quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lc 19,41-44 - Jesus viu e chorou sobre a cidade

Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
 Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia,  o texto: Lc 19,41-44:
Quando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a cidade, chorou com pena dela e disse:
- Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la.

Refletindo
Jesus estava perto de Jerusalém. “Viu a cidade”, diz o texto. O “ver” de Jesus significava conhecer seu povo, seus valores, possibilidades e caminhos. Ao vê-la, tão distante do Projeto de Deus, o Mestre chora com pena.  Pena porque Jerusalém não ouviu e, se ouviu, não acolheu o anúncio que poderia lhe trazer a paz. Não ficará pedra sobre pedra, ou seja, tudo será destruído. O motivo? Jesus diz no final: seus habitantes e lideranças não reconheceram “o tempo em que Deus veio salvá-la”. O tempo é a oportunidade que Deus dá para que mudem de vida e sigam os seus caminhos.
Fiquei pensando no olhar de Jesus em outras ocasiões e o que ele viu, que sentimentos teve.
Em Mt 5, 1-4, vemos:
"Jesus viu as multidões, subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos se aproximaram, e Jesus começou a ensiná-los:«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.  Felizes os aflitos, porque serão consolados."

Em Mc 1, 9-11, depois de ser batizado, viu o céu se abrindo:
"Nesses dias, Jesus chegou de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. Logo que Jesus saiu da água, viu o céu se rasgando, e o Espírito, como pomba, desceu sobre ele. E do céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado

Ainda em Mc 1,19-20:
"Caminhando mais um pouco, Jesus viu Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes.  Jesus logo os chamou. E eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo a Jesus."

Em Jo 11,33-34 Jesus viu e se comoveu:
"Jesus viu que Maria e os judeus que iam com ela estavam chorando. Então ele se conteve e ficou comovido.  E disse: «Onde vocês colocaram Lázaro?» 

Em Jo 19,26, Jesus viu a mãe e o discípulo junto a cruz:
"Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: «Mulher, eis aí o seu filho.» 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram que viemos uma situação parecida: Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; “aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século... Que excluem Deus de seu horizonte, falsificam o conceito da realidade e só podem terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje, com grande força, uma sobrevalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando um papel primordial à imaginação. Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da profunda vivência do tempo, ao que se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade.(...)”(DAp 44).
E eu me interrogo: Como me sinto neste espaço? Deixo-me levar pela “onda” da nossa “Jerusalém” ou tenho uma postura mais coerente com a minha identidade cristã?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:
Jesus, Mestre: 
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pelo olhar de Jesus Cristo, e se preciso também vou “chorar” sobre determinadas situações que não condizem com o Projeto de Deus. Palavra para eu lembrar o Evangelho de hoje: "Jesus viu".


Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br