domingo, 1 de outubro de 2023

Mt 21,28-32 - Coerência entre o dizer e o agir


LEITURA ORANTE


Canto inicial:
O Senhor vai acendendo luzes
quando vamos precisando delas (bis)


Fazemos agora, a Leitura Orante, numa rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra 
com todas as pessoas que se encontram  neste momento de oração.
 
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Espírito Santo,
tu que vieste do Pai,
e que permaneceste conosco, em Jesus,
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações,
abre-nos à Palavra!
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade,
terreno bom,
onde tu possas trabalhar com liberdade,
de modo que a nossa vida
seja sinal eloquente da tua caridade.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
Acolhamos a Palavra
Canto: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração (bis)

O que diz o texto do dia? Lemos atentamente: Mt 21,28-32.

 Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

Refletindo
Esta parábola contada por Jesus pode ser entendida como a coerência entre o dizer e o agir. O primeiro filho disse que faria a vontade do pai e não a fez. O segundo disse que não a faria, arrependeu-se e a fez. O contraste entre as duas atitudes é evidente. Jesus falava a pessoas que se diziam fiéis à Lei e, no entanto, não o acolhiam. Enquanto que outros, pecadores, gente do povo, pobres o acolhiam reconhecendo nele o Filho de Deus, o Messias enviado pelo Pai.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? Somos mais semelhantes a qual dos dois filhos da parábola?

Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: 
Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n’Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, dão.”(DAp103). 

O Papa Francisco adverte sobre o perigo da “religiosidade de fachada”
Ao refletir sobre o Evangelho de São Mateus (21,28-32), o Papa destacou que “Jesus se opõe a uma religiosidade que não envolve a vida humana, que não interpela a consciência e sua responsabilidade frente ao bem e ao mal”.
Explicou que, “com esse simples exemplo, Jesus quer superar uma religião entendida apenas como prática externa e habitual, que não afeta a vida e as atitudes das pessoas, uma religiosidade superficial, somente ‘ritual’, no sentido feio da palavra”.
“Deus é paciente conosco: não se cansa, não desiste depois de nosso ‘não’; também nos deixa livres para nos afastarmos dele e cometer erros. Mas espera ansiosamente o nosso ‘sim’ para nos acolher novamente entre seus braços paternos e nos encher de sua misericórdia sem limites”, assinalou o Papa.
Desse modo, “a fé em Deus pede para renovar todos os dias a escolha do bem em detrimento do mal, a escolha da verdade em detrimento da mentira, a escolha do amor ao próximo em detrimento do egoísmo” .
Entretanto, o Papa recordou que “a conversão, mudar o coração, é um processo, às vezes, doloroso, porque não existe caminho da santidade sem alguma renúncia”.
“O Evangelho de hoje põe em questão a maneira de viver a vida cristã, que não é feita de sonhos e de belas aspirações, mas de compromissos concretos para nos abrir cada vez mais à vontade de Deus e ao amor pelos irmãos. Mas isso, inclusive o menor empenho concreto, não pode ser feito sem a graça. A conversão é uma graça que devemos pedir sempre”. (Papa Francisco, 27 setembro 2020)

Nuns instantes de silêncio, reflitamos sobre  a nossa vivência deste Evangelho (Pausa).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, 
e concluímos com a oração do bem-aventurado Alberione, fundador da Família Paulina:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença
de Jesus Cristo e, na coerência para cumprir a vontade do Pai.

Canto: Jesus, Jesus de Nazaré, o teu semblante eu quero ter
Tal qual és tu, eu quero ser, Jesus, Jesus de Nazaré (bis)

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém

Ir. Patrícia Silva, fsp