sábado, 18 de janeiro de 2025

Jo 2,1-11 - No primeiro milagre de Jesus a Mãe estava lá - 2º Domingo do Tempo Comum - dia 19/01

LEITURA ORANTE



Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que fazem a Leitura Orante. Rezamos, em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leiamos:
 
Jo 2,1-11- O casamento em Caná.

   Naquele tempo, 1 houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas, cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9    O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10   O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. 

Compreendendo o texto
Jesus, sua mãe e seus discípulos participam de uma festa de casamento no povoado de Caná, na Galileia. O casamento reúne muitas pessoas.
É neste ambiente que Jesus faz o seu primeiro milagre. Por este sinal, diz o Evangelho, os discípulos creem nele.
No Antigo Testamento, o matrimônio era símbolo do amor de Deus pela comunidade; era símbolo da união do Messias com a Igreja, como diz São Paulo: “Cristo amou a Igreja e deu a vida por ela” (Ef 5,25). O vinho é dom do amor e símbolo do Espírito. Acabar o vinho era um mal sinal. À preocupação de Maria – “O vinho acabou” -, Jesus dá uma resposta que parece uma repreensão – “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer”. Porém, passa a ideia de que não é preciso que Maria diga o que ele deve fazer. Maria acredita nele, por isso, diz aos empregados: “Façam o que ele mandar”. E assim foi feito. Os empregados, seguindo o conselho de Maria, obedecem a Jesus. Enchem os seis potes de pedra de água. Ao levar ao dirigente da festa um pouco da água destes potes, ela havia se transformado em vinho. Esta mudança da água em vinho simboliza a passagem da velha à nova economia. O vinho novo é melhor. Esta é missão de Maria: dar Jesus à humanidade e levá-la até Jesus.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para nós, hoje? Qual palavra mais nos toca o coração?

A cena de Caná ilustra ainda hoje o papel de Maria na Igreja: dar Jesus ao mundo e apresentar o mundo a Jesus. Hoje também, Maria nos diz como disse aos servos: “Façam o que ele mandar”. Quem vai a Jesus por indicação de Maria não fica decepcionado.
Meditando
Em Aparecida, os bispos afirmaram: 
Com os olhos postos em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galileia, Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos de seu Filho. Indica, além do mais, qual é a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado. Em nossas comunidades, sua forte presença tem enriquecido e seguirá enriquecendo a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, que a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que prepara para a missão” (DAp 272). 

Maria nos ensina a viver a sinodalidade.
É assim que assumo a Palavra de Deus? Também eu me distingo pelo “estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, em comunhão, especialmente se é pobre ou necessitado”?

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
“Louvamos ao Senhor Jesus
pelo presente de sua Mãe Santíssima, 
Mãe de Deus e Mãe da Igreja
 na América Latina e do Caribe, 
estrela da evangelização renovada, 
primeira discípula e grande missionária 
de nossos povos.” (DAp 25).
Maria, nossa querida Mãe,
 tu soubeste dizer, 
e mais que dizer, fazer.
Ajuda-nos Mãe, e ensina-nos  
a fazermos tudo o que Ele nos disser.


4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é como o de Maria voltado para as necessidades de meus irmãos e fixos em Jesus que é capaz de salvar a comunidade, a família, a Igreja de qualquer constrangimento, carência ou necessidade.

Bênção Bíblica
O Senhor nos abençoe e nos guarde! Amém.
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós! Amém.
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!’ (Nm 6,24-27). Amém.
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.





Ir. Patricia Silva, fsp



Mc 2,13-17 - Levi foi com Jesus

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra
 com todas as pessoas que se encontram 
neste espaço. 
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o Evangelho de Mc 2,13-17.

Naquele tempo, 
13Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Jesus os ensinava. 
14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu. 
15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 
16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?” 
17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

Compreendendo o texto
Jesus não só perdoa os pecados, mas transforma o pecador. Levi, de explorador, transformou-se em discípulo e apóstolo. Sendo chamado, Levi prontamente se levanta e “foi com ele”. Poderia não ter respondido e ficado como cobrador de impostos. O chamado que Jesus faz a Levi o transfere da escravidão do dinheiro à liberdade do seguimento. Os fariseus se incomodam porque Jesus vai com seus discípulos jantar na casa de Levi. À pergunta dos fariseus, Jesus responde dizendo que são os doentes que precisam de médico, não os que têm saúde. Por isso ele vai ao encontro dos pecadores. Bem diferente daqueles que censuravam e condenavam os pecadores. Levi passa a integrar a equipe dos apóstolos de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?

Meditamos com a Igreja
Os bispos em Aparecida, falaram também dos convocados: A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão.” (DAp 156).

E o Papa Francisco medita conosco:
Neste texto, ele fala do encontro, da festa e do escândalo.

Antes de tudo o «encontro»: «Jesus tinha acabado de curar um paralítico e quando estava para ir embora — talvez para sair, estavam à porta os cobradores de impostos — encontrou este homem chamado Levi ou Mateus». E o Evangelho diz, precisamente, que Jesus «viu um homem chamado Mateus — e onde estava aquele homem? — sentado no banco dos impostos». Afinal Mateus «era um dos que faziam pagar os impostos ao povo de Israel, para os dar aos romanos: um traidor da pátria». A tal ponto que estes homens, acrescentou o Papa, «eram desprezados».

E Mateus, «sente que Jesus olha para ele» e segundo o Evangelho lhe diz: “segue-me”. E ele levantou-se e o seguiu». Mas «o que aconteceu?» O que convenceu Mateus a seguir o Senhor? «Trata-se da força do olhar de Jesus»  que «certamente olhou para ele com muito amor, muita misericórdia: aquele olhar de Jesus misericordioso» significava: «Segue-me, vem». E Mateus, por sua vez, tinha «um olhar desanimado, olhando de esguelha, com um olho em Deus e o outro no dinheiro, apegado ao dinheiro tal como Caravaggio o pintou: precisamente assim, agarrado e olhando de esguelha e também com um semblante carrancudo, mal-humorado».

Ao contrário, o olhar de Jesus, é «amoroso, misericordioso». Face a este olhar eis que «a resistência daquele homem que queria dinheiro — era totalmente escravo do dinheiro — cedeu». Com efeito, o Evangelho diz-nos que Mateus «se levantou e o seguiu».

Na perspectiva desta «luta entre a misericórdia e o pecado»,  é importante questionar-se: «Como entrou o amor de Jesus no coração daquele homem? Por que porta pôde entrar?». O fato é que, explica Francisco, «aquele homem sabia que era pecador: sabia que não era amado por ninguém, e até era desprezado». Precisamente «aquela consciência de ser pecador abriu a porta à misericórdia de Jesus: deixou tudo e foi embora». Eis «o encontro entre o pecador e Jesus: Todos os pecadores que encontraram Jesus tiveram a coragem de o seguir, mas se não se sentissem pecadores não o podiam seguir». Por este motivo, disse o Papa, «a primeira condição para ser salvo é sentir-se em perigo; a primeira condição para ser curado é sentir-se doente». Então, «sentir-se pecador é a primeira condição para receber este olhar de misericórdia». E mais,  «pensemos no olhar de Jesus: tão belo, tão bom, tão misericordioso, e também nós, quando rezamos, sintamos este olhar sobre nós: é o olhar do amor, o olhar da misericórdia, o olhar que nos salva» e nos sugere para «não ter medo».

Mateus «sentiu-se muito feliz e certamente, mesmo se não está no texto, convidou Jesus para almoçar em sua casa, como fizera também Zaqueu». É precisamente o momento da «festa». «Festejaram». E ele chamou os amigos que eram assim: pecadores, publicanos e certamente fizeram perguntas ao Senhor e Ele respondeu sentado à mesa naquela casa». E «isto faz-nos pensar ao que Jesus diz no capítulo 15 de Lucas: haverá mais festa no céu por um só pecador que se converte do que por cem justos que permanecem justos». Esta é, precisamente, «a festa do encontro do Pai, a festa da misericórdia; e Jesus derrama misericórdia sobre todos».

Mas enquanto o Senhor «estava sentado à mesa», eis que «se apresenta o escândalo». O Evangelho narra que «chegaram muitos publicanos e pecadores e se puseram à mesa com Jesus e com os seus discípulos». E «ao ver isto, os fariseus diziam aos seus discípulos: “Mas como?”». Porque, diz o Papa, «um escândalo começa sempre com esta frase: “Mas como?”». 
Com efeito, eis que os fariseus perguntam aos discípulos: «Por que come o vosso mestre juntamente com os publicanos e com os pecadores? O vosso mestre é um impuro, porque saudar esta gente, contagia». Para eles «é a doença, a impureza de não seguir a lei, e a lei diz que não se pode estar com eles». Aliás, são pessoas que repetem que «a lei diz, a doutrina diz...: eles conheciam bem a doutrina, sabiam-na muito bem, sabiam como se devia andar pelo caminho do reino de Deus, conheciam melhor do que ninguém como se devia fazer». Mas,  «tinham esquecido o primeiro mandamento do amor e ficaram fechados nesta gaiola dos sacrifícios: “Façamos um sacrifício a Deus, respeitemos o sábado, tudo quanto se tem que fazer e assim salvamo-nos”». Mas não,  porque «é Deus quem nos salva, é Jesus Cristo quem nos salva e estes não tinham compreendido, sentiam-se seguros, pensavam que a salvação vinha deles».

Por este motivo, perguntam aos discípulos: «mas como?»: precisamente aquele «“mas como?” que ouvimos tantas vezes dos fiéis católicos quando viam obras de misericórdia: mas como?». Ao contrário, «Jesus é claro, é muito claro: “Ide aprender”». Por isso «mandou que fossem aprender: “Ide aprender o que significa misericórdia, aquilo que eu quero, que não são sacrifícios, porque de fato eu não vim chamar os justos mas os pecadores». Portanto, afirma o Papa, «se quiseres ser chamado por Jesus, reconhece que és pecador».

É claro, «há quem possa dizer: “Padre, mas é uma graça sentir-se pecador?». Sim, porque significa «sentir a verdade». Mas «não um pecador abstrato: pecador por isto e por aquilo. Pecado concreto, pecados concretos! E todos nós temos tantos!». Então «vamos ali e deixemo-nos olhar por Jesus com aquele olhar misericordioso cheio de amor».

Portanto,  «o encontro entre a misericórdia e o pecado; a festa, porque Jesus nos disse que há festa quando um pecador se converte». 

Concluindo, o Papa repetiu a expressão evangélica: «Quero misericórdia e não sacrifícios», recordando que «a porta para encontrar Jesus é reconhecer como somos, a verdade: pecadores. E ele vem e nos encontramo-nos!».


3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?

Rezamos a Oração Vocacional  (Papa Francisco)

Pai de misericórdia, 
que destes o vosso Filho pela nossa salvação e 
sempre nos sustentais com os dons do vosso Espírito, 
concedei-nos comunidades cristãs vivas, 
fervorosas e felizes, 
que sejam fontes de vida fraterna e 
suscitem nos jovens o desejo de se consagrarem 
a Vós e à evangelização.
Sustentai-as no  seu compromisso 
de propor uma adequada catequese vocacional e 
caminhos de especial consagração.
Dai sabedoria para o necessário discernimento vocacional, 
de modo que, em tudo, 
resplandeça a grandeza do vosso amor misericordioso.
Maria, Mãe e educadora de Jesus, 
interceda por nossa comunidade cristã, para que, 
tornada fecunda pelo Espírito Santo, 
seja fonte de vocações autênticas 
para o serviço do povo santo de Deus.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulo/a de Jesus.
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vamos observar Jesus que passa onde trabalhamos, por onde caminhamos, onde moramos...

Bênção

Recebamos a bênção  do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Mc 2,1-12 - Jesus viu que eles tinham fé

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente digital.
 Rezamos, em sintonia com a Santíssima Trindade:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este momento
nossas portas e janelas para que tu possas entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos, as cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos, o calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias e comunidades.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!

Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que nos diz o texto do dia?
Abrimos a Bíblia  e lemos o Evangelho de Jesus Cristo escrito por Marcos 2,1-12.

– 1 Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 
2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra. 
3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 
4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 
5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 
6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7“Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”. 
8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 
9O que é mais fácil, dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’? 
10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados” – disse ele ao paralítico -, 
11“eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama e vai para tua casa!” 
12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim”.

Compreendendo o texto
Entre as pessoas sofridas na sociedade onde Jesus vivia, estavam também os paralíticos. Impedidos pela própria doença, não tinham como se aproximar dele. Além disso, havia um grupo de pessoas “instaladas na casa”, ao redor de Jesus, que impediam a entrada de outros. Era necessária uma “conversão pastoral”. Havia, também, pessoas que, pela fé, descobriam formas para aproximar os sofredores de Jesus. O Evangelho diz que “vendo a fé que eles tinham” curou o homem. O Mestre não queria sentir-se prisioneiro de ninguém: ele veio para todos. Não só curou o doente, mas perdoou-lhe os pecados. A libertação foi total.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para nós?

Como o paralítico, hoje, muitos, entre nós, não têm condições para encontrar a Cristo. São pessoas que precisam de alguém que já fez a experiência do encontro com Deus para acompanhá-las até a casa onde Jesus as espera. O Papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium diz: “ Há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem «fidelidade da Igreja à própria vocação», toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG, 26). Se as estruturas eclesiais não levarem a visibilizar Jesus Cristo, então de nada servirão ao Evangelho. O Concílio Vaticano II apresentou a conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo: “Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação” (EG, 26).

Há uma convocação exigente e desafiadora em que predomine não mais o modelo Igreja-do-vir. Precisamos passar para a perspectiva da Igreja-do-ir”. Aparecida nos recorda que “encontramos o modelo paradigmático dessa  renovação comunitária nas primitivas comunidades cristãs (cf. At 2,42-47), que souberam buscar novas formas para evangelizar de acordo com as culturas e as circunstâncias. ... Como Jesus nos garante, não esqueçamos que “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei eu no meio deles” (Mt 18,20)” (DAp 369).

Os bispos, em Aparecida, falaram de uma “conversão pastoral”. Veja o que queriam dizer: “A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim, será possível que “o único programa do Evangelho siga introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial” com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como uma mãe que nos sai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária.” (DAp 370).
Existe “conversão pastoral” na minha comunidade?

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Ouça e reze cantando
Pe. João Carlos

Meu bom Deus 
(Padre João Carlos) 
Padre João Carlos

Senhor, meu Deus, aqui estou
Aqui estou cansado e só
Estou buscando o teu amor
Teu ombro amigo
Preciso tanto de tua paz
Do teu abrigo

Senhor, meu Deus, aqui estou
Longe de ti, tentei viver
Só encontrei desilusão
No meu caminho
Que vou fazer sem teu perdão
Sem teu carinho?

Meu bom Deus
O teu amor me trouxe aqui
Meu bom Deus
Não sou ninguém longe de ti

Meu bom Deus
O teu amor me trouxe aqui
Meu bom Deus
Quero viver perto de ti

Senhor, meu Deus, aqui estou
O teu amor me transformou
Pedi somente a tua graça
Arrependido
Mas me quiseste em tua casa
Como filho

Senhor, meu Deus, aqui estou
Ainda há quem não te encontrou
Não retornou de tanto beco
Sem saída
Só o teu amor renova tudo
Em nossa vida
 


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulos/as de Jesus?
Tudo o que lemos e meditamos nos transforma em Igreja-do-ir. Para isto existem pastoral da saúde, da educação, da evangelização, da criança, da juventude, da comunicação e tantas outras. Vamos dar também nossa colaboração.

Bênção
Recebamos a bênção  do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Mc 1,40-45 - Jesus curou um leproso: duas "transgressões"

LEITURA ORANTE


Graça e Paz, a nós, unidos pela Palavra.
A paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 

 Preparamo-nos para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre,
sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione)


1.Leitura ( Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos atentamente, o texto de hoje: Mc 1,40-45.

Naquele tempo, 
40 um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 
41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!” 
42No mesmo instante, a lepra desapareceu e ele ficou curado. 
43Então Jesus o mandou logo embora, 
44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” 
45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. – Palavra da salvação.

Compreendendo o texto

Este texto é a primeira cura narrada no Evangelho de Marcos. A lepra, na Bíblia, é símbolo de exclusão, o que é um pecado. O leproso não podia se apresentar em público, nem conviver com pessoas sadias, pelo perigo de contágio. Assim, o pecado afastava, isolava e tornava a pessoa intocável. Por isso, são Paulo afirma que, com o pecado, entrou no mundo a morte (Cf Rm 5,12).
O homem que possuía a lepra chegou perto de Jesus, ajoelhou-se e fez seu pedido de forma interessante:
"Eu sei que o Senhor pode me curar se quiser." Jesus sentiu compaixão daquele homem e tocou nele. Jesus toca o intocável. Naquela cultura, quem tocasse um leproso era contaminado. Jesus não se preocupa com o que pensarão dele. Vê a pessoa e não, a sua lepra. Tocou nele. E no mesmo instante, o homem ficou curado.

2. Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para nós?

Convido você a acompanhar a reflexão do Papa Francisco. Ele fala de duas  “transgressões”: o leproso que se aproxima de Jesus e Jesus que, movido por compaixão, o toca para curá-lo.

A primeira transgressão é a do leproso: naquele tempo, eram considerados impuros e eram excluídos da vida social, não podiam por exemplo entrar na sinagoga. A doença era considerada um castigo divino, mas, em Jesus, ele pode ver outra face de Deus: não o Deus que castiga, mas o Pai da compaixão e do amor, que nos liberta do pecado e jamais nos exclui da sua misericórdia. “A atitude de Jesus o atrai, o leva a sair de si mesmo e a confiar a Ele a sua história dolorosa”, comentou Francisco.
Um aplauso aos confessores misericordiosos
“Permitam-me aqui, diz o Papa,  um pensamento a muitos bons sacerdotes confessores que têm esta atitude: atrair as pessoas que se sentem aniquiladas pelos seus pecados com ternura a compaixão... Confessores que não estão com o chicote nas mãos, mas recebem, ouvem e dizem que Deus é bom, que Deus perdoa sempre, que jamais se cansa de perdoar.”

A segunda transgressão é a de Jesus: enquanto a Lei proibia de tocar os leprosos, Ele se comove, estende a mão e o toca para curá-lo. Não se limita às palavras, mas o toca. Tocar com amor significa estabelecer uma relação, entrar em comunhão, envolver-se na vida do outro a ponto de compartilhar inclusive as suas feridas. Com este gesto, Jesus mostra que Deus não é indiferente, não mantém a “distância de segurança”; pelo contrário, se aproxima com compaixão e toca a nossa vida para curá-la.

“É o estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura. A transgressão de Deus: é um grande transgressor neste sentido.”

Deus se "contamina com nossa humanidade ferida" 
Diante de tudo isso, destaca Francisco, Jesus anuncia que Deus não é uma ideia ou uma doutrina abstrata, mas Aquele que se “contamina” com a nossa humanidade ferida e não tem medo de entrar em contato com as nossas chagas.

“Mas Papa Francisco, o que está dizendo? Que Deus se contamina? Não o digo eu, mas São Paulo: fez-se pecado. Ele que não é pecador, que não pode pecar, fez-se pecado. Veja como Deus se contaminou para se aproximar de nós, para ter compaixão e para fazer compreender a sua ternura. Proximidade, compaixão e ternura”.
Costumes sociais, reputação e egoísmos nos levam muitas vezes a disfarçar a nossa dor e impedir de nos envolver nos sofrimentos alheios.

Ao invés, Francisco convidou os fiéis a pedirem ao Senhor a graça de viver essas duas “transgressões” do Evangelho.

“Aquela do leproso, para que tenhamos a coragem de sair do nosso isolamento e, ao invés de permanecer ali com pena de nós mesmos ou chorando nossas falências, ir até Jesus assim como somos. E depois a transgressão de Jesus: um amor que leva a ir além das convenções, que faz superar os preconceitos e o medo de nos envolver na vida do outro. Aprendamos a ser transgressores como estes dois: como o leproso e como Jesus." 

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Rezemos 

Ó Deus, sempre ouvis o vosso povo

e vos compadeceis dos oprimidos e fragilizados.

Fazei que experimentemos a libertação da cruz 

e a ressurreição de Jesus.

Nós vos pedimos pelos que sofrem

as dores de tantas lepras: os pecados do preconceito,

da falta de cuidados, do abandono, da omissão,

da indiferença, das feridas das guerras, 

dos conflitos, e da falta de perdão.

Convertei-nos pela força do vosso Espírito,

e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.

Comprometidos na superação de todo mal, 

vivamos como vossos filhos e filhas,

na liberdade e na paz.

Por Cristo nosso Senhor.

Amém!

4. Contemplação (Vida)
- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Procuraremos em cada momento do dia de hoje deixar-nos "tocar" pelo Senhor. Queremos vencer aquele limite que temos e que só nós sabemos. Queremos viver como Jesus as duas "transgressões": a da aproximação do leproso e a do estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura.

Bênção

Recebamos a bênção  do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Mc 1,29-39 - Jesus cura a sogra de Pedro, tomando-a pela mão

LEITURA ORANTE

A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 


Preparamo-nos para a Leitura, rezando:

Oferecimento do dia
Adoro-vos, meu Deus, 
amo-vos de todo o meu coração.
Agradeço-vos porque me criastes, 
me fizestes cristão, 
me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia: 
que todas as minhas ações correspondam à vossa vontade.
E que faça tudo para a vossa glória e a paz das pessoas.
Livrai-me do pecado, do perigo e de todo o mal.
Que a vossa graça, benção, luz e presença 
permaneçam sempre comigo
e com todos aqueles que eu amo. Amém. 
(Orações da Família Paulina)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Em nossa Bíblia lemos atentamente o texto: Mc 1,29-39.
 
Naquele tempo, 
29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 
30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 
31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então a febre desapareceu, e ela começou a servi-los. 
32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 
33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 
34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 
36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 
37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 
38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 
39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. – Palavra da salvação.

Compreendendo o texto
Bonito o encontro de Jesus com a sogra de Pedro que estava com febre alta. Observe a atitude: "Ele chegou perto dela, segurou a mão dela e ajudou-a a se levantar. A febre saiu da mulher, e ela começou a servi-los." 
Interessante é que Jesus não fala com a sogra, mas a segura pela mão e a ajuda a se levantar. A mulher imediatamente fica curada, e tão bem, que se põe a cuidar deles. Doentes e a multidão procuravam encontrar Jesus e Ele anunciava a boa notícia do Reino por toda parte.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Qual palavra mais nos toca o coração?
Meditando
O que logo salta a nossos olhos é a "ação de Deus". E o Papa Francisco acrescenta:
“Para a Igreja, cuidar dos doentes de todo tipo não é uma ‘atividade opcional’, algo acessório; não, é parte integrante de sua missão, como era da missão de Jesus: levar a ternura de Deus à humanidade sofredora.” O Evangelho fala da predileção de Jesus pelas pessoas que sofrem.
A mulher estava na cama com febre; a atitude e o gesto de Jesus para com ela são emblemáticos: "Aproximando-se, Ele a tomou pela mão e a fez levantar-se", observa o Evangelista. Há tanta doçura neste ato simples, que parece quase natural: "A febre a deixou e ela se pôs a servi-los". O poder de cura de Jesus não encontra nenhuma resistência; e a pessoa curada retoma sua vida normal, pensando imediatamente nos outros e não em si mesma - e isso é significativo, é um sinal de verdadeira "saúde"!
Aquele dia era um sábado. O povo da aldeia espera pelo pôr-do-sol e depois, acabada a obrigação do repouso, sai e traz a Jesus todos os doentes e os possuídos. E Ele os cura, mas proíbe os demônios de revelar que Ele é o Cristo.
Levar a ternura de Deus à humanidade sofredora é a missão de Jesus. Eles não queria que eles fossem meros espectadores de sua missão: envolveu-os, enviou-os, deu-lhes também o poder de curar os doentes e expulsar os demônios. E isto tem continuado sem interrupção na vida da Igreja até hoje", ressalta o Papa Francisco.
E acrescenta que para a Igreja, cuidar dos doentes de todo tipo não é uma "atividade opcional", algo acessório; não, é parte integrante de sua missão, como era da missão de Jesus: levar a ternura de Deus à humanidade sofredora.  Francisco sublinha que seremos lembrados disso dentro de poucos dias, em 11 de fevereiro, no Dia Mundial do Enfermo.

3.Oração (Vida)
E o que o texto nos leva a dizer a Deus? Rezamos Salmo 39(40)

Eis que venho fazer, com prazer, / a vossa vontade, Senhor!

1. Esperando, esperei no Senhor, / e, inclinando-se, ouviu meu clamor. / É feliz quem a Deus se confia, † quem não segue os que adoram os ídolos / e se perdem por falsos caminhos. – R.

2. Sacrifício e oblação não quisestes, / mas abristes, Senhor, meus ouvidos; / não pedistes ofertas nem vítimas, † holocaustos por nossos pecados. / E então eu vos disse: “Eis que venho!” – R.

3. Sobre mim está escrito no livro: † “Com prazer faço a vossa vontade, / guardo em meu coração vossa lei!” – R.

4. Boas-novas de vossa justiça † anunciei numa grande assembleia; / vós sabeis: não fechei os meus lábios! – R.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Jesus. Vamos 
Levar a ternura de Deus às pessoas sofredoras.
Deixaremos que o Senhor nos tome pela mão como segurou a mão da sogra de Pedro e nos levante. E seremos como ela, pessoas que cuidam e servem aos demais.
A quem vamos ajudar a se levantar, hoje? 

Bênção
Recebamos a bênção  do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Mc 1,21-28 - Jesus ensinava com autoridade


LEITURA ORANTE




- A todos que nos encontramos neste espaço,
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparamo-nos para a Leitura da Palavra, rezando:

Jesus Mestre, ficai conosco, aqui reunidos 
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
 iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras. 
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Vamos ler,  atentamente, o texto: Evangelho de Jesus Cristo escrito por Mc 1,21-28. 

 21Estando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar.
 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou:
 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.
 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade: ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 
28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.

Compreendendo o texto

Mas, afinal, o  que é "autoridade"  no original?
Às vezes se traduz "autoridade" como no grego: 
"exousîa"(a pronúncia é éksu-sía), é uma palavra cujo significado é: O poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)”. Na origem da palavra está o “poder da escolha”, a “liberdade de agir” e da “permissão”. Então, a "exousîa" é “o poder de autoridade e de direito para realizar certos atos e decisões” e acaba sendo associada com o poder de governar.
Este  exercício da autoridade de Jesus era, no entanto,  limitado pela incredulidade do povo.
Em João 1,12 temos a confirmação de que aqueles que creram nele e o receberam, e a estes ele deu o poder (=a autoridade) de se tornarem filhos de Deus. A autoridade de Jesus era evidente. Não precisava ser acadêmico ou receber uma ordenação.
Não havia  para Jesus, o Filho de Deus, impedimentos para este exercício.
O espírito mau dominou e desestruturou a vida do homem que chegou à sinagoga. Sua vida era tão desintegrada e vulnerável que achou que Jesus queria lhe fazer mal: "Você veio para nos destruir?" Diante desta incapacidade do homem de reconhecer a necessidade de libertação, Jesus se impôs. Usou de sua "autoridade",  ordenando ao espírito mau: "Cale a boca e saia desse homem!".
E o homem ficou livre do mal. Ele acreditou!
A palavra, crer significa: ser fiel; ter certeza, confirmar, apoiar. O "amém" tem o mesmo significado de confirmação.
Jesus usava esta palavra, quando dizia: “em verdade” para garantir a certeza duma questão.
Convencido da autoridade do Mestre, acreditando, o povo "espalhou" o fato por toda a Galileia.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Recordamos o que disseram os bispos na Conferência de Aparecida sobre a vulnerabilidade dos mais fracos:
 "De nossa fé em Cristo nasce também a solidariedade como atitude permanente de encontro, irmandade e serviço. Ela há de se manifestar em opções e gestos visíveis, principalmente na defesa da vida e dos direitos dos mais vulneráveis e excluídos, e no permanente acompanhamento em seus esforços por serem sujeitos de mudança e de transformação de sua situação" (DAp 394).

Interessante é a reflexão do Papa Francisco sobre este "estilo de Jesus".
Diz ele:
"Qual é a autoridade que Jesus tem? É o estilo do Senhor, aquele 'senhorio' – digamos assim – com o qual o Senhor se movia, ensinava, curava, ouvia. Este estilo  senhorio – que é algo que vem de dentro – mostra... O que mostra? Coerência. Jesus tinha autoridade porque era coerente com aquilo que ensinava e aquilo que fazia, isto é, como vivia. Aquela coerência é o que dá a expressão de uma pessoa que tem autoridade: “Esta pessoa tem autoridade porque é coerente”, ou seja, dá testemunho. A autoridade se mostra nisto: coerência e testemunho.

Os escribas eram pastores esquizofrênicos que diziam e não faziam. 

Os escribas não eram coerentes e Jesus, de um lado adverte o povo a "fazer o que diziam, mas não o que faziam"; de outro, não perde a ocasião para repreendê-los, porque "com esta atitude caíram em uma esquizofrenia pastoral”. E o Papa recordou que isso acontece em vários episódios do Evangelho: às vezes, Jesus reage colocando-os de lado, às vezes não dando a eles nenhuma resposta e, até, “qualificando-os" como hipócritas.

 A hipocrisia é o modo de agir daqueles que têm responsabilidade sobre as pessoas – neste caso, responsabilidade pastoral -, mas não são coerentes, não são senhores, não têm autoridade. Dizem e não fazem, sem coerência.
Convenhamos, a incoerência cristã é um escândalo.
Muitas pessoas cristãs  vão à missa todos os domingos e depois vivem como pagãs. E as pessoas dizem: “Isto é um escândalo, uma incoerência." O Papa conclui pedindo ao Senhor para que todos os batizados tenham a "autoridade", "que não consiste em comandar e aparecer, mas em ser  coerente, ser testemunha e, por isso, ser companheiro de estrada no caminho do Senhor ".

3.Oração (Vida)

Vamos falar com Deus. O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos o belo cântico da liturgia de hoje: 
1Sm 2

Meu coração se alegrou em Deus, meu salvador.

1. Exulta no Senhor meu coração, / e se eleva a minha fronte no meu Deus; / minha boca desafia os meus rivais / porque me alegro com a vossa salvação. – R.

2. O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, / mas os fracos se vestiram de vigor. / Os saciados se empregaram por um pão, / mas os pobres e os famintos se fartaram. / Muitas vezes deu à luz a que era estéril, / mas a mãe de muitos filhos definhou. – R.

3. É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, / faz descer à sepultura e faz voltar; / é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, / é o Senhor quem nos humilha e nos exalta. – R.

4. O Senhor ergue do pó o homem fraco / e do lixo ele retira o indigente, / para fazê-los assentar-se com os nobres / num lugar de muita honra e distinção. – R.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com o estilo de Jesus. Vamos eliminar do nosso modo de pensar a incoerência e a hipocrisia, que não são conforme o Estilo de Jesus Mestre.

Bênção

Recebamos a bênção  do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
verdade que ilumina,
caminho da santidade,
vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp