quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Mt 4,18-22 - O chamado de André


Leitura Orante

Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que circulam pelas redes sociais.
Hoje, nos encontramos, onde quer que você esteja: no metrô, em casa, na rua, no ônibus, no seu carro, no seu trabalho...  
Hoje, dia de Santo André Apóstolo, vamos ler o Evangelho que fala de deixar as redes para seguir Jesus e nos tornarmos “pescadores de gente”. Vamos pensar nisto agora, rezando:
Enviai, Senhor, muitos operários
para a vossa messe
pois a messe é grande
E poucos os operários
1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? Lemos atentamente  Mt 4,18-22.

Jesus estava andando pela beira do lago da Galileia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.

Refletindo

Jesus chama os primeiros discípulos: Pedro e André. Depois, chama outros dois irmãos: Tiago e João. Estes deixam sua profissão de pescadores, deixam família, deixam suas seguranças e abraçam o Projeto de Jesus: o compromisso de “pescadores de gente”.
O convite de Jesus é para todos os que ouvem a sua Palavra.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? 

Meditando
Os bispos, em Aparecida, reconheceram a vocação como dom de Deus: A própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e a serviço do mundo." (DAp 111).

O Senhor se revela a nós não de forma extraordinária ou estrondosa, mas no quotidiano da nossa vida.
Foi assim para os primeiros apóstolos. Estavam pescando. Jesus passou onde estavam e lhes fez o convite.
Também para nós é assim: no nosso dia-a-dia é  que devemos encontrar o Senhor, dialogar com Ele e mudar a nossa vida. A resposta dos quatro pescadores foi imediata e sem hesitação: abandonaram as redes e seguiram Jesus. 
O papa Francisco comenta: “nas margens do lago, numa terra impensável, nasceu a primeira comunidade de discípulos de Cristo. E nós cristãos, temos  hoje a alegria de proclamar e dar testemunho da nossa fé, graças àquele primeiro anúncio e àqueles homens humildes e corajosos que responderam generosamente  ao chamado de Jesus” .
A consciência deste início suscite em nós o desejo de levar a palavra, o amor, a ternura de Jesus a todos os contextos, mesmo nos mais difíceis e fechados. “Levar a palavra a todas as periferias. Todos os espaços da vida humana são terrenos onde lançar a semente do Evangelho, a fim de que dê frutos de salvação”.
E nós nos perguntamos: sendo eu, membro vivo da Igreja, como vivo minha vocação à plenitude a serviço do mundo? Sou capaz de largar minhas redes, meu barco, ou seja, meus interesses, meus programas e opções para seguir Jesus que quer me falar  naquele encontro, naquela reunião da comunidade, naquele serviço de acolhimento de alguém que chega à minha casa, ao meu trabalho, do meu lado no ônibus, na recepção de um consultório...? Pensemos como é a nossa resposta aos convites de Jesus para sermos “pescadores de gente”.

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração
que é uma conhecida canção:

Tu,  te abeiraste na praia
Não buscaste nem sábios, nem ricos
Somente queres que eu te siga....

Senhor, Tu me olhaste nos olhos
A sorrir, pronunciaste meu nome
Lá na praia, eu deixei o meu barco
Junto a Ti, buscarei outro mar

Tu sabes bem que em meu barco
Eu não tenho nem espadas nem ouro
Somente redes e o meu trabalho...

Tu minhas mãos solicitas
Meu cansaço, que a outros descansem
Amor que almeja seguir amando..

Junto a Ti, Senhor, buscarei outro mar

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? 
 Nosso olhar foi  iluminado pela certeza de que Deus cuida deste mundo? Cuida de nós, e em Jesus Cristo toda dor, todo sofrimento, toda perseguição tem um misterioso porquê?
Vivemos esta certeza? .
Simão e André eram pescadores e Jesus os chamou para serem pescadores de homens. Tudo o que eles precisavam fazer era seguir Jesus.

A capacitação e o poder para transformá-los em pescadores de homens viria de Deus, não de uma faculdade ou algo assim. Não seria uma pesca com redes. As redes eles deixaram para trás. Não era para saírem aprisionando pessoas, mas libertando. Andar com Jesus faria deles iscas vivas. Eles deviam levar o sabor e a atração de Jesus por onde quer que fossem.

O pescador vai onde o peixe está, corre riscos e não faz barulho para não chamar a atenção para si. É de Jesus, perdão e salvação que o pescador de homens fala. O tema do pescador de homens é Jesus, o mais próximo que Deus chegou do ser humano. E as boas novas não é uma lista de tarefas, mas a notícia de que Jesus morreu e ressuscitou para nos salvar. E que nos ama infinitamente. Vamos responder ao convite do Mestre? Nosso novo olhar descortina um horizonte bem maior de esperança e de muita Vida.


Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 

- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

 Ir. Patrícia Silva, fsp

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Lc 21,12-19 - Jesus nos garante palavras de sabedoria


LEITURA ORANTE
 Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui,  em torno da Palavra.

 O  Senhor está chegando, cresçamos nesta compreensão e certeza: Ele caminha conosco. Vamos com Ele. Observemos como vivemos. 

Rezemos  o Salmo 94:

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar 
- Ao Deus do universo, venham festejar

- Seu amor por nós, firme para sempre 
- Sua fidelidade dura eternamente

- Toda a terra aclame, cante ao Senhor 
- Sirva com alegria, venha com fervor 

- Nossas mãos orantes para o céu subindo 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino 

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente o texto do Evangelho do Dia: Lc 21,12-19.

- Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos.

Refletindo

Jesus fala aos discípulos, dizendo-lhes que serão perseguidos, presos, julgados. E vê nisto tudo oportunidades para anunciar o Evangelho.
“Antes de tudo isto, vocês serão perseguidos...” (v. 12). Prevê Jesus uma reação violenta por parte das autoridades judaicas e das autoridades romanas (diante de governadores e reis). Por causa de quê? Por estar como discípulo empenhado ativamente na transformação da ordem injusta, anunciando, denunciando e realizando os sinais do Reino, exatamente como fez o Mestre. Daí que quase os mesmos termos que anunciam sua Paixão, anunciam também o caminho de sofrimento para seus seguidores.
Mais ainda, o Mestre lhes dá uma recomendação: não fiquem preocupados.
E lhes garante: "darei a vocês palavras e sabedoria suficientes para se defenderem”. "Vocês serão odiados por serem meus seguidores, mas fiquem firmes. Nenhum cabelo de vocês de perderá. E vocês serão salvos"

2. Meditação Caminho)
- O que a Palavra diz para nós?
Semeiam o mal ao meu redor e às vezes sou até atingido por ele. Como reagimos? Como reagimos diante de uma ordem injusta? Permitimos que o mal vá penetrando na sociedade ou usamos nossa consciência para filtrar e distinguir o que é do bem e o que é manobra de poderosos, de injustiças e maldades?
De onde vem tanto ódio em nosso mundo? Ganância por poder? Inveja? Ciúme? Insensibilidade com os pobres e os que sofrem?
Estes não são sinais do Reino de Deus.
Não é o jeito de ser de Jesus e dos que o seguem.
O papa Francisco diz:
“A injustiça é a raiz perversa do mal. O grito dos pobres torna-se mais forte a cada dia, e a cada dia é menos ouvido, porque abafado pelo barulho de poucos ricos, que são sempre menos e sempre mais poderosos. (…)Nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos seus discípulos. Pede-nos para o reconhecermos em quem tem fome e sede, é migrante e está privado de dignidade, doente, analfabeto, desempregado”. Junto de Deus, o grito dos pobres encontra refúgio, mas e em nós? Temos olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos estendidas para levantar e ajudar?”
E nós que sofremos alguma perseguição? São Paulo nos anima como cristãos que somos:
De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.  ( 2 Cor 4,8-9)

Meditando
Recordo a palavra dos Pastores da Igreja na América Latina e Caribe que disseram, em Aparecida: "Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: "Onde eu estiver, aí estará também o meu servo" (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga" (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida." (DAp 140).
O Papa Francisco fala destas dificuldades que enfrentarão os discípulos missionários. Diz ele:

"Jesus descreve três situações concretas que os discípulos enfrentarão.
Antes de tudo, a primeira, a hostilidade daqueles que gostariam de silenciar a Palavra de Deus, é adoçá-la, diluindo-a ou reprimindo quantos  a anunciam. Neste caso, Jesus encoraja os Apóstolos a difundir a mensagem de salvação que Ele lhes confiou. Até àquele momento, Ele transmitiu-a com prudência, quase em segredo, no pequeno grupo dos discípulos. Mas eles deverão proclamar o seu Evangelho “à luz do dia”, ou seja, abertamente, e anunciá-lo “sobre os telhados” - assim diz Jesus - isto é, publicamente.

A segunda dificuldade que os missionários de Cristo irão encontrar é a ameaça física contra eles, isto é, a perseguição direta do seu povo, inclusive a morte. Esta profecia de Jesus verificou-se em todos os tempos: trata-se de uma realidade dolorosa, mas atesta a fidelidade das testemunhas. Quantos cristãos ainda hoje são perseguidos em todo o mundo! Sofrem pelo Evangelho com amor, são os mártires dos nossos dias. E podemos dizer com certeza que são mais do que os mártires dos primeiros tempos: muitos mártires unicamente pelo facto de serem cristãos. A estes discípulos de ontem e de hoje que sofrem a perseguição, Jesus recomenda: «Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma» (v. 28). Não nos devemos deixar assustar por aqueles que procuram extinguir a força da evangelização através da arrogância e da violência. Na verdade, nada podem fazer contra a alma, ou seja, contra a comunhão com Deus: ninguém a pode tirar aos discípulos, pois é um dom de Deus. O único medo que o discípulo deve ter é o de perder esse dom divino, a proximidade, a amizade com Deus, renunciando a viver segundo o Evangelho e causando deste modo a sua morte moral, que é a consequência do pecado.    

O terceiro tipo de prova que os Apóstolos terão de enfrentar, é indicada por Jesus no sentimento que alguns terão de que o próprio Deus os abandonou, permanecendo distante e silencioso. Também aqui nos exorta a não ter medo, porque, apesar de passarmos por estas e outras ciladas, a vida dos discípulos está firmemente nas mãos de Deus, que nos ama e nos guarda. São como as três tentações: edulcorar o Evangelho, diluí-lo; segunda, a perseguição; e terceira, o sentimento de que Deus nos deixou sozinhos. Jesus também sofreu esta provação no Jardim das Oliveiras e na Cruz: “Pai, por que me abandonaste”, diz Jesus. Por vezes sentimos esta aridez espiritual; não devemos ter medo dela. O Pai cuida de nós porque o nosso valor é grande aos Seus olhos. O importante é a franqueza, a coragem do testemunho, do testemunho de fé: “reconhecer Jesus diante dos homens” e ir em frente praticando o bem." (Papa Francisco, 21 de junho 2020)

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
O papa Francisco pergunta: quantos de vocês rezam pelos cristãos que são perseguidos?”
Rezemos por eles:
Senhor Jesus Cristo, 
Vós nos ensinastes a rezar
ao Pai em vosso nome e nos assegurastes que
tudo o que pedíssemos nós receberíamos.
Por isso, nos dirigimos a Vós com total
confiança, pedindo-vos a graça e a força de
perseverar nesta tempestade, para alcançar a
paz e a segurança, antes que seja tarde demais.
Esta é a nossa oração e, 
embora pareça impossível para nós, 
confiamos a Vós a nossa
sobrevivência e nosso futuro.
Ajudai-nos, Pai, em nome de seu Filho
crucificado e ressuscitado, Jesus, 
para continuarmos a trabalhar juntos; 
para sermos livres, responsáveis e amorosos; 
para encontrarmos a vossa vontade 
e fazê-la com alegria, zelo e coragem.
Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a notar
que não havia vinho. Pela intercessão de Maria,
pedimos-vos, Pai, para mudar a nossa situação
– como vosso Filho transformou a água em vinho –
da morte para a vida.
Amém

4. Contemplação(Vida/ Missão) 
- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?

Nosso olhar pode ser iluminado pela certeza de que Deus cuida deste mundo, Deus cuida de nós, e em Jesus Cristo toda dor, todo sofrimento, toda perseguição tem um misterioso porquê. Deus sabe e permite que isto seja motivo para anunciarmos o seu Reino. Tenhamos esta certeza. Vamos recordar durante o dia o que nos garante o Senhor: "eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar".

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Lc 21,5-11 - "...grandes sinais serão vistos no céu..."

LEITURA ORANTE

                            Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, 
                                 em torno da Palavra.
 Rezamos ou cantamos o Salmo 94:

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar 
- Ao Deus do universo, venham festejar 
- Seu amor por nós, firme para sempre 
- Sua fidelidade dura eternamente
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor 
- Sirva com alegria, venha com fervor 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito 

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? 
Lemos atentamente o texto: Lc 21,5-11

Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu.

Refletindo
O templo de Jerusalém, construído por Herodes, era de uma grandeza e magnitude sem igual. Jesus não se impressiona. As belas pedras e as ofertas não passavam de exterioridade, aparências. E afirma: "tudo isto será destruído". O templo viria abaixo. Sua finalidade havia sido desviada. Não era mais o templo do Deus verdadeiro. Em nome da fé eram acobertadas maldades, exploração e idolatrias.
E Jesus fala de catástrofes, sinais vindos do céu, terremotos, epidemias. Estes sinais podem confundir. Alguns dirão que o final está próximo. Jesus diz que isto não quer dizer que o fim está perto, mas, ele chegará de repente .

2. Meditaç
ão (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando
O texto diz que tudo, as aparências passam e chegará o fim. Importante é vigiar e aceitar Jesus Cristo.
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Quem aceita a Cristo: Caminho, Verdade e Vida, em sua totalidade, tem garantida a paz e a felicidade, nesta e na outra vida!"(DAp 246).
Nos interrogamos: Temos garantida a nossa paz e felicidade pela aceitação de Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a
Oração do Abandono 

Meu Pai,

Eu me abandono a ti,
Faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
Eu te agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo.

Desde que a tua vontade se faça em mim
E em tudo o que tu criastes,
Nada mais quero, meu Deus.

Nas tuas mãos entrego a minha vida.

Eu te a dou, meu Deus,
Com todo o amor do meu coração,
Porque te amo
E é para mim uma necessidade de amor dar-me,
Entregar-me nas tuas mãos sem medida
Com uma confiança infinita
Porque tu és... 
Meu Pai!
(Santo Charles de Foucauld)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Nosso olhar será iluminado pela presença de Jesus Cristo, rompendo com tudo aquilo que é mera aparência ou ostentação.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


 
Irmã Patrícia Silva, fsp



segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Lc 21,1-4 - A viúva deu tudo o que tinha para viver

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que circulam neste ambiente.
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? Lemos atentamente: Lc 21,1-4. A oferta da viúva pobre
Jesus estava no pátio do Templo, olhando o que estava acontecendo, e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas. Viu também uma viúva pobre, que pôs ali duas moedinhas de pouco valor. Então ele disse:
- Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver.

Refletindo

Nesta passagem do Evangelho Jesus chama a atenção para o perigo das aparências, alerta para o egoísmo e a vaidade que colocam o "eu" em primeiro lugar. Muitos ricos davam muito dinheiro. Os que depositam sua oferta diziam em voz alta o valor depositado. Era uma forma de se fazerem reconhecidos, avaliados como pessoas generosas, ricas. A viúva pobre pôs duas moedinhas de pouco valor. Era já discriminada por ser mulher, pobre e viúva. No entanto, aos olhos de Deus, deu mais do que todos os outros. "Deu tudo o que tinha para viver". Os valores para Jesus não são medidos pela quantidade, mas pela qualidade, pelo gesto.  É diferente dar uma esmola e dar tudo. Os que deram esmolas, deram o que lhes era supérfluo e não os fazia carentes, nem o dinheiro lhes fazia falta. A viúva sim, pode sentir a insegurança material, mas sua confiança em Deus era muito maior do que o que tinha. Não são os valores econômicos que contam, mas a capacidade de crer, de partilhar.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?

Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "A Igreja católica na América Latina e no Caribe, apesar das deficiências e ambiguidades de alguns de seus membros, tem dado testemunho de Cristo, anunciado seu Evangelho e oferecido seu serviço de caridade principalmente aos mais pobres, no esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana nos campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros". (DAp 98).
E nós nos interrogamos: Vivemos esta solidariedade da Igreja? Ou vivemos o um sentimento de bem-estar egoísta?

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração:

Oração a Jesus Mestre
Jesus Mestre, queremos
pensar com a tua inteligência 
e com a tua sabedoria.
              Amar com o teu Coração...
              Ver sempre com os teus olhos.
              Falar com a tua língua.
              Ouvir somente com teus ouvidos.
              Saborear aquilo que tu gostas.
              Que as minhas mãos sejam as tuas.
              Que os meus pés sigam os teus passos.
              Quero rezar com as tuas orações.
              Tratar as outras pessoas como Tu as trata.
              Celebrar como tu te imolaste.
            Quero estar em ti e que tu estejas em mim.
(Bem-aventurado Tiago Alberione)

4. Contemplação (Vida/Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulos/as de Jesus?
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, e pela sua proposta de solidariedade e reconhecimento dos valores dos mais pobres. Rezamos: 

Jesus e Maria, dai-nos a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém


Irmã Patrícia Silva, fsp


sábado, 25 de novembro de 2023

Lc 20,27-40 - Deus é Deus dos vivos

LEITURA ORANTE



Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, em torno da Palavra. 
Iniciamos, rezando o Salmo 94:

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar
- Ao Deus do universo, venham festejar 
- Seu amor por nós, firme para sempre
- Sua fidelidade dura eternamente 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor 
- Sirva com alegria, venha com fervor 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito 

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 20,27-40 e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Alguns saduceus, os quais afirmam que ninguém ressuscita, chegaram perto de Jesus e disseram:
- Mestre, Moisés escreveu para nós a seguinte lei: "Se um homem morrer e deixar a esposa sem filhos, o irmão dele deve casar com a viúva, para terem filhos, que serão considerados filhos do irmão que morreu." Acontece que havia sete irmãos. O mais velho casou e morreu sem deixar filhos. Então o segundo casou com a viúva, e depois, o terceiro. E assim a mesma coisa aconteceu com os sete irmãos, isto é, todos morreram sem deixar filhos. Depois a mulher também morreu. Portanto, no dia da ressurreição, de qual dos sete a mulher vai ser esposa? Pois todos eles casaram com ela!
Jesus respondeu:
- Nesta vida os homens e as mulheres casam. Mas as pessoas que merecem alcançar a ressurreição e a vida futura não vão casar lá, pois serão como os anjos e não poderão morrer. Serão filhos de Deus porque ressuscitaram. E Moisés mostra claramente que os mortos serão ressuscitados. Quando fala do espinheiro que estava em fogo, ele escreve que o Senhor é "o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó." Isso mostra que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos, pois para ele todos estão vivos.
Aí alguns mestres da Lei disseram:
- Boa resposta, Mestre!
E não tinham coragem de lhe fazer mais perguntas.

Refletindo

Os saduceus foram a Jesus porque queriam entender a questão da ressurreição. Jesus inicia fazendo uma correção. A ressurreição verdadeira consiste em passar a uma nova categoria, a de filhos de Deus. O matrimônio, após a morte, não permite gerar filhos. Tampouco se casa após a morte. Após a morte, "os que vivem, vivem para o Senhor", como diz São Paulo aos Romanos (Rm 14,8).

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Nosso  Deus é o Deus dos vivos como propõe Jesus? Ou, ficamos ainda com conceitos e ideias de um Deus dos mortos? 

Meditando

Em Aparecida, disseram os bispos: "Jesus Cristo é a plenitude que eleva a condição humana à condição divina para sua glória: “Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10). Sua amizade não nos exige que renunciemos a nossos desejos de plenitude vital, porque Ele ama nossa felicidade também nesta terra. Diz o Senhor que Ele criou tudo “para que o desfrutemos” (1 Tm 6,17)." (DAp 355).

São Tomás de Aquino ganhou citação na mensagem do Papa Francisco , quando  sublinhou o seu pensamento de que “na vida eterna acontece a união do homem com Deus, numa ‘perfeita visão’ d’Ele”. Esse tipo de reflexão, continuou o Papa, deveria nos encorajar a repropor “apaixonadamente” e com linguagem adequada ao dia a dia e com profundidade, “o coração da nossa fé, a esperança que nos anima e que dá força ao testemunho cristão no mundo: a beleza da Eternidade”. (Papa Francisco, 4 dez 2018).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, renovando nossa fé na ressurreição:

Creio
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo,
Seu único Filho, Nosso Senhor,
Que foi concebido pelo Espírito Santo.
Nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos,
Ressuscitou ao terceiro dia,
Subiu aos céus,
Onde está sentado à direita de Deus Pai
E donde há de vir julgar os vivos e os mortos,
Creio no Espírito Santo,
Na santa Igreja católica,
Na comunhão dos santos,
Na remissão dos pecados,
Na ressurreição da carne,
Na vida eterna. Amém.


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é  de renovada fé. Sentimos que nossa fé é pequena, por isso, passaremos o dia repetindo a oração de uma pessoa do Evangelho:”Creio,Senhor, mas aumenta a minha fé!" (Mc 9,24).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.


- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito


Irmã Patrícia Silva, fsp


sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Lc 19,45-48 - A casa de Deus é casa de oração


LEITURA ORANTE
Templo de Jerusalém

Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui,  
em torno da Palavra.

 Juntos, rezamos: 

Ó Espírito Santo, 
dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e 
forte palavra inspiradora, 
fechado a todas as ambições mesquinhas, 
alheio a qualquer desprezível competição humana, 
compenetrado do sentido da santa Igreja! 
Um coração grande, 
desejoso de tornar-se semelhante ao Coração do Senhor Jesus! 
Um coração grande e forte para amar todos, 
para servir a todos, 
para sofrer por todos! 
Um coração grande e forte para superar todas as provações, 
todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! 
Um coração grande e forte, 
constante até o sacrifício, se for necessário! 
Um coração cuja felicidade é 
palpitar com o Coração de Cristo e  cumprir, 
humildemente a vontade do pai. 
Amém.
Papa São Paulo VI

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 19,45-48

Jesus entrou no pátio do Templo e começou a expulsar dali os vendedores. 
Ele lhes disse:
- Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões.
Jesus ensinava no pátio do Templo todos os dias. Os chefes dos sacerdotes, os mestres da Lei e os líderes do povo queriam matá-lo. Mas não achavam jeito de fazer isso, pois todos o escutavam com muita atenção.


Refletindo
O Evangelho de hoje, escrito por Lucas, nos fala do Templo. Jesus chega a Jerusalém por ocasião da festa de Páscoa, e expulsa do templo os vendedores.
E diz: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões.” Jesus quer purificar o templo que fora transformado em lugar de comércio, de exploração do povo pobre e de enriquecimento dos poderosos. O Mestre não suporta a exploração de ninguém. Aqui, ele não só condena, mas age, energicamente. Depois, continua a ensinar todos os dias no Templo. Isto provocou a ira dos mestres da lei, dos chefes dos sacerdotes e dos líderes que queriam matá-lo.
Outros textos que se referem ao Templo:

João 2,13-14: Na festa da Páscoa, Jesus vai ao Templo para encontrar o Pai, e encontra o comércio
João 2,15-16: Jesus faz uma faxina no templo
João 2,17: Os discípulos procuram entender o gesto de Jesus
1Pd 2,4-5 - 4 Aproximem-se do Senhor, a pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. 5 Do mesmo modo, vocês também, como pedras vivas, vão entrando na construção do templo espiritual, e formando um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais que Deus aceita por meio de Jesus 
1Cor 12, 12-13:  De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só 
Corpo. Assim acontece também com Cristo. 13 Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito.
1Cor 12, 27: Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Jesus é misericórdia, mas não tolera a injustiça.

Meditando
Os bispos em Aparecida afirmaram: A misericórdia sempre será necessária, mas não deve contribuir para criar círculos viciosos que sejam funcionais a um sistema econômico iníquo. Requer-se que as obras de misericórdia estejam acompanhadas pela busca de uma verdadeira justiça social, que vá elevando o nível de vida dos cidadãos, promovendo-os como sujeitos de seu próprio desenvolvimento. Em sua Encíclica Deus Caritas est, o Papa Bento XVI tratou com clareza inspiradora a complexa relação entre justiça e caridade. Ali, disse-nos que “a ordem justa da sociedade e do Estado é uma tarefa principal da política” e não da Igreja. Mas a Igreja “não pode nem deve colocar-se à margem na luta pela justiça”. Ela colabora purificando a razão de todos aqueles elementos que ofuscam e impedem a realização de uma libertação integral. Também é tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a catequese, a denúncia e o testemunho do amor e da justiça, para que despertem na sociedade as forças espirituais necessárias e se desenvolvam os valores sociais. Só assim as estruturas serão realmente mais justas, poderão ser mais eficazes e sustentar-se no tempo. Sem valores não há futuro e não haverá estruturas salvadoras, visto que nelas sempre subjaz a fragilidade humana." (DAp 385).
Como membro da Igreja, "pedras vivas do templo", a misericórdia que praticamos leva este timbre de justiça?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com o Canto:

Nós somos muitos
Letra e música: Pe. José Weber

Nós somos muitos,
mas formamos um só corpo, 
que é o corpo do Senhor, a sua Igreja,
pois, todos nós participamos
do mesmo pão da unidade,
que é o corpo do Senhor, a comunhão.

1. O pão que, reunidos, nós partimos
é a participação
do Corpo do Senhor.

2. O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão
no Sangue do Senhor.

3. À ordem do Senhor obedecendo,
celebramos a memória
da nossa redenção.

4. Da Ceia do Senhor participando,
pelo Espírito seremos
unidos num só corpo.

5. Seu Corpo e seu Sangue comungando,
sua morte anunciamos,
até que Ele venha.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? 
Sentimo-nos discípulos/as de Jesus?
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, pela consciência de sermos "pedras vivas", templos vivos, morada e habitação de Deus, um só Corpo na Igreja.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Irmã Patrícia Silva, fsp