domingo, 1 de junho de 2025

Lc 24,46-53 - Vocês são testemunhas (Ascensão) - 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais

LEITURA ORANTE


- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura Orante, pensando nas muitas comunidades que, no mundo inteiro celebram a solenidade da Ascensão do Senhor! E pedimos as luzes ao Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagramos a mente e nossos pensamentos: ilumina-nos.
Que conheçamos Jesus Mestre
e compreendamos o seu Evangelho. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do Evangelho?
Lemos atentamente: Lc 24,43-56, e observamos pessoas, palavras, relações, lugares. 
Diz o texto:
E disse Jesus:
- O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas dessas coisas. E eu lhes mandarei o que o meu Pai prometeu. Mas esperem aqui em Jerusalém, até que o poder de cima venha sobre vocês.
Então Jesus os levou para fora da cidade até o povoado de Betânia. Ali levantou as mãos e os abençoou. Enquanto os estava abençoando, Jesus se afastou deles e foi levado para o céu. Eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria. E passavam o tempo todo no pátio do Templo, louvando a Deus.

Refletindo
Este texto nos faz pensar que todo cristão é chamado a um encontro com Jesus, à conversão, ao discipulado, à comunhão e à missão. 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
O texto nos diz que também nós somos pessoas convocadas para sermos discípulos/as e missionários/as de Jesus. 

Meditando
O papa Francisco, para o dia de hoje, 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais, cujo tema é 
Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações (cf. 1 Pd 3,15-16), nos diz:

Queridos irmãos e irmãs!

"É preciso Desarmar a comunicação

Hoje em dia, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a exaltar os ânimos, a provocar e a ferir. Já várias vezes insisti na necessidade de “desarmar” a comunicação, de a purificar da agressividade. Nunca dá bom resultado reduzir a realidade a slogans. Desde os talk shows televisivos até às guerras verbais nas redes sociais, todos constatamos o risco de prevalecer o paradigma da competição, da contraposição, da vontade de dominar e possuir, da manipulação da opinião pública.

Há ainda um outro fenômeno preocupante: poderíamos designá-lo como a “dispersão programada da atenção” através de sistemas digitais que, ao traçarem o nosso perfil de acordo com as lógicas do mercado, alteram a nossa percepção da realidade. Acontece portanto que assistimos, muitas vezes impotentes, a uma espécie de atomização dos interesses, o que acaba por minar os fundamentos do nosso ser comunidade, a capacidade de trabalhar em conjunto por um bem comum, de nos ouvirmos uns aos outros, de compreendermos as razões do outro. Parece que, para a afirmação de si próprio, seja indispensável identificar um “inimigo” a quem atacar verbalmente. E quando o outro se torna um “inimigo”, quando o seu rosto e a sua dignidade são obscurecidos de modo a escarnecê-lo e ridicularizá-lo, perde-se igualmente a possibilidade de gerar esperança. Não podemos render-nos a esta lógica."

O Papa Leão XIV diz:

"Cada um de nós pode dizer com confiança: embora eu seja frágil o Senhor não se envergonha da minha humanidade, pelo contrário, vem habitar em mim. Ele me acompanha com seu Espírito, me ilumina e faz de mim um instrumento de amor pelos outros,  para a sociedade e pelo mundo".  

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus? O texto e a reflexão nos sugerem que façamos a oração:

Senhor, tu nos chamas para sermos pontes,
a partir da nossa identidade de "Igreja em saída".
Como filhos de Deus, somos chamados a nos comunicar com todos, 
sem exclusão. 

Jesus Mestre, tu nos convocaste para a comunhão, 
o diálogo, a solidariedade e a misericórdia. 
Por isso, nosso serviço não pode expressar orgulho, dominação, competição. 

Queremos ser misericordiosos, Senhor, como o Pai, 
para ajudar a reduzir as adversidades da vida e 
dar calor aos que têm conhecido apenas a frieza do julgamento. 

Queremos amar as pessoas mais pelo que são 
do que pelas suas capacidades e os nossos sucessos. 

Queremos, Senhor, nos comunicar pela escuta. 
Queremos escutar sendo capazes de compartilhar 
questões e dúvidas, 
caminhar lado a lado, 
libertar-nos de qualquer presunção de onipotência e
colocar, humildemente, nossas próprias capacidades 
e dons a serviço do bem comum.

Que o ambiente digital seja uma praça, um lugar de encontro, 
onde é possível acariciar, realizar uma discussão proveitosa. 

Que a misericórdia, «nos torne mais abertos ao diálogo, 
para melhor nos conhecermos e compreendermos; 
elimine todas as formas de fechamento e desprezo 
e expulse todas as formas de violência e discriminação. 

Que o poder da comunicação definido como «proximidade»,
Que o encontro entre comunicação e misericórdia, num mundo dividido, fragmentado, polarizado, gere uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa entre os filhos de Deus e irmãos. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Agora, neste momento de contemplação, nos perguntamos: Qual o nosso novo olhar, a partir da leitura, meditação e oração da Palavra?
O papa Francisco nos propõe desarmar a comunicação: (Mensagem do 59º DMCS). Vamos nos dedicar a "desarmar a nossa comunicação".
Este é o novo olhar!

Bênção
O texto diz que Jesus levou os apóstolos até Betânia. 
"Ali levantou as mãos e os abençoou". Acolhamos também hoje esta bênção

A bênção do Pai
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!

Canto: 
(Fl 2,11).

Ir. Patricia Silva, fsp