Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente digital. Rezamos, em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Vinde Espírito Santo,
enchei os corações de vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor.
Ave Maria...
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
Vamos "conhecer"
O que diz o texto do dia? Leiamos o texto: Lc 17,5-10
O que diz o texto do dia? Leiamos o texto: Lc 17,5-10
Naquele tempo, 5 os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6 O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. 7Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’? 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso, tu poderás comer e beber’? 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.
Revendo o texto
Os discípulos pedem a Jesus: "Aumente a nossa fé". O exemplo da mostarda faz entender que não se trata de aumentar quantitativamente a capacidade de crer. Trata-se de qualidade. Jesus, com o exemplo do grão de mostarda, demonstra que basta pouco para fazer coisas consideradas impossíveis. A imagem da figueira brava que pode ser arrancada "pelas raízes" e jogada no mar, revela o que pode realizar a confiança total em Deus. Já a parábola do servo desmonta toda pretensão humana que busca usar ou instrumentalizar Deus através de relacionamento em favor dos próprios "direitos" ou interesses. É uma crítica a uma religião mercantilista, que procura negociar com Deus em favor da teologia da prosperidade e, mais recentemente, a teologia do domínio. Na verdade, "somos empregados que não valem nada". Fizemos apenas o "nosso dever".
2. Meditação (Caminho)
Os discípulos pedem a Jesus: "Aumente a nossa fé". O exemplo da mostarda faz entender que não se trata de aumentar quantitativamente a capacidade de crer. Trata-se de qualidade. Jesus, com o exemplo do grão de mostarda, demonstra que basta pouco para fazer coisas consideradas impossíveis. A imagem da figueira brava que pode ser arrancada "pelas raízes" e jogada no mar, revela o que pode realizar a confiança total em Deus. Já a parábola do servo desmonta toda pretensão humana que busca usar ou instrumentalizar Deus através de relacionamento em favor dos próprios "direitos" ou interesses. É uma crítica a uma religião mercantilista, que procura negociar com Deus em favor da teologia da prosperidade e, mais recentemente, a teologia do domínio. Na verdade, "somos empregados que não valem nada". Fizemos apenas o "nosso dever".
2. Meditação (Caminho)
Amar e imitar Jesus
O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?
O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?
Pensando na forte expressão “somos servos inúteis” ou na tradução que lemos “ empregado que não vale nada”, recordamos as palavras sábias e experientes do bem-aventurado Tiago Alberione, ao reler a história de Deus na sua vida. Disse ele: “Sou como um “semi-cego” (AD 202), iluminado e guiado passo a passo; uma vez mais o instrumento inadequado” (cf. AD 209). Ou noutra tradução: "somos servos quaisquer". E ainda, dizia de si, Alberione:
"Se o Senhor tivesse encontrado uma pessoa mais indigna e incapaz, a teria preferido. Isso, contudo, é para mim e para todos a garantia que o Senhor quis e ele mandou fazer; assim como o artista toma um pincel qualquer, de poucos centavos e ignorante acerca da obra a executar, ainda que fosse um belo Divino Mestre Jesus Cristo. (AD 350)
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para “que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar” (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de “ser d’Ele” e fazer parte “dos seus” e participar de sua missão. (DAp,131).
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para “que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar” (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de “ser d’Ele” e fazer parte “dos seus” e participar de sua missão. (DAp,131).
E nós nos interrogamos: Como é nosso discipulado? Temos consciência de que somos pessoas escolhidas por Deus para seu serviço? Servimos a Deus e não a nós mesmos?
E a nossa fé, transporta montanhas? O papa Francisco na Carta Encíclica Laudato sì diz:
"A fé permite-nos interpretar o significado e a beleza misteriosa do que acontece. A liberdade humana pode prestar a sua contribuição inteligente para uma evolução positiva, como pode também acrescentar novos males, novas causas de sofrimento e verdadeiros atrasos. Isto dá lugar à apaixonante e dramática história humana, capaz de transformar-se num desabrochamento de libertação, engrandecimento, salvação e amor, ou, pelo contrário, num percurso de declínio e mútua destruição. Por isso a Igreja, com a sua ação, procura não só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e «sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo».
Apesar disso, Deus, que deseja atuar conosco e contar com a nossa cooperação, é capaz também de tirar algo de bom dos males que praticamos, porque «o Espírito Santo possui uma inventiva infinita, própria da mente divina, que sabe prover a desfazer os nós das vicissitudes humanas mais complexas e impenetráveis».[48] De certa maneira, quis limitar-se a Si mesmo, criando um mundo necessitado de desenvolvimento, onde muitas coisas que consideramos males, perigos ou fontes de sofrimento, na realidade fazem parte das dores de parto que nos estimulam a colaborar com o Criador. Ele está presente no mais íntimo de cada coisa sem condicionar a autonomia da sua criatura, e isto dá lugar também à legítima autonomia das realidades terrenas. Esta presença divina, que garante a permanência e o desenvolvimento de cada ser, «é a continuação da ação criadora». O Espírito de Deus encheu o universo de potencialidades que permitem que, do próprio seio das coisas, possa brotar sempre algo de novo: «A natureza nada mais é do que a razão de certa arte – concretamente a arte divina – inscrita nas coisas, pela qual as próprias coisas se movem para um fim determinado.
Como se o mestre construtor de navios pudesse conceder à madeira a possibilidade de se mover a si mesma para tomar a forma da nave». (LS 79-80).
E a nossa fé, transporta montanhas? O papa Francisco na Carta Encíclica Laudato sì diz:
"A fé permite-nos interpretar o significado e a beleza misteriosa do que acontece. A liberdade humana pode prestar a sua contribuição inteligente para uma evolução positiva, como pode também acrescentar novos males, novas causas de sofrimento e verdadeiros atrasos. Isto dá lugar à apaixonante e dramática história humana, capaz de transformar-se num desabrochamento de libertação, engrandecimento, salvação e amor, ou, pelo contrário, num percurso de declínio e mútua destruição. Por isso a Igreja, com a sua ação, procura não só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e «sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo».
Apesar disso, Deus, que deseja atuar conosco e contar com a nossa cooperação, é capaz também de tirar algo de bom dos males que praticamos, porque «o Espírito Santo possui uma inventiva infinita, própria da mente divina, que sabe prover a desfazer os nós das vicissitudes humanas mais complexas e impenetráveis».[48] De certa maneira, quis limitar-se a Si mesmo, criando um mundo necessitado de desenvolvimento, onde muitas coisas que consideramos males, perigos ou fontes de sofrimento, na realidade fazem parte das dores de parto que nos estimulam a colaborar com o Criador. Ele está presente no mais íntimo de cada coisa sem condicionar a autonomia da sua criatura, e isto dá lugar também à legítima autonomia das realidades terrenas. Esta presença divina, que garante a permanência e o desenvolvimento de cada ser, «é a continuação da ação criadora». O Espírito de Deus encheu o universo de potencialidades que permitem que, do próprio seio das coisas, possa brotar sempre algo de novo: «A natureza nada mais é do que a razão de certa arte – concretamente a arte divina – inscrita nas coisas, pela qual as próprias coisas se movem para um fim determinado.
Como se o mestre construtor de navios pudesse conceder à madeira a possibilidade de se mover a si mesma para tomar a forma da nave». (LS 79-80).
3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Salmo 94(95)
Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus!
Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! / Ao seu encontro, caminhemos com louvores / e, com cantos de alegria, o celebremos! – R.
Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! / Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, / as ovelhas que conduz com sua mão. – R.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / “Não fecheis os corações como em Meriba, / como em Massa, no deserto, aquele dia, † em que outrora vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras”. – R.
Para ouvir: Usa-me - Cantores de Deus
Atravessar fronteiras,
poder romper barreiras
Sem me importar com frio e fome
Para ser sua voz:
Essa é minha missão!
Pregar a paz aos povos,
prestar socorro aos corações
Pela palavra ou em forma de canção
Apesar das lutas que enfrentarei
Eis-me aqui!
Envia-me!
Usa-me!
conduz as minhas mãos.
Usa-me!
e guia os meus pés!
E coloca em meus lábios a tua verdade
Usa-me!
Conduz as minhas mãos.
Usa-me!
E guia os meus pés
Pra levar a esperança além de onde a voz alcança,
Envia-me!
Envia-me!
4.Contemplação (Vida e Missão)
Com Jesus, transformar a história.
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Mestre, acolhido no nosso coração e no coração das demais pessoas. Temos nas mãos, nos pés e no coração a força que pode transformar realidades. Sejamos coerentes.
Bênção
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp