segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Lc 14,12-14 - Uma festa para os pobres!!! "Dilexi te"

LEITURA ORANTE

Foto: OSROM

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamos  para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
(Bv. Alberione)


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente Lc 14,12-14  e observamos pessoas. Procuramos compreender o ensinamento de Jesus Mestre.

 Naquele tempo, 12 dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isso já seria a tua recompensa. 13 Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14 Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”. 

Compreendendo o texto
Jesus fala sobre a generosidade desinteressada: convidar os pobres, os que não têm como retribuir. Normalmente, na sociedade, convidam-se pessoas do mesmo nível e que acabam por retribuir. A caridade proposta por Jesus rompe este círculo e dá espaço aos pobres, aos coxos, aos sem aparência, aos cegos...E afirma que este tipo de caridade tem a recompensa de Deus.

Podemos ver outros textos bíblicos que nos falam dos pobres:
Mc 10, 21-22
Jesus olhou para ele com amor, e disse: «Falta só uma coisa para você fazer: vá, venda tudo, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me.» Quando ouviu isso, o homem ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque ele era muito rico.

Lc 6, 20-23
Levantando os olhos para os discípulos, Jesus disse: «Felizes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence.  Felizes de vocês que agora têm fome, porque serão saciados. Felizes de vocês que agora choram, porque hão de rir. Felizes de vocês se os homens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa do Filho do Homem. Alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 

2Cor 9,8-9
 Deus pode enriquecer vocês com toda espécie de graças, para que tenham sempre o necessário em tudo e ainda fique sobrando alguma coisa para poderem colaborar em qualquer boa obra, conforme diz a Escritura: «Ele distribuiu e deu aos pobres; e sua justiça permanece para sempre.»

Tg 2, 5
Queridos irmãos: não foi Deus quem escolheu os que são pobres aos olhos do mundo, para torná-los ricos na fé e herdeiros do Reino que ele prometeu àqueles que o amam?

O que falam os pobres?
“A tontura da fome é pior do que a do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a da fome nos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar dentro do estômago”. - Carolina Maria de Jesus

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Nossa vida reflete o que o texto diz ou há contradições? Na comunidade da qual participamos é assim que as pessoas se relacionam ou há disputa de poder, pessoas que buscam fazer carreira? Que lugar ocupamos nós?

Disse o Papa Francisco
 «Jesus Cristo (…) fez-Se pobre por vós» (2 Cor 8, 9). Com estas palavras, o apóstolo Paulo dirige-se aos cristãos de Corinto para fundamentar o seu compromisso de solidariedade para com os irmãos necessitados. O Dia Mundial dos Pobres torna este ano como uma sadia provocação para nos ajudar a refletir sobre o nosso estilo de vida e as inúmeras pobrezas da hora atual. (Mensagem do Papa Francisco para o 7º Dia Mundial dos Pobres, 19 de novembro de 2023)
Veja material e Leia na íntegra a Mensagem emVII Dia Mundial dos Pobres.

Na exortação apostólica Dilexi te o Papa Leão XIV, “ afirma sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres”, e prova disso é também o testemunho deixado por inúmeros santos, beatos e missionários que, ao longo dos séculos, encarnaram a imagem de “uma Igreja pobre e para os pobres”. Além de Francisco de Assis e do seu gesto de abraçar um leproso, Leão XIV recorda a Madre Teresa de Calcutá, ícone universal da caridade dedicada aos moribundos da Índia “com uma ternura que era oração”, e ainda São Lourenço, São Justino, Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, o “seu” Santo Agostinho, que afirmava: “Aquele que diz amar a Deus e não se compadece dos necessitados, mente”.
Leão lembra ainda o trabalho dos Camilianos junto dos doentes, das congregações femininas em hospitais e casas de repouso, dos mosteiros beneditinos no acolhimento a viúvas, crianças abandonadas, peregrinos e mendigos, e dos Franciscanos, Dominicanos, Carmelitas e Agostinianos que iniciaram “uma revolução evangélica” através de um “estilo de vida simples e pobre”, juntamente com os Trinitários e Mercedários que, lutando pela libertação dos “cativos”, expressaram o amor de “um Deus que liberta não só da escravidão espiritual, mas também da opressão concreta”.
O pontífice recorda também o exemplo de São José de Calasanz, que fundou a primeira escola popular gratuita da Europa, ou das irmãs Ursulinas, que “criaram escolas nos pequenos vilarejos, nas zonas de periferia e nos bairros operários”, para destacar a importância da educação dos pobres, que “para a fé cristã, não é um favor, mas um dever”.

Apesar de a América Latina e o Caribe estarem entre os maiores exportadores de alimentos do planeta, neste momento há 56,5 milhões de latino-americanos e caribenhos que passam fome e 268 milhões de pessoas com insegurança alimentar moderada ou grave, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Nosso coração já está em sintonia com Deus e os irmãos?
Vivemos este momento em silêncio. Depois, concluímos:

Oração
Senhor, 
concede-nos luzes e meios  para estimular, 
em primeiro lugar, os crentes, 
para que reajam à cultura da indiferença,
do acúmulo, da fome, do descarte e do desperdício, 
assumindo a cultura do encontro.
Que cada cristão  abra o seu coração 
à justiça da partilha com os pobres 
em todas as formas de solidariedade, 
e sinais concretos de fraternidade. 
Somos filhos do mesmo Pai. 
Pai Nosso... 

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos fazer com sincero amor algo pelas pessoas mais carentes (mais de 33 milhões de famintos e muitos outros milhões de desempregados no Brasil, 56,5 milhões de latino-americanos e caribenhos que passam fome e 268 milhões de pessoas com insegurança alimentar moderada ou grave,).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

                                             Ir. Patricia Silva, fsp