sábado, 13 de abril de 2024

Jo 6,16-21 - Pedro - bonito ícone de fé

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para este momento muito  importante do nosso dia, invocando o Espírito Santo  para todos e todas que fazem esta mesma oração,
 nesta roda de Leitura Orante.

Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, 
para que possamos avaliar todas
as coisas à luz do Evangelho 

e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento, uma compreensão mais profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho, que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza. sustentai-nos, 

no meio de tantas dificuldades, com vossa coragem,
para que possamos anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência, para distinguir 

o único necessário das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade, 

para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do vosso santo temor, 

para que, conscientes de nossas fragilidades,
reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos um novo coração. Amém.

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto para nós?
Façamos a leitura  atenta do texto da Palavra

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,16-21

16
Ao cair da tarde,
os discípulos desceram ao mar.
17
Entraram na barca
e foram em direção a Cafarnaum,
do outro lado do mar.
Já estava escuro,
e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.
18
Soprava um vento forte
e o mar estava agitado.
19
Os discípulos tinham remado
mais ou menos cinco quilômetros,
quando enxergaram Jesus,
andando sobre as águas
e aproximando-se da barca.
E ficaram com medo.
20
Mas Jesus disse:
"Sou eu. Não tenhais medo".
21
Quiseram, então, recolher Jesus na barca,
mas imediatamente a barca chegou à margem
para onde estavam indo.

Reflitamos
Estava escuro, fazia vento forte que levantava alto as ondas. O medo dominava os apóstolos. As primeiras comunidades cristãs tiveram dificuldade para reconhecer Jesus ressuscitado. O mar agitado indica as tribulações que os discípulos enfrentavam. Para aumentar o medo e a insegurança deles vem a noite, que representa a ausência do Mestre. Jesus não os abandona; deixa-os sozinhos durante quase todo o trajeto, para exercitá-los na fé. E vai até eles caminhando sobre o mar. Só Deus pode fazer isso. Jesus é senhor da natureza. Aqui se manifesta a divindade de Jesus. Ao dizer “Sou eu”, Jesus se identifica com o Deus libertador, que nunca abandonou o povo de Israel. Sem a presença de Jesus e sem a sólida fé dos missionários, qualquer missão está fadada a fracassar.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Temos dificuldade para reconhecer Jesus ressuscitado hoje, onde andamos, vivemos? Deixamo-nos envolver pelas dificuldades, tribulações, pelo medo? De que? Temos fé?
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram:
"Diante de todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça." (DAp 112).

Diz o Papa Francisco:
"Esta narração é um bonito ícone da fé do apóstolo Pedro. Na voz de Jesus que lhe diz: «Vem!», ele reconhece o eco do primeiro encontro na margem daquele mesmo lago e imediatamente, mais uma vez, deixa o barco e começa a caminhar ao encontro do Mestre. Ele caminha sobre as águas! A resposta confiante e imediata à invocação do Senhor faz-nos realizar sempre coisas extraordinárias. Mas o próprio Jesus nos disse que somos capazes de fazer milagres mediante a nossa fé, a nossa fé nele, a fé na sua palavra, a fé na sua voz. Ao contrário, Pedro começa a afundar no momento em que desvia o seu olhar de Jesus, deixando-se abalar pelas adversidades que o circundam. Mas o Senhor está sempre presente, e quando Pedro o invoca, Jesus salva-o do perigo. Na figura de Pedro, com os seus impulsos e as suas debilidades, está descrita a nossa própria fé: sempre frágil e pobre, inquieta e contudo vitoriosa, a fé do cristão caminha ao encontro do Senhor ressuscitado, no meio das tempestades e dos perigos do mundo." (papa Francisco, 10/08/2014).

3.Oração (Vida) 

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Nosso coração já está em sintonia com o coração de Jesus. Rezemos em silêncio. Coloquemos  o Senhor no lugar de todos os nossos medos e inseguranças.
Rezemos o Salmo 32
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos!
  1. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! / Aos retos fica bem glorificá-lo. / Dai graças ao Senhor ao som da harpa, / na lira de dez cordas celebrai-o! – R.
  2. Pois reta é a palavra do Senhor, / e tudo o que ele faz merece fé. / Deus ama o direito e a justiça, / transborda em toda a terra a sua graça. – R.
  3. O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem / e que confiam, esperando em seu amor, / para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é tempo de penúria. – R.
4. Contemplação (Vida)
Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é de fé, para os outros, para as pessoas que encontrarmos no dia de hoje. Vamos substituir nossos medos pela fé.
Frase para lembrarmos no dia de hoje: "Sou eu, não tenham medo"

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém
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Ir. Patricia Silva, fsp
(11)97334-0180
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