quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Mc 6,45-52 - Jesus não é um fantasma!

LEITURA ORANTE



- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.

- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente: Mc 6,45-52.
 Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles, andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido. 

Compreendendo o texto

Tantos aspectos podem ser considerados neste texto. Vamos nos deter na afirmação de Jesus: "Sou eu!" Quem ainda não teve fé suficiente, vê Jesus como um fantasma. Os discípulos não haviam entendido o milagre dos pães. O Evangelho diz que estavam espantados e o "coração deles estava endurecido". Como aos discípulos, diariamente, Jesus Cristo faz acontecer uma infinidade de milagres ao nosso redor, mas nosso coração "endurecido" não deixa reconhecer a ação de Deus. O que nos deixa o coração "endurecido"? Um turbilhão de apelos e vozes no dia-a-dia, o consumismo, a perda dos valores, e, sobretudo a perda da fé, da esperança e do amor aos demais.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?
Entramos em diálogo com o texto. Refletimos e atualizamos.
 O que o texto nos diz no momento?

Os bispos, em Aparecida, disseram: "Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diferentes: homens e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores... convidando-os a segui-los. Hoje, continua convidando a encontrar n'Ele o amor do Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores." (DAp 147).

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos: Senhor, converte meu coração - Pe. Zezinho

 4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de fé, para encontrar Jesus que vem a nosso encontro. Vamos tornar visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Mc 6,34-44 - O banquete da vida partilhada

LEITURA ORANTE 

foto: freepik

A todos e todas, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos  atentamente  Mc 6,34-44 - Banquete da vida

34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde – formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.

Compreendendo o texto
O grande ensinamento de Jesus neste fato, é que não é preciso muito dinheiro, nem as duzentas moedas de prata para “comprar pão” para o povo que  acompanhava Jesus. Era preciso: repartir o que se tinha, organizar o povo “em grupos de cem e de cinquenta”, entregar a Deus o que se tem – “Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes” -, confiar em Deus, acima de tudo – “olhou para o céu” -, agradeceu – “deu graças a Deus”; distribuir às pessoas. Este é o novo Reino, a nova sociedade instituída por Jesus, onde o comércio é substituído pelo dom e pelo serviço aos demais. Nesta sociedade todos são satisfeitos e ainda há sobra: “recolheram doze cestos cheios de pães e peixes".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Entramos em diálogo com o texto. Refletimos e atualizamos. O que o texto nos diz no momento?
Este texto nos faz pensar em nossa sociedade onde muitos passam fome e outros têm em abundância e há tanto desperdício. O necessário não é multiplicar, mas partilhar, dividir. Não acumular, mas se solidarizar.

Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram os pobres que passam fome e outros tipos de pobreza: “Milhões de pessoas e famílias vivem na miséria e, inclusive, passam fome. Preocupam-nos também os dependentes das drogas, as pessoas com limitações físicas, os portadores e vítimas de enfermidades graves como a malária, a tuberculose e HIV – AIDS, que sofrem a solidão e se veem excluídos da convivência familiar e social. Não nos esqueçamos também dos sequestrados e aqueles que são vítimas da violência, do terrorismo, de conflitos armados e da insegurança na cidade. Também os anciãos que, além de se sentirem excluídos do sistema produtivo, veem-se muitas vezes recusados por sua família como pessoas incômodas e inúteis. Sentimos as dores, enfim, da situação desumana em que vive a grande maioria dos presos, que também necessitam de nossa presença solidária e de nossa ajuda fraterna. Uma globalização sem solidariedade afeta negativamente os setores mais pobres. Já não se trata simplesmente do fenômeno da exploração e opressão, mas de algo novo: da exclusão social. Com ela o pertencimento à sociedade na qual se vive fica afetado, pois já não se está abaixo, na periferia ou sem poder, mas se está de fora. Os excluídos não são somente “explorados”, mas, considerados “supérfluos” e “descartáveis”. (DAp 65).
Como nos solidarizamos com os pobres?

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos o Pai Nosso.
E cantamos:

Letra e Música: Roberto Malvezzi
Intérprete: Cardoso

Bastariam dois pães e dois peixes e o milagre do amor.
Pra acabar com tanta fome e acabar com tanta dor. (bis)

Jesus, vendo a multidão, sabendo que tinham fome.
Pediu a quem tivesse alguma coisa pra aqueles homens.
E repartiu o peixe e o pão. Criou, assim, a comunhão.

Maria, em seu fogão, cozeu um pouco de pão.
Depois repartiu aos filhos como se fosse o seu coração.
Refez o gesto de Nosso Senhor. Refez o gesto de seu amor.

O Cristo agora vem, e dá-se entre os irmãos.
Sacia a cada um com o pão da vida e a vida do pão.
Essa é a lei de Nosso Senhor: Não há medidas para o amor!

Bastariam dois pães e dois peixes e o milagre do amor.
Pra acabar com tanta fome e acabar com tanta dor. (bis)

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vamos viver a solidariedade com os que sofrem.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
   Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp



segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

HINO DO JUBILEU 2025




 Peregrinos de Esperança


Texto de Pierangelo Sequeri

Texto versão portuguesa: Antônio Cartageno


 Chama viva da minha esperança,

este canto suba para Ti!

Seio eterno de infinita vida,

no caminho eu confio em Ti!


 Toda a língua, povo e nação

tua luz encontra na Palavra.

Os teus filhos, frágeis e dispersos

se reúnem no teu Filho amado.


Chama viva da minha esperança,

este canto suba para Ti!

Seio eterno de infinita vida,

no caminho eu confio em Ti!


Deus nos olha, terno e paciente:

nasce a aurora de um futuro novo.

Novos Céus, Terra feita nova:

passa os muros, ‘Spirito de vida.


Chama viva da minha esperança,

este canto suba para Ti!

Seio eterno de infinita vida,

no caminho eu confio em Ti!


Ergue os olhos, move-te com o vento,

não te atrases: chega Deus, no tempo.

Jesus Cristo por ti se fez Homem:

aos milhares seguem o Caminho.


Chama viva da minha esperança,

este canto suba para Ti!

Seio eterno de infinita vida,

no caminho eu confio em Ti!

.................................................................

Durante o caminho, muitas vezes surge nos lábios o canto, quase como se fosse um companheiro de confiança para exprimir as motivações do viajante. Isto vale também para a vida de fé que é peregrinação à luz do Senhor Ressuscitado. As Sagradas Escrituras estão impregnadas de canto e os Salmos são um exemplo marcante disso: as orações do povo de Israel foram escritas para serem cantadas e, no canto, apresentar diante do Senhor os acontecimentos mais humanos. A tradição da Igreja não faz senão prolongar esta união, fazendo do canto e da música um dos pulmões da própria liturgia. O Jubileu, que por si só se exprime como evento de um povo em peregrinação à Porta Santa, encontra também no canto um dos modos para dar voz ao seu lema, "Peregrinos de esperança".

O texto elaborado por Pierangelo Sequeri e oferecido à criatividade musical de quem deseja participar no Concurso Internacional para o Hino do Jubileu 2025 intercepta os numerosos temas do Ano Santo. Em primeiro lugar, o lema "Peregrinos de esperança" encontra o seu melhor eco bíblico em algumas páginas do profeta Isaías (Isaías 9 e Isaías 60). Os temas da criação, da fraternidade, da ternura de Deus e da esperança no futuro ressoam numa linguagem que não é "tecnicamente" teológica, embora o seja na substância e nas alusões, de modo a fazê-la soar eloquentemente aos ouvidos do nosso tempo.

Passo a passo, o povo de crentes, na peregrinação de cada dia, apoia-se com confiança na fonte da Vida. O canto que surge espontaneamente durante o caminho (cf. Agostinho, Discursos, 256) dirige-se a Deus. É um canto carregado de esperança de se ser libertado e amparado. É um canto acompanhado pelo desejo de que este chegue aos ouvidos d'Aquele que o faz brotar. É Deus que, como uma chama sempre viva, mantém acesa a esperança e dá energia ao passo do povo que caminha.

O profeta Isaías vê repetidamente a família de homens e mulheres, filhos e filhas, regressando da sua dispersão, reunidos à luz da Palavra de Deus: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1). A luz é a do Filho que se fez Homem, Jesus, que com a sua própria Palavra reúne todos os povos e nações. É a chama viva de Jesus que move o passo: «Levanta-te, veste-te de luz, porque vem a tua luz, a glória do Senhor brilha sobre ti» (Isaías 60,1).

A esperança cristã é dinâmica e ilumina a peregrinação da vida, mostrando o rosto dos irmãos e irmãs, companheiros no caminho. Não é uma peregrinação de lobos solitários, mas um caminho de povo, confiante e feliz, que se move em direção a um Novo destino. O sopro do Espírito de vida não deixa de iluminar a aurora do futuro que se está prestes a despontar. O Pai celeste observa com paciência e ternura a peregrinação dos seus filhos e abre-lhes o Caminho, indicando Jesus, o seu Filho, que se torna espaço de caminho para todos.

Mt 4,12-17.23-25 – “Arrependam-se... O Reino do Céu está perto”

LEITURA ORANTE


- A nós, 
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Mt 4,12-17;23-25
Jesus começa a sua missão na Galileia

Quando Jesus soube que João tinha sido preso, foi para a região da Galileia. 
Não ficou em Nazaré, mas foi morar na cidade de Cafarnaum, 
na beira do lago da Galileia, nas regiões de Zebulom e Naftali. 
Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:
"Terra de Zebulom e terra de Naftali,
na direção do mar,
do outro lado do rio Jordão,
Galileia, onde moram os pagãos!
O povo que vive na escuridão
verá uma forte luz!
E a luz brilhará sobre os que vivem
na região escura da morte!"
Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia:
- Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!
Jesus andou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as doenças graves do povo. As notícias a respeito dele se espalharam por toda a região da Síria. Por isso o povo levava a Jesus pessoas que sofriam de várias doenças e de todos os tipos de males, isto é, epiléticos, paralíticos e pessoas dominadas por demônios; e ele curava todos. Grandes multidões o seguiam; eram gente da Galileia, das Dez Cidades, de Jerusalém, da Judeia e das regiões que ficam no lado leste do rio Jordão.


Refletindo
Jesus inicia sua atividade na Galileia, longe dos grandes centros políticos, econômicos e religiosos. O anúncio da salvação começa numa região da qual pouco se espera. A mensagem de Jesus tem a firmeza e a exigência de João Batista. Usa o imperativo: “arrependam-se”. E fala de esperança: “o Reino do Céu está perto”. Muita gente o procurava e o seguia.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?
Entramos em diálogo com o texto. Refletimos e atualizamos. 
Meditando
A Conferência de Aparecida nos recorda: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação.” (DAp 351).

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste 
em conhecer a ti e ao Pai. 
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo! 
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, 
porque és o único caminho para o Pai. 
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos,
como o apóstolo Paulo 
testemunhas vivas do teu Evangelho. 
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, 
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração. 
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.


4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual nosso
 novo olhar a partir da Palavra? 
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vamos eliminar do nosso modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o seu Projeto. 
Vamos demonstrar pela vida que vivemos a conversão pedida por Jesus.

“Sede praticantes da Palavra, e não, mero ouvintes.
 O sol, quando desponta de manhã, 
te encontre com a Bíblia aberta sobre os joelhos.
 E quando se puser, 
a tua face cansada repouse sobre 
uma página santa da Escritura” (São Jerônimo)

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp


sábado, 4 de janeiro de 2025

Mt 2,1-12 - Uma estrela conduz a Jesus - Domingo da Solenidade da Epifania do Senhor - 5 de janeiro


LEITURA ORANTE

7 de janeiro
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:

"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede das mídias sociais),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.

Ouvir a música: Ouro, incenso e mirra
Ouro, Incenso e Mirra
Padre Zezinho

São três reis que chegam lá do oriente
Para ver um rei que acaba de nascer
Dizem que um é branco, o outro, cor de jambo
O outro rei é negro e que vieram ver

O novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

Dizem que uma estrela muito diferente
Lá do oriente se podia ver
Falam de um cometa, ninguém sabe ao certo
Mas pelo deserto eles vieram ver

Ao novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

E trazem ouro, incenso e mirra
Pra festejar o novo rei
Que tem poder e majestade
Que vem do céu, que é de Deus
Que vai sofrer, que vai morrer
E que nos libertará

São milhões de vidas que no ocidente
Que no oriente sofrem de opressão
Têm todas as cores, todos os temores
Todos os rancores desta humilhação

Esperam libertação
E olham todos pro céu

Dizem que um futuro muito diferente
Essa pobre gente ainda conhecerá
Dizem que é seguro, que o futuro é certo
Que anda muito perto, que começa já!

Olham pro rei que nasceu
Igual estrela no céu

São três reis que chegam lá do oriente
Para ver um rei que acaba de nascer
Dizem que um é branco, o outro, cor de jambo
O outro rei é negro e que vieram ver

O novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

Dizem que uma estrela muito  diferente
Lá do oriente se podia ver
Falam de um cometa, ninguém sabe ao certo
Mas pelo deserto eles vieram ver

Ao novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

E trazem ouro, incenso e mirra
Pra festejar o novo rei
Que tem poder e majestade
Que vem do céu, que é de Deus
Que vai sofrer, que vai morrer
E que nos libertará

São milhões de vidas que no ocidente
Que no oriente sofrem de opressão
Têm todas as cores, todos os temores
Todos os rancores desta humilhação

Esperam libertação
E olham todos pro céu

Dizem que um futuro muito diferente
Essa pobre gente ainda conhecerá
Dizem que é seguro, que o futuro é certo
Que anda muito perto, que começa já!

Olham pro rei que nasceu
Igual estrela no céu



 


Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente,  o texto: Mt 2,1-12

1
Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia,
no tempo do rei Herodes,
eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
2
perguntando:
"Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo".
3
Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado,
assim como toda a cidade de Jerusalém.
4
Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei,
perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer.
5
Eles responderam: "Em Belém, na Judeia,
pois assim foi escrito pelo profeta:
6
E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum
és a menor entre as principais cidades de Judá,
porque de ti sairá um chefe
que vai ser o pastor de Israel, o meu povo".
7
Então Herodes chamou em segredo os magos
e procurou saber deles cuidadosamente
quando a estrela tinha aparecido.
8
Depois os enviou a Belém, dizendo: 
"Ide e procurai obter informações exatas 
sobre o menino.
E, quando o encontrardes, avisai-me,
para que também eu vá adorá-lo".
9
Depois que ouviram o rei, eles partiram.
E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, 
até parar sobre o lugar onde estava o menino.
10
Ao verem de novo a estrela,
os magos sentiram uma alegria muito grande.
11
Quando entraram na casa,
viram o menino com Maria, sua mãe.
Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram.
Depois abriram seus cofres
e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
12
Avisados em sonho para não voltarem a Herodes,
retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
Palavra da Salvação.

Refletindo
Celebramos hoje a Epifania ou Manifestação do Senhor a todos os povos.
São Mateus é o único dos evangelistas que faz a narrativa da visita dos “magos”. Ele diz "alguns" magos. Não se diz três. Não são também reis, como alguns dizem. Magos (do grego) significa grande, ilustre. Esta solenidade nos comunica que a salvação é para todos. Os magos vinham do Oriente à procura do Rei dos Judeus, indicado pela estrela. A estrela os conduz e eles encontram o menino com Maria, sua Mãe. Diz o texto que eles ficaram muito alegres! Oferecem de presente ao menino ouro, incenso e mirra. O ouro simboliza a realeza de Jesus, o incenso, a sua divindade, e a mirra, a sua humanidade.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
O texto nos convida a respeitar culturas e raças diferentes, nos ensina a procurar a Deus de coração sincero. Ensina-nos ainda a não nos deixar confundir por outros reinos. Importante perceber os sinais que nos conduzem a Deus. Quais são as nossas estrelas?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos o Salmo 71

Os confins da terra contemplaram a salvação do nosso Deus

- Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações. 
- Porque ele livrará o infeliz que o invoca, e o miserável que não tem amparo. 
- Ele se apiedará do pobre e do indigente, 
- Haverá na terra fartura de trigo, suas espigas ondularão no cume das colinas como as ramagens do Líbano; e o povo das cidades florescerá como as ervas dos campos. 
- Seu nome será eternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. 
- Nele serão abençoadas todas as tribos da terra, bem-aventurado o proclamarão todas as nações.

Pode-se fazer a 

Bênção da Casa 

Um costume antigo, na Solenidade da Epifania,  nas famílias, era benzer a casa com uma breve celebração. Pode ser feita nas comunidades e casas.

Providenciar: cópias do texto, velas para as pessoas, uma estrela e água benta.

 

Inicia-se com o Canto:

Cristãos, vinde todos, com alegres cantos.

Ó vinde, Ó vinde até Belém.

Vede nascido, vosso rei eterno.

 

R.: Ó vinde adoremos, Ó vinde adoremos!

Ó vinde adoremos o Salvador!

 

Humildes pastores deixam seu rebanho

e alegres acorrem ao Rei do Céu.

Nós, igualmente, cheios de alegria.

 

O Deus invisível de eterna grandeza,

sob véus de humildade, podemos ver.

Deus pequenino, Deus envolto em faixas!

 

Nasceu em pobreza, repousando em palhas.

O nosso afeto lhe vamos dar. Tanto amou-nos!

Quem não há de amá-lo?

 

Recita-se, em seguida, o Salmo 71.

os versículos são rezados espontaneamente e todos respondem com o refrão.

 

Salmo 71

R.: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

 

1 - Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,/ vossa justiça ao descendente da realeza!/ Com justiça ele governe o vosso povo,/ com equidade ele julgue os vossos pobres.

 

2. Nos seus dias a justiça florirá/ e grande paz, até que a lua perca o brilho!/ De mar a mar estenderá o seu domínio,/ e desde o rio até os confins de toda a terra!

 

3.  Povos toda a terra hão de adorá-lo,/ e todas as nações hão de servi-lo.

4. Libertará o indigente que suplica,/ e o pobre ao qual ninguém quer ajudar./ Terá pena do indigente e do infeliz,/ e a vida dos humildes salvará.

 

Em seguida, todos acendem as velas que trazem nas mãos, e cantam:

 

Canto: Ó luz do Senhor que vem sobre a terra

Inunda meu ser permanece em nós

 

Animador: Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra reconhecendo naquele Menino, o verdadeiro Homem, aleluia!

 

(Pode-se contar a história da Estrela Verde, estrela da esperança que permaneceu na terra.  No final, a história)

 

Leitor/a:

A minha alma engrandece ao Senhor *

e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,

pois ele viu a pequenez de sua serva, *

desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

O Poderoso fez por mim maravilhas *

e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, *

chega a todos que o respeitam.

Demonstrou o poder de seu braço, *

dispersou os orgulhosos. 

Derrubou os poderosos de seus tronos *

e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos, *

e despediu, sem nada, os ricos. 

Acolheu Israel, seu servidor, *

fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, *

em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

 

Animador: Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra reconhecendo naquele Menino, o verdadeiro Homem, aleluia!

 

Bênção da Casa

O pai ou o animador, voltando para a porta da casa, 

dependura nela uma estrela e recita a bênção.

 

A.: Oremos 

-  Senhor Deus do Céu e da Terra, que revelastes o vosso Filho Unigênito a todas as nações com o sinal de uma estrela, abençoai esta Casa e todos os que nela habitam. Enchei-os com a luz de Cristo, e que o nosso amor pelos outros reflita o vosso amor. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor.

 

Todos:  Amém.

 

Depois, o animador, asperge água benta na porta e nas pessoas presentes. E recita a oração:

 

A.: O nosso auxílio está no nome do Senhor.

T.: Que fez o céu e a terra.

A.: O Senhor esteja conosco.

T.: Ele está no meio de nós

A.: Oremos. Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos filhos e filhas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

T.:  Amém.

Canto:

Abençoa, Senhor as famílias, amém.

Abençoa Senhor, a minha também (bis)

 

 
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso  novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
Qual estrela será nossa guia? (pausa e partilha)
Vamos nos deixar guiar pela estrela da fé que aponta para Jesus.
Augúrios do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

r. Patrícia Silva, fsp

A estrela verde

                                                                                                                                                                                    Era uma vez... Milhões e milhões de estrelas no céu. Havia estrelas de todas as cores: brancas, lilases, prateadas, douradas, vermelhas, azuis.

Um dia, elas procuraram o Senhor Deus, Todo Poderoso, o Senhor Deus do Universo e disseram-lhe:

- "Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra, entre os homens".

- "Assim será feito", respondeu Deus. "Conservarei todas vocês pequeninas, como são vistas, e podem descer à Terra".

Conta-se que naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os vagalumes, no campo, outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.

- "Por que voltaram?" perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao Céu.

- "Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria, muita desgraça, muita fome, muita violência, muita guerra, muita maldade e muita doença".

E o Senhor lhes disse:

- "Claro, o lugar real de vocês é aqui no Céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que se passa, do ruim, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, é onde nada é perfeito. Aqui no Céu, é o lugar da perfeição. O lugar onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada padece".

Depois de chegarem todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:

- "Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?"

Um anjo, que estava perto retrucou:

- "Não, Senhor. Uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem."

- "Mas que estrela é essa?" Voltou Deus a perguntar.

- "Por coincidência, Senhor, era a única estrela dessa cor".

- "E qual é a cor dessa estrela?" Insistiu Deus.

E o anjo disse:

- "A estrela é verde, Senhor. A estrela verde do sentimento de esperança".

E quando então olharam para a Terra, a estrela não estava só.

A Terra estava novamente iluminada, porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa. Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a esperança. Deus já conhece o futuro, e a esperança é própria da natureza humana. Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não sabe como será seu futuro. Sabemos que no próximo ano (2025) seremos todos Peregrinos da Esperança.