MÚSICA : Põe teu coração no meu (BG)
Passo a passo, a caminho com Jesus,
chegamos ao início da 2ª Semana da quaresma
quando, hoje, contemplamos
a Transfiguração de Jesus.
Subimos ao monte para com Ele escutar o Pai.
Subimos ao monte para com Ele escutar o Pai.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.
Em silêncio e na solidão.
Inclinamos a cabeça. Fechamos os olhos.
Respiramos suavemente, e olhamos
através da imaginação,
para dentro do nosso coração.
Repetimos, respirando:
“Senhor Jesus, tem piedade de nós".
Agora, ouçamos o que ele, o Senhor nos diz
Neste tempo de repouso do nosso coração no de Jesus,
em silêncio,
ouvimos o que ele nos quer comunicar.
MÚSICA 1 - Põe teu coração no meu - Pe. Zezinho,scj
Peçamos
Senhor, ensina-nos
a não amar somente os que são nossos.
Ensina-nos a pensar nos outros e a
amar, em primeiro lugar,
aqueles a quem ninguém ama.
1.Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente, a narrativa da Transfiguração em Mt 17,1-9.
Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha. E foi transfigurado diante deles: seu rosto brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro, então, tomou a palavra e lhe disse: "Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem, uma voz dizia: "Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o!" Ouvindo isto, os discípulos caíram com o rosto em terra e ficaram muito assustados. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantai-vos, não tenhais medo". Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes: "Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos". que Elias já veio, e o maltrataram como quiseram, conforme as Escrituras dizem a respeito dele.
Refletindo
Observo neste trecho do Evangelho alguns símbolos:
. “Numa alta montanha” – a montanha indica o lugar de encontro com Deus
. “Roupas brancas como a luz”, (“luz”) ¬. Quanto mais luz coloco num ambiente escuro, mais claro ele se tornará. Quanto mais Palavra de Deus tiver em mim, mais a luz de Deus brilhará em minha vida.
. “Três tendas”- lugares de repouso e de oração.
. “Nuvem luminosa e sombra” simbolizam a presença de Deus.
Jesus se revela como verdadeiro Filho de Deus, Mestre a quem devemos escutar e seguir em seu caminho de cruz e ressurreição.
Neste texto relatado no Evangelho de Mateus, a passagem-chave é a exortação dirigida aos três discípulos: Pedro, Tiago e João. Uma expressão/exortação que do passado reverbera com força, atravessando tempo e espaço, e nos alcançando com igual intensidade: “Escutai-o”.
O texto diz que a fé começa pela "ESCUTA" de Jesus
A passagem ensina-nos que a
fé do discípulo começa pela
escuta
de Jesus, Palavra do Pai. E para escutá-lo é preciso "subir com Ele a
montanha",
com todo o simbolismo e compromisso bíblico, que esta expressão encerra.
Música 2 : Beleza Eterna - Pe. Zezinho, scj
2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Preciso me aproximar mais e escutar a Palavra, condição para aprender do Mestre e ser seu/sua discípulo/a.
Na Quaresma se faz necessário abrir os ouvidos para escutar com verdadeira atenção. Não se fazem discípulos que fecham os ouvidos às palavras de seu mestre. Todo discípulo é primeiramente, de fato e de verdade, um ouvinte. Todavia, é necessário também ouvir os outros. Não vivemos isolados em ilhas. Somos seres relacionais e, do ponto de vista cristão, vivemos em comunidades. Tudo leva a considerar o outro como alguém que possibilita o diálogo: falamos e ouvimos a fim de construir verdadeira humanidade. Temos grande facilidade de ouvir os meios de comunicação, discursos os mais diversos, até mesmo alguma música. Não temos, porém, a mesma facilidade para escutar alguém. Uma multidão de sons pode povoar nosso interior, desde que não sobre espaço aos sons de irmãos e de irmãs. Transformamo-nos em consumidores de ruídos e, negando os sons da fraternidade, esvaziamo-nos de nós mesmos. Escutar Jesus dentro de nossos próprios contextos é o maior dos nossos desafios. Acolher a palavra de Jesus requer tempo e qualidade de tempo. Caso contrário, corremos o risco de confundir os ruídos do cotidiano com a voz do nosso Mestre.
Na Quaresma se faz necessário abrir os ouvidos para escutar com verdadeira atenção. Não se fazem discípulos que fecham os ouvidos às palavras de seu mestre. Todo discípulo é primeiramente, de fato e de verdade, um ouvinte. Todavia, é necessário também ouvir os outros. Não vivemos isolados em ilhas. Somos seres relacionais e, do ponto de vista cristão, vivemos em comunidades. Tudo leva a considerar o outro como alguém que possibilita o diálogo: falamos e ouvimos a fim de construir verdadeira humanidade. Temos grande facilidade de ouvir os meios de comunicação, discursos os mais diversos, até mesmo alguma música. Não temos, porém, a mesma facilidade para escutar alguém. Uma multidão de sons pode povoar nosso interior, desde que não sobre espaço aos sons de irmãos e de irmãs. Transformamo-nos em consumidores de ruídos e, negando os sons da fraternidade, esvaziamo-nos de nós mesmos. Escutar Jesus dentro de nossos próprios contextos é o maior dos nossos desafios. Acolher a palavra de Jesus requer tempo e qualidade de tempo. Caso contrário, corremos o risco de confundir os ruídos do cotidiano com a voz do nosso Mestre.
Música3: Coração alienado _ Pe. Zezinho, scj
3. Oração (Vida)
Descer a montanha será, para os discípulos, muito mais difícil do que subir. Eles se acostumariam facilmente com a zona de conforto proporcionada pela experiência religiosa e da experiência ficariam reféns.
Transformariam a vida de Cristo numa experiência intimista e desconectada da realidade conflituosa. Entretanto, fazia-se necessário descer a montanha. É justamente em meio ao povo que se vive e se faz missão.
Por isso rezamos
Senhor Jesus, sabemos que a tua boa notícia não poderia ficar escondida. Descer a montanha traz o sentido de fazer o caminho para dentro da realidade. Toda tua mensagem nasce da realidade social, econômica e religiosa.
Tu jamais negaste a realidade, pois viveste para transformá-la. O cotidiano é o espaço privilegiado da tua atuação.
Tu podias, até mesmo, por breves momentos, subir montanhas. Tuas raízes e missão se encontravam, contudo, no meio do povo.
Pedro, como porta-voz de seus companheiros, é apresentado como carente de inteligência. Ele traz no coração o desejo de reter permanentemente a revelação da glória celeste.
Senhor, na perspectiva humana, esse é um desejo compreensível, mas se contrapõe ao chamado dos discípulos ao teu seguimento pelo caminho da cruz.
Teus discípulos experimentam uma antecipação da bem-aventurança celestial e por isso dizem: “É bom estarmos aqui” (v. 4). Pensavam segundo a perspectiva do triunfo. Imaginavam um Cristo vitorioso para vitoriosos.
A lógica da vitória impedia o apóstolo de se ver adequadamente e, por isso, sua proposta parecia querer desviar-te de seu trajeto de solidariedade com as vítimas da história.
Tu, porém, Senhor Jesus, constróis teu itinerário pessoal à luz da solidariedade com os pequeninos, mesmo que, para isso, a consequência seja te tornar vítima dos poderes, como tantos outros do Teu povo já haviam sido.
Contemplação
Nem sempre escutamos Jesus, como nos recomenda o Pai.
Por isso, quantas e quantas vezes nossas visões e interesses se distanciam do teu projeto. Como Pedro, diante da experiência fantástica, pensamos que o alto da montanha é o melhor lugar para permanecer.
Sentimos o desejo de fazer tendas, estabelecer-nos ali mesmo e vivenciar a vida cristã como se fosse um eterno retiro, longe do barulho das pessoas, das cidades e vilas. Um ambiente ideal para viver de contemplação.
Nós, porém, ouvimos tão somente a nossa própria voz. Temos um projeto pessoal que nos distancia muitíssimo do projeto de Jesus. Quando ouvimos a nossa própria voz, deixamos de ouvir a voz de Deus. Nesse sentido, os ruídos que nos atrapalham não são somente externos, mas também internos.
Levemos conosco a luz de Jesus transfigurado. Quanto mais luz levarmos em nossos olhos, em nossas mãos, em nossas palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivo.
Queremos viver, como Jesus, na realidade do dia a dia com a missão de transformá-la.
Bênção
Recebamos a bênção do cardeal Sérgio da Rocha pedindo a graça de saber "escutar" Jesus.
Bênção DO CARDEAL SÉRGIO DA ROCHA (com BG):
Bênção DO CARDEAL SÉRGIO DA ROCHA (com BG):
Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade. Dai-nos a graça de aprender convosco a ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo. Amém.