segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Lc 16,19-31 - Parábola do Rico e do pobre Lázaro (=Deus é ajuda) - 26º Domingo do TC - 28 setembro

LEITURA ORANTE


Caminhemos passo a passo com Jesus.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo,
membro da Igreja viva.

Trindade Santíssima

- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço. 

Agora, ouçamos o que ele, o Senhor nos diz

1. Leitura (Verdade) 
 Vamos "conhecer" mais sobre Jesus

O que diz o texto do dia?  
Lucas traz uma parábola inquietante que aborda a questão dos relacionamentos humanos. Vamos deixar que esta parábola nos questione e ilumine a nossa vida. 

Vamos lê-la como Jesus a contou. Lc 16,19-31.

Disse Jesus aos fariseus: 19“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20 Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. 25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós e nem os daí poderiam atravessar até nós’. 27 O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’ 30 O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'”.

Revendo o texto

Recordando: a primeira parte da parábola fala de um rico poderoso, sem nome. Suas vestes são finas e elegantes indicam luxo e ostentação. Só pensa em banquetes suntuosos todos os dias.
Um aspecto interessante: nesta história o rico não tem nome, pois não tem identidade humana. Não era ninguém. sua vida era vazia de amor solidário, é um fracasso. Nada de amizade social.
Junto à porta de sua mansão, está estendido um mendigo. Não está coberto de linho, mas de feridas repugnantes. Não sabe o que é um banquete. Não lhe dão nem pão que cai da mesa da rico para matar sua fome. Só alguns cachorros da rua se aproximam para lamber-lhe as feridas. Não tem ninguém, não possui nada. Só um nome cheio de promessas: Lázaro, que significa "Deus é ajuda". Estão próximos, apenas um dentro e outro fora de casa. São poucos metros de distância, mas um abismo os separa.

A segunda parte da narração apresenta uma reviravolta total. Ambos morrem e a morte os iguala. A riqueza não os diferencia. O pobre se salva pela misericórdia de Deus, por graça. O rico se condena por si mesmo, porque ele escolheu quando se isolou, se fechou, não quis ver, descobrir, ajudar o pobre que estava a seu lado.


Outro dado da parábola: depois da morte não há mais como mudar as coisas. O tempo de mudança é este, esta vida.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?

Perguntamo-nos se não estamos deixando o tempo passar, deixando a conversão para depois. Amar é necessário.
Infelizmente, hoje, crescem cada vez mais as portas que se fecham, os muros que se erguem,  que separam as pessoas, que as impedem de ver e ouvir os gritos dos famintos, doentes, separados, excluídos, no sofrimento, na pobreza, os descartados.
A grande tragédia está nos muros levantados, nas cercas de proteção, nos portões eletrônicos que nos impedem de ver os rostos dos outros, que nos fecham sobre nós mesmos como se ninguém mais existisse.
É preciso escancarar as portas dos nossos preconceitos, da nossa insensibilidade, dos nossos pré-juízos, portas que nos fazem acostumar a não ver famintos, necessitados, explorados, invisíveis.
O que Jesus lamenta é nossa insensibilidade, a nossa indiferença diante de quem vive na penúria. A riqueza, as roupas finas podem causar bloqueio do coração, um escândalo no mundo da pobreza. Os grandes banquetes podem ser  insultos a um mundo onde predomina a fome.
O fosso que separa o rico de Lázaro, na parábola, se reflete na desigualdade cada vez maior, hoje, em nossa sociedade.

“No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação. (D
Ap 351).

Comecemos como Lázaro, cujo nome  significa "Deus é ajuda", pedindo a ajuda de Deus, invocando o nome santo de Jesus.

3. Oração (Vida) 
Quantas vezes invocando o nome santo de Jesus fomos salvos. Vamos invocá-lo agora  para  ter a graça de viver o amor que partilha

Rezemos com toda a Igreja:   

Pai de bondade,
ao ver a multidão faminta,
vosso Filho encheu-se de compaixão,
abençoou, repartiu os cinco pães
e dois peixes e nos ensinou:
“dai-lhes vós mesmos de comer”.
Confiantes na ação do Espírito Santo,
vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo,
de diálogo, justiça, igualdade e paz;
ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária,
sem fome, pobreza, violência e guerra;
livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.
Que Maria, nossa mãe,
interceda por nós para acolhermos Jesus Cristo
em cada pessoa,
sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos.
Amém.

Para ouvir e cantar junto: 

(Padre Zezinho, scj) 

Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho
Eu já vi mais de um irmão se desviar do caminho
Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho
Eu também vi muita gente encontrar novamente o caminho do céu
Eu também vi muita gente voltar novamente ao convívio de Deus

Por um pedaço de pão e um pouquinho de vinho
Deus se tornou refeição e se fez o caminho
Por um pedaço de pão, por um pedaço de pão 

Por não ter vinho nem pão, por lhe faltar a comida
Eu já vi mais de um irmão desiludido da vida
E por não dar do seu pão, e por não dar do seu vinho
Vi quem dizia ser crente, perder de repente os valores morais
Vi que o caminho da paz só se faz com justiça e direitos iguais

Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho
Eu já vi mais de um irmão tornar-se um homem mesquinho
Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho
Vejo as nações em conflito e este mundo maldito por não partilhar
Vejo metade dos homens morrendo de fome, sem Deus e sem lar

4. Contemplação(Vida/ Missão)   
Que o Senhor nos converta e com  Jesus comecemos  a transformar a história.
Nosso olhar de contemplação é um olhar de conversão que cancela tudo aquilo que em nossa vida é acomodação, indiferença, omissão. Que Deus tenha piedade de nós.

Bênção
Que o Senhor nos abençoe e nos livre de todo mal. 
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém





Lc 8,16-18 - Para que todos vejam a luz

Leitura orante


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando, com todos os que se encontram com a Palavra neste instante e, aqui neste espaço, pessoas do mundo inteiro, do Brasil, do Canadá, da Índia, do Japão, de Portugal, da Rússia, da Noruega, da Itália, dos Estados Unidos, da África, das Filipinas, e de muitos outros lugares. 

Acendemos, em torno da Palavra, nossa grande Luz,  
uma comunidade eclesial missionária, na unidade, em sinodalidade,
 como pedia Jesus que fizéssemos:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade) - A Palavra

- O que a Palavra diz?
Invocamos a Santíssima Trindade com breve oração:

Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.

Lemos atentamente, o texto da Palavra do dia: Lc 8,16-18.

Disse Jesus à multidão: 16“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter”.

Refletindo
Fazemos um instante de silêncio e recordamos o que lemos. Neste texto aparecem os verbos: "acender", "ver", "colocar". São relacionados à lamparina. A Palavra de Deus, é uma lamparina que, antes de iluminar o caminho por onde vamos, ilumina-nos por dentro, ilumina a nossa consciência para que possamos conhecer, discernir a vontade de Deus. Nossa missão na Igreja é de ser luz.

2. Meditação (Caminho) 
-  o Pão que me alimenta

O que a Palavra diz para nós? Que alimento recebo da Palavra?

Os bispos, em Aparecida, disseram: "Os fiéis leigos são "os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Eles realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo". São "homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja" (DAp 209).

Meditando
Atualizamos a Palavra, ligando-a à nossa  vida. Também nós somos luz. Somos filhos da luz, comunicadores da luz de Deus e agimos agora em colaboração com Deus para levar esta mesma luz a outros. Somos comunidade eclesial missionária, Não podemos esconder nossa luz "debaixo da cama ou da mesa". O bem-aventurado Alberione entendeu muito bem esta missão, quando em oração diante do Santíssimo Sacramento, ouviu: "Daqui quero iluminar. Eu estou com vocês". Na Eucaristia e nos sacramentos está a  fonte de luz. Noutro momento, Alberione, ouviu: "Dou-lhes a minha luz. E me servirei de vocês para iluminar". Somos comunidade eclesial missionária.

3. Oração (Vida) 
-  A Caridade que aponta para a vida plena
O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Em sintonia com o coração de Jesus, rezamos o Salmo 125(126)

Maravilhas fez conosco o Senhor!


Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, / parecíamos sonhar; / encheu-se de sorriso nossa boca, / nossos lábios, de canções. – R.

Entre os gentios se dizia: “Maravilhas / fez com eles o Senhor!” / Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria! – R.

Mudai a nossa sorte, ó Senhor, / como torrentes no deserto. / Os que lançam as sementes entre lágrimas / ceifarão com alegria. – R.

Chorando de tristeza, sairão, / espalhando suas sementes; / cantando de alegria, voltarão, / carregando os seus feixes! – R.


4. Contemplação (Vida)
 - A ação Missionária em estado permanente

Qual o novo olhar que a Palavra despertou em nós?
Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo"( Jo 8,12) e
"Vocês são a luz do mundo". (Mt 5,14). Passemos o dia vendo com a luz de Deus, as pessoas, a família, o trabalho, os estudos, todas situações, o mundo, e sobretudo, as pessoas com as quais nos relacionamos mais de perto. Somos comunidade em missão permanente.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ir. Patricia Silva, fsp