LEITURA ORANTE
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho!
Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar,
aquilo que devo dizer,
como eu devo dizê-lo,
aquilo que devo calar,
aquilo que devo escrever,
como eu devo agir,
aquilo que devo fazer, para procurar
a vossa glória, o bem das almas e minha própria
santificação.
Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós.
Ó Maria, templo do Espírito Santo,
ensinai-nos
a sermos fiéis Aquele que habita em nosso coração.
(Cardeal Verdier)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? Lemos atentamente o texto Lc 8,1-3, e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.
1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
Revendo o texto
No grupo de seguidores de Jesus estavam também algumas mulheres, contra o costume dos rabinos da época. Se os gregos desprezavam as mulheres, inclusive alguns dos mais conceituados filósofos, Jesus dignificou a posição social das mulheres, ressaltando o papel delas na vida pública. Madalena, agradecida pela libertação recebida de Jesus, outras simpatizantes que prestavam auxílio. A tradição conservou seus nomes: Joana, Susana e, muitas outras que com seus recursos ajudavam Jesus e seus discípulos. Não eram pessoas pobres e é admirável terem colocado a si mesmas e seus recursos a serviço do Reino. Demonstra também a superação do preconceito e da condição de inferioridade das mulheres. Eram discípulas e missionárias de Jesus.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?
Entramos em diálogo com o texto. Refletimos e atualizamos.
Meditando
O que o texto nos diz no momento? Falam da dignidade humana da mulher, os bispos da América Latina e Caribe: "A antropologia cristã ressalta a igual identidade entre homem e mulher em razão de terem sido criados a imagem e semelhança de Deus. O mistério da Trindade nos convida a viver uma comunidade de iguais na diferença. Em uma época marcada pelo machismo, a prática de Jesus foi decisiva para significar a dignidade da mulher e de seu valor indiscutível: falou com elas (cf Jo 4,27), teve singular misericórdia com as pecadoras (cf. Lc 7,36-50; Jo 8,11), curou-as (cf. Mc 5,25-34), reivindicou sua dignidade (cf Jo 8,1-11), escolheu-as como primeiras testemunhas de sua ressurreição (cf. Mt 28,9-10) e incorporou-as ao grupo de pessoas que lhe eram mais próximas (cf. Lc 8,1-3). A figura de Maria, discípula por excelência entre discípulos, é fundamental na recuperação da identidade da mulher e de seu valor na Igreja. O canto do Magnificat mostra Maria como mulher capaz de se comprometer com sua realidade e de ter uma voz profética diante dela." (DAp 451).
E o Papa Francisco refletiu:
"A insubstituível especificidade da contribuição feminina para o bem comum é inegável. Já o vemos na Sagrada Escritura, onde são frequentemente as mulheres que determinam importantes pontos de viragem em momentos decisivos da história da salvação. Pensemos em Sara, Rebeca, Judite, Susana, Rute, para culminar com Maria e as mulheres que seguiram Jesus até à cruz, onde — notemos — dos homens só João permaneceu, os outros foram todos embora. As corajosas estavam lá: as mulheres. Na história da Igreja, pensemos em figuras como Catarina de Sena, Josefina Bakhita, Edith Stein, Teresa de Calcutá, e também nas mulheres “da porta ao lado”, que sabemos que levam em frente com tanta heroicidade matrimônios difíceis, filhos com problemas... A heroicidade das mulheres. Para além dos estereótipos de um certo estilo hagiográfico, são pessoas impressionantes por determinação, coragem, fidelidade, capacidade de sofrer e de transmitir alegria, honestidade, humildade, tenacidade.(...) A nossa história está literalmente constelada de mulheres como essas, quer famosas quer desconhecidas — mas não a Deus! — que fazem progredir o caminho das famílias, das sociedades e da Igreja.(...)"
(Vatican News, 20/09/2024)
3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus? Rezamos o Salmo 48(49)
Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o reino dos céus.
1. Por que temer os dias maus e infelizes / quando a malícia dos perversos me circunda? / Por que temer os que confiam nas riquezas / e se gloriam na abundância de seus bens? – R.
2. Ninguém se livra de sua morte por dinheiro / nem a Deus pode pagar o seu resgate. / A isenção da própria morte não tem preço; / não há riqueza que a possa adquirir, / nem dar ao homem uma vida sem limites / e garantir-lhe uma existência imortal. – R.
3. Não te inquietes quando um homem fica rico / e aumenta a opulência de sua casa; / pois, ao morrer, não levará nada consigo, / nem seu prestígio poderá acompanhá-lo. – R.
4. Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: / “Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!” / Mas vai-se ele para junto de seus pais, / que nunca mais e nunca mais verão a luz! – R.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. A maneira digna com a qual Jesus, e também o apóstolo Paulo, trataram as mulheres, deve servir de estímulo para que nós, os cristãos do tempo presente, façamos o mesmo, pois todos somos um em Cristo.
Vamos demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo. Escolhemos uma frase ou palavra para memorizar. Vamos repeti-la durante o dia.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.