Páscoa!" ).

Leitor 1: Finalizando, queremos pedir ao Senhor que nos abençoe.


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com


sexta-feira, 29 de março de 2024

SEMANA SANTA - Jo 18,1-19,42 - Paixão e morte de Jesus - Ele me amou e se entregou por mim

Com todos os  cristãos de todos os tempos,
colocamo-nos diante da cruz de Jesus Cristo e rezamos:

- Nós vos adoramos, ó Cristo e vos bendizemos
- Porque pela vossa santa cruz salvastes o mundo.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Lemos  Jo 18,1-19,42 

Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.

Jesus Cristo se tornou obediente, / obediente até a morte numa cruz, / pelo que o Senhor Deus o exaltou / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s). – R.

N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:

P (Presidente): A quem procurais?

N:  Responderam:

G (Grupo ou assembleia): A Jesus, o nazareno.

N: Ele disse:

P: Sou eu.

N: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6 Quando Jesus disse “sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:

P: A quem procurais?

N: Eles responderam:

G: A Jesus, o nazareno.

N: 8 Jesus respondeu:

P: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.

N: 9 Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”. 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:

P: Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?

N: 12Então os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:

L (Leitor): Não pertences também tu aos discípulos desse homem?

N: Ele respondeu:

L: Não!

N: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19 Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20 Jesus lhe respondeu:

P: Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.

N: 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:

L: É assim que respondes ao sumo sacerdote?

N: 23 Respondeu-lhe Jesus:

P: Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?

N: 24 Então Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote. 25 Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:

G: Não és tu, também, um dos discípulos dele?

N: Pedro negou:

L: Não!

N: 26 Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:

L: Será que não te vi no jardim com ele?

N: 27 Novamente Pedro negou. E, na mesma hora, o galo cantou. 28 De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a Páscoa. 29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:

L: Que acusação apresentais contra este homem?

N: 30 Eles responderam:

G: Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!

N: 31 Pilatos disse:

L: Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei.

N: Os judeus lhe responderam:

G: Nós não podemos condenar ninguém à morte.

N: 32 Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33 Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:

L: Tu és o rei dos judeus?

N: 34 Jesus respondeu:

P: Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?

N: 35Pilatos falou:

L: Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?

N: 36Jesus respondeu:

P: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.

N: 37 Pilatos disse a Jesus:

L: Então tu és rei?

N: Jesus respondeu:

P: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.

N: 38 Pilatos disse a Jesus:

L: O que é a verdade?

N: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes:

L: Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39 Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?

N: 40 Então, começaram a gritar de novo:

G: Este não, mas Barrabás!

N: Barrabás era um bandido. Então Pilatos mandou flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:

G: Viva o rei dos judeus!

N: E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

L: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.

N: Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:

L: Eis o homem!

N: Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:

G: Crucifica-o! Crucifica-o!

N: Pilatos respondeu:

L: Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.

N: 7Os judeus responderam:

G: Nós temos uma lei, e, segundo essa lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.

N: 8 Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9 Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:

L: De onde és tu?

N: Jesus ficou calado. 10 Então Pilatos disse:

L: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?

N: 11 Jesus respondeu:

P: Tu não terias autoridade alguma sobre mim se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.

N: 12 Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:

G: Se soltas esse homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei declara-se contra César.

N: 13 Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico “Gábata”. 14 Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:

L: Eis o vosso rei!

N: 15 Eles, porém, gritavam:

G: Fora! Fora! Crucifica-o!

N: Pilatos disse:

L: Hei de crucificar o vosso rei?

N: Os sumos sacerdotes responderam:

G: Não temos outro rei senão César.

N: 16 Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17 Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico “Gólgota”. 18 Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “Jesus nazareno, o rei dos judeus”. 20 Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:

G: Não escrevas “o rei dos judeus”, mas sim o que ele disse: “Eu sou o rei dos judeus”.

N: 22 Pilatos respondeu:

L: O que escrevi está escrito.

N: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. 24Disseram então entre si:

G: Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será.

N: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:

P: Mulher, este é o teu filho.

N: 27 Depois disse ao discípulo:

P: Esta é a tua mãe.

N: Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:

P: Tenho sede.

N: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:

P: Tudo está consumado.

N: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.

N: 31 Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus –, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42 Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus. 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Quem são os condenados injustamente?
Quem carrega uma grande e pesada cruz no mundo de hoje?
Quem são os crucificados na nossa sociedade?

Diz o Papa Francisco:  “Ao adorarmos a Cruz teremos na mente e no coração o sofrimento dos doentes, dos pobres, dos descartados deste mundo. Recordaremos os ‘cordeiros imolados’ vítimas inocentes das guerras, das ditaduras, da violência diária, de abortos. Levaremos diante da imagem do Deus crucificado, em oração, os muitos, demasiados crucificados de hoje, que só d'Ele podem receber o conforto e o significado do seu sofrimento. E hoje há tantos”, refletiu.

Meditando
Os bispos, em Aparecida, disseram: "Esta prova definitiva de amor tem o caráter de um esvaziamento radical (kenosis), porque Cristo "se humilhou a si mesmo  fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz" (Fl 2,8).  " (DAp 242)

3. Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda a Igreja, o Salmo 30(31)

Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

1. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.

2. Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos vizinhos / e objeto de pavor para os amigos; / fogem de mim os que me veem pela rua. / Os corações me esqueceram como um morto, / e tornei-me como um vaso espedaçado. – R.

3. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.

4. Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão. / Fortalecei os corações, tende coragem, / todos vós que ao Senhor vos confiais! – R.


4. Contemplação (Vida)

Vou ter um olhar de compaixão para com as pessoas que sofrem e ajudar, como Cireneu, os que caem.

Bênção 

Senhor, nosso Deus, concedei-nos  a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade. 
Senhor, nosso Deus
Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. 
Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com


quinta-feira, 28 de março de 2024

QUINTA-FEIRA SANTA Jo 13,1-15 - Amou até o fim


LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante,
 rezando com todos os que se encontram
 neste momento, na Ceia do Senhor:

Hino
Memória da morte
de Cristo Senhor,
Pão vivo, que ao homem
dá vida e valor,
fazei-me viver
de vossa ternura,
sentindo nos lábios
a vossa doçura.

Fiel pelicano,
Jesus, meu Senhor,
lavai-me no sangue,
a mim pecador;
pois dele uma gota
já salva e redime
a todo o Universo
dos laços do crime.

Enfim, contemplando
na glória dos céus
o vosso semblante,
sem sombras nem véus,
irei bendizer-vos,
Jesus, Sumo Bem,
ao Pai e ao Espírito
nos séculos. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente Jo 13,1-15, e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Aclamamos cantando: 
Eu vos dou este novo mandamento, / que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei, disse o Senhor (Jo 13,34)


1 Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2 Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4 levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7 Respondeu Jesus: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8 Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9 Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10 Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11 Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12 Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. 14 Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

Refletindo
Jesus lava os pés dos discípulos para dizer uma só coisa: amar é servir. 
Jesus tira o manto, no meio da refeição, e começa a lavar os pés dos discípulos. Tirar o manto significa abrir mão de todo privilégio ou status. Ele faz o que faziam os escravos. Num gesto de infinito amor. 
No final, diz: "Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros."

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Hoje é o dia da instituição do ministério sacerdotal e da Eucaristia, dia de ação de graças, como diz a própria palavra Eucaristia. E nos perguntamos: sou capaz de fazer como Jesus fez? Sou capaz de deixar o manto de meus privilégios mesmo quando tenho uma posição de chefia? Sou capaz de viver meu cargo, minha posição social como oportunidade para servir sem esperar retorno ou vantagens? Só por amor? 

Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida disseram: 
A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo. Com este Sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Há um estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo, de tal modo, que a existência cristã adquira verdadeiramente uma forma eucarística. Em cada Eucaristia, os cristãos celebram e assumem o mistério pascal, participando n’Ele. Portanto, os fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de Cristo através da Eucaristia, de maneira que toda sua vida seja cada vez mais vida eucarística. A Eucaristia, fonte inesgotável da vocação cristã é, ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso missionário. Ali, o Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a decidida vontade de anunciar com audácia aos demais o que tem escutado e vivido.” (DAp 251).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Hoje faremos o possível de estar na comunidade em adoração a Jesus na Eucaristia. E, agora, fazemos esta oração, sugerida pelo bem-aventurado Alberione:

Jesus, divino Mestre,
Eu te louvo e agradeço
pelo grande dom da Eucaristia.
Teu amor te leva a morar conosco,
E a renovar teu mistério pascal na missa,
Onde te fazes nosso alimento.
Que eu possa tomar dessa água viva
que jorra do teu coração!
Concede-me a graça de conhecer-te sempre mais,
de encontrar-me contigo,
todos os dias, neste Sacramento,
de compreender e viver a missa,
de me alimentar com o teu Corpo com
devoção e fé. Amém.

Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Salmo 115(116B)

O cálice por nós abençoado / é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

2. É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. / Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! – R.

3. Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. / Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. – R.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é do amor que serve, sem distinção, a todos.

Bênção

Senhor, nosso Deus
Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. 
Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.



Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com

quarta-feira, 27 de março de 2024

SEMANA SANTA - Mt 26,14-25 - "Um de vocês vai me trair"

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para orar a Palavra invocando o Espírito Santo:

Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Aclamamos
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e na mansão dos mortos, pois o Senhor se fez obediente até a morte, e morte de cruz. E por isso Jesus Cristo é Senhor na glória de Deus Pai (Fl 2,10.8.11).

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente Mt 26,14-25 e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Naquele tempo,  um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.  No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.  Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”.  Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

Refletindo
De novo o Evangelho lembra que o traidor é um discípulo que acompanhou Jesus o tempo todo. Na verdade, ele pode ser qualquer um de nós que não tenha se decidido pelo Projeto de Deus, mas pelo projeto da riqueza, que gera exploração, miséria, doença, não vida, morte.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Qual é o nosso Projeto? 
Perguntamo-nos pessoalmente: 
Quais são meus valores?
Identifico-me com Jesus e seu Projeto?

Meditando
Os bispos disseram: “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida.” (DAp 140).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos  leva a dizer a Deus?
Rezamos o Salmo 68(69)

Respondei-me, pelo vosso imenso amor, / neste tempo favorável, Senhor Deus.

1. Por vossa causa é que sofri tantos insultos / e o meu rosto se cobriu de confusão; / eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. / Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; / e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim! – R.

2. O insulto me partiu o coração. † Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; / procurei quem me aliviasse e não achei! / Deram-me fel como se fosse um alimento, / em minha sede ofereceram-me vinagre! – R.

3. Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! / Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é de amor para Jesus e de pedido de perdão por todas as nossas traições que hoje ele sofre no mundo quando nós nos deixamos vender.

Bênção
 
Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade. 
Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. 
Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com