quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Lc 19,11-28 - Fidelidade criativa à Palavra

LEITURA ORANTE


Graça e Paz a todos os que se reúnem  
em torno da Palavra.

 Juntos, rezamos:

Espírito Santo, Deus de amor,
concede-me: a inteligência que Te conheça; 
a angústia que Te procure; 
a sabedoria que Te encontre; 
a vida que Te agrade; 
a perseverança que enfim Te possua. 
Amém.

Santo Tomás de Aquino

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos  atentamente o texto: Lc 19,11-28

11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: “Um homem nobre partiu para um país distante a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu também o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui estão as tuas cem moedas, que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo, a todo aquele que já possui será dado mais ainda; mas àquele que nada tem será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente'”. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 


Compreendendo o texto
Esta parábola contada por Jesus é conhecida como a parábola dos talentos. É a história de um patrão que ao viajar “chamou dez dos seus empregados, deu a cada um uma moeda de prata” com uma incumbência: fazer render o dinheiro até a sua volta. Quando o patrão voltou, pediu contas aos seus empregados. O primeiro fez a moeda de prata render dez. Por isso ganhou como prêmio governar dez cidades.
O segundo empregado ganhou cinco moedas. Por isso lhe foram confiadas cinco cidades.
Um outro empregado embrulhou num lenço a moeda e a escondeu, dizendo que fizera isto por medo do patrão que era um homem duro, exigente. Este não só foi repreendido, mas a sua moeda foi dada ao que tinha dez. Este empregado acomodado quis justificar sua incompetência no patrão que descreve como “duro” e condenou-se a si próprio. Não só não fez frutificar o seu talento, mas estragou o lenço e a oportunidade que tinha de ser promovido.

Outros textos nos ajudam a refletir:
O livro dos Provérbios (Pr 1,5-7) diz que o homem prudente adquire habilidades para viver bem e que o temor do Senhor -é o princípio da sabedoria:
"Que o sábio escute e assim aumentará o seu saber, e o homem prudente adquirirá habilidade  para entender provérbios e metáforas, as sentenças dos sábios e seus enigmas.  O temor de Javé é o princípio do saber."
O próprio apóstolo Paulo (2Cor 1, 6 ) se diz hábil:
"Ainda que eu não seja hábil no falar, eu o sou no saber."
Paulo diz não só para termos talentos, sermos habilidosos, mas que sejamos capazes de partilhar (1Tm 6,18):
"Façam o bem, se enriqueçam de boas obras, sejam prontos a distribuir, capazes de partilhar. Desse modo, estão acumulando para si mesmos um belo tesouro para o futuro, a fim de obterem a verdadeira vida."
Jesus Cristo quis dizer que não se conquista a salvação de braços cruzados. O Projeto do Reino exige de cada pessoa uma fidelidade criativa à Palavra.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram: “A Igreja tem como missão própria e específica comunicar a vida de Jesus Cristo a todas as pessoas, anunciando a Palavra, administrando os sacramentos e praticando a caridade. É oportuno recordar que o amor se mostra nas obras mais do que nas palavras, e isto vale também para nossas palavras nesta V Conferência. Nem todo o que diz Senhor, Senhor... (cf. Mt 7,21). Os discípulos missionários de Jesus Cristo tem a tarefa prioritária de dar testemunho do amor de Deus e ao próximo com obras concretas. Dizia São Alberto Hurtado: “Em nossas obras, nosso povo sabe que compreendemos sua dor (DAp 386).
E eu me interrogo: Compreendo a dor do povo? Como aplico meus talentos? 

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos e silêncio e depois cantamos com o Padre Zezinho


Sonhadores da paz, fazedores da paz, construtores da paz (bis)
Cristãos de um tempo diferente, onde a gente tem que lutar
Se quer fazer alguma coisa pela paz a gente tem que lutar
Tem que arriscar, tem que falar, 
tem que dançar, 
tem que levar o pão e a paz.
CD Sonhadores da paz - Pe. Zezinho, scj

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? 
Sentimo-nos discípulos/as de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo que nos faz perceber os talentos que recebemos e as dores e sofrimentos do povo que passa fome e todo tipo de dificuldades.
 
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 




Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Lc 19,1-10 - Sou capaz de hospedar Jesus, como fez Zaqueu?

LEITURA ORANTE
Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
fazendo uma rede de comunicação e comunhão 
em torno da Palavra 

com todas as pessoas que se neste ambiente digital.
 Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso digital,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Lemos atentamente, o texto: Lc 19,1-10.
1 Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. 3 Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia por causa da multidão, pois era muito baixo. 4 Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. 5 Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6 Ele desceu depressa e recebeu Jesus com alegria. 7 Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8 Zaqueu ficou de pé e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. 9 Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10 Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido”

Compreendendo o texto
Quando Jesus entra em Jericó, Zaqueu deseja vê-lo. Seu perfil é de um homem muito rico, chefe dos cobradores de impostos e baixinho. Tentava ver Jesus e não conseguia. Por isso, sobe numa figueira. O texto diz que “Jesus olhou para cima”, viu Zaqueu e falou com ele. O fato ganha relevo porque Jesus lhe dá uma atenção especial. Não só! Diz o seu nome – Zaqueu – e ainda, como se já o conhecesse, lhe diz, com liberdade, que vai passar o dia na sua casa. Zaqueu responde “com muita alegria”, descendo da árvore. Sentia-se muito honrado em receber Jesus em sua casa. As demais pessoas, “começaram a resmungar”. Viam apenas aquele que era considerado pecador. Zaqueu, por sua vez, não perde tempo. Se regenera. De pé, diz a Jesus que vai dar metade dos seus bens aos pobres e, se roubou alguém, vai devolver-lhe o quádruplo.
E Jesus declara : “Hoje a salvação entrou nesta casa... O Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido”. A salvação é este encontro com Jesus Cristo e com os irmãos e se faz com a prática da justiça.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “Jesus, o Bom Pastor, quer nos comunicar a sua vida e se colocar a serviço da vida. Vemos como ele se aproxima do cego no caminho (cf. Mc 10,46-52), quando dignifica a samaritana (cf. Jo 4,7-26), quando cura os enfermos (cf. Mt 11,2-6), quando alimenta o povo faminto (cf. Mc 6,30-44), quando liberta os endemoninhados (cf. Mc 5,1-20). Em seu Reino de vida Jesus inclui a todos: come e bebe com os pecadores (cf. Mc 2,16), sem se importar que o tratem como comilão e bêbado (cf. Mt 11,19); toca leprosos (cf. Lc 5,13), deixa que uma prostituta unja seus pés (cf. Lc 7,36-50) e, de noite, recebe Nicodemos para convida-lo a nascer de novo (cf. Jo 3,1-15). Igualmente, convida a seus discípulos à reconciliação (cf. Mt 5,24), ao amor pelos inimigos (cf. Mt 5,44) e a optarem pelos mais pobres (cf. Lc 14,15-24).(DAp, 353)

E nós nos interrogamos: Como nos sentimos dentro da cena do Evangelho de hoje? Aceitamos que Jesus venha nos visitar? Temos garantida a nossa paz e a felicidade pela aceitação de Jesus Cristo, da mesma forma que Zaqueu? Em que precisamos nos regenerar?

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração da Família Paulina que hoje celebra o Centro de seu ser na Igreja - o Mestre, Jesus Cristo:

Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
(BV. Alberione)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual  nosso novo olhar a partir da Palavra? 
Somos discípulos/as de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido na nossa casa, no nosso coração,  no nosso trabalho, em nossos  relacionamentos.

Bênção
Que o Senhor nos abençoe e nos livre de todo mal.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

I. Patricia Silva, fsp


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Jo 18,33b-37 - O Reino da Verdade - Solenidade de Cristo Rei do Universo - 24 de novembro

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
fazendo uma rede de comunicação e comunhão 
em torno da Palavra 
com todas as pessoas que se encontram 
neste ambiente digital. 
Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Vem Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis....


Oração a Cristo Rei
Pai Santo, Vosso Amor
Misericordioso nos deu o Vosso Filho
Amado Jesus Cristo, Nosso Redentor.
Proclamamos Jubilosos:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre
nós”, para nos devolver a inteireza da
dignidade humana
e nos salvar por sua morte na cruz
e ressurreição.
Pelo Espírito Santo, dom de amor,
congregais vosso povo santo, na Igreja.
Somos vossa Igreja peregrina anunciando
o Evangelho da Vida a caminho do Reino definitivo,
comprometidos na construção da
sociedade solidária e da cultura
da vida, da justiça, do amor e da paz!
Com Jesus, Cristo Rei, queremos
ser fieis ao Projeto do Pai.

Amém!

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente  Jo 18,33b-37

33 Pilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” 34 Jesus respondeu: “Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?” 35 Pilatos falou: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?” 36 Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. 37 Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

Compreendendo o texto
Pilatos interroga Jesus. Seu questionamento é político. O evangelista João pouco falou  do Reino de Deus, mas neste diálogo com Pilatos, faz uma teologia da realeza do Mestre. E Jesus responde às perguntas definindo que tipo de Reino é o seu. Os adversários de Jesus não compreendiam e não lhes era conveniente crer no Reino de Jesus, que consistia claramente em cumprir o Projeto do Pai. Isto porque, primeiro, é um Reino que não é deste mundo. É muito mais, é de Deus. Depois, é um Reino da verdade. E Jesus afirma que esta é sua missão, e foi para isto que nasceu. Sendo um Reino da verdade, não pertence a ele a hipocrisia, a mentira, a falsidade, a corrupção, as segundas intenções, a fraude. Era difícil de compreender.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?

Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram:
Jesus Cristo é o Reino de Deus que procura demonstrar toda sua força transformadora em nossa Igreja e em nossas sociedades. N'Ele, Deus nos escolheu para que sejamos seus filhos com a mesma origem e destino, com a mesma dignidade, com os mesmos direitos e deveres vividos no mandamento supremo do amor. O Espírito colocou este germe do Reino em nosso Batismo e o faz crescer pela graça da conversão permanente graças à Palavra de Deus e aos sacramentos." (DAp, 382).

A solenidade de Cristo Rei é uma celebração recente na Igreja, criada por Papa Pio XI, em 1925, para reafirmar a soberania real de Jesus e seus ensinamentos, em um período em que o mundo se afastava cada vez mais do Senhor. Uma necessidade que se apresenta novamente nos tempos atuais, como refletiu o Papa Francisco ao se dirigir aos fiéis:

"Que a nossa vida e os nossos corações estejam abertos ao seu senhorio, pois Ele é a meta para a qual caminhamos."

E nós nos interrogamos: Como nos sentimos como pessoas batizadas, membros do Reino de Deus? Sentimos que onde vivemos são respeitados os direitos e deveres? Vive-se a verdade?  Vivemos numa constante conversão ao Reino?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?


Fortes na fé - Pe. Zezinho, scj e Cantores de Deus

Fortes na fé, anunciamos o poder da vida
Fortes na fé, anunciamos que Jesus é Deus
Fortes na fé, 
Fortes na fé, profetizamos que Ele reinará

Fortes na fé, anunciamos o poder da vida
Fortes na fé, anunciamos que Jesus é Deus
Fortes na fé, 
Fortes na fé, profetizamos que Ele reinará

Passem mil anos, passem dois mil anos
Passe o que passar, Jesus Cristo reinará

Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração:

Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência,
 com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? 
Sentimo-nos discípulos/as de Jesus? Cumprindo o Projeto do Pai?
Nosso olhar deste dia será iluminado pelo Reino proposto por Jesus.

Rezamos, finalizando:
Jesus e Maria, dai-nos a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém



Irmã Patrícia Silva, fsp


Lc 18,35-43 - Um "itinerário de luz"

LEITURA ORANTE

Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra 
com todas as pessoas que se encontram neste ambiente.
 Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ficai conosco, Senhor,
quando ao redor da nossa fé católica 
surgem as névoas da dúvida, 
cansaço ou dificuldade; 
vós, que sois a própria Verdade como revelador do Pai,
iluminai nossas mentes com a vossa Palavra; 
ajudai-nos a sentir a beleza de crer em vós. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho, Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente  Lc 18,35-43.

35 Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36 Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37 Disseram-lhe que Jesus nazareno estava passando por ali. 38 Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39 As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40 Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41 “O que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42 Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43 No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

Compreendendo o texto

A cura do cego de Jericó é carregada de simbolismo. No meio da multidão, mesmo cego, ele descobre Jesus. Depois, reconhece, com seu grito, o Messias. Isto contrasta com a cegueira dos discípulos que não conseguem dizer o mesmo. A cura que Jesus realiza devolvendo-lhe a visão é bastante significativa. Expressiva também é a confissão do cego, em três momentos. Primeiro reconhece o Messias. Depois chama Jesus de "Senhor". No terceiro momento, dá glória a Deus e segue Jesus. Estes três passos são um "itinerário de luz" para quem se converte. Ainda podemos pensar que para seguir Jesus é preciso estar com os olhos abertos, em constante discernimento. Depois, ter disposição para seguir Jesus e não outro caminho.

Outros, entre muitos textos, que falam de VER:
Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, com um pedido: "Senhor, queremos ver Jesus".
João 12,21

E, como podiam ver ali com eles o homem que fora curado, nada podiam dizer contra eles.
At 4,14

Saulo levantou-se do chão e, abrindo os olhos, não conseguia ver nada. E os homens o levaram pela mão até Damasco.
At 9,8

Então Ananias foi, entrou na casa, pôs as mãos sobre Saulo e disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que apareceu no caminho por onde você vinha, enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo".
At 9,17

Imediatamente, algo como escamas caiu dos olhos de Saulo e ele passou a ver novamente. Levantando-se, foi batizado
At 9,18

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Identificamo-nos com o cego de Jericó? Somos capazes de encontrar Jesus no meio da multidão do mundo de hoje? Vivemos o itinerário de luz do homem curado por Jesus?
Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro"(DAp 146).

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração :

Ficai conosco, Senhor, 
acompanhai-nos, 
ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-vos. 
Ficai conosco, 
porque as sombras vão se tornando densas ao nosso redor, 
e vós sois a Luz; 
em nossos corações se insinua a desesperança, 
e vós nos fazeis arder com a certeza da Páscoa. 
Estamos cansados do caminho, 
mas vós nos confortais na fração do pão 
para anunciar aos nossos irmãos que na verdade vós ressuscitastes 
e nos destes a missão de ser testemunhas da vossa ressurreição.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulo/as de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo: 
Filho de Davi, tenha pena de mim! 

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp




sábado, 16 de novembro de 2024

Lc 18,1-8 - Deus faz justiça em favor do seu povo

LEITURA ORANTE


Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, 
 em torno da Palavra.

Começamos rezando  o Salmo 94:

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar
- Ao Deus do universo, venham festejar 

- Seu amor por nós, firme para sempre 
- Sua fidelidade dura eternamente 

- Toda a terra aclame, cante ao Senhor 
- Sirva com alegria, venha com fervor 

- Nossas mãos orantes para o céu subindo 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino 

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 18,1-8

 1 Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre e nunca desistir, dizendo: 2 “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava homem algum. 3 Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4 Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus e não respeito homem algum. 5 Mas essa viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!'” 6 E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz esse juiz injusto. 7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8 Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” 

Compreendendo o texto
A viúva de que Jesus fala no Evangelho, faz parte de um grupo bastante exposto a abusos legais, judiciais e jurídicos porque não podiam subornar, nem pagar. A viúva procurava o juiz pedindo justiça contra seu adversário. Mas, o juiz era iníquo. Não temia a Deus e nem respeitava as pessoas. Por isso não atendia o caso do julgamento daquela mulher. Mas, sentindo-se incomodado por tantos apelos da viúva, ele resolveu atendê-la. E Jesus comenta: se aquele juiz iníquo, para não ser incomodado, atendeu àquela mulher, muito mais e sem demora, Deus que é bom e justo, vai ajudar o seu povo. A fé e a confiança neste Deus justo e bom deve animar os que creem.


2.Meditação (Caminho)

O que diz o texto para nós?

Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que "o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir"(DAp 242).

Disse o Papa Francisco:
"Podemos ser verdadeiramente “todos irmãos”: se pode parecer “uma utopia inatingível”, preferimos “acreditar que é um sonho possível”, porque é “o mesmo de Deus”. (Papa Francisco, 23 de outubro 2021).

E nos interrogamos: Deus para nós é este Juiz bondoso que vai ao encalço de quem se perdeu? A justiça de Deus é amor para todos. Sentimo-nos  pessoas amadas, acolhidas, ouvidas por Deus? Imitamos a Deus em nossa justiça?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos e concluímos com a

Oração ao Senhor  (papa Francisco)

Senhor Deus, olhai para nós! 
Olhai para as nossas famílias.
Senhor, a Vós não faltou trabalho; 
Vós fostes carpinteiro e éreis feliz.

Senhor, falta-nos um trabalho.
Os ídolos querem roubar-nos a dignidade. 
Os sistemas injustos desejam roubar-nos a esperança.

Senhor, não nos deixeis sozinhos. 
Ajudai-nos a auxiliar-nos uns aos outros; 
fazei-nos esquecer um pouco o egoísmo e 
sentir no nosso coração o “nós”, 
nós povo, que deseja ir em frente.

Senhor Jesus, a Vós não faltou trabalho; 
concedei-nos um trabalho, 
ensinai-nos a lutar pelo trabalho e 
abençoai-nos a todos. 

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulos/as de Jesus?
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, justo Juiz que nos ama e prepara o melhor para nós. Assim queremos e trabalhamos para todas as pessoas.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp



Mc 13,24-32- Palavras que não passam - 33º Domingo do Tempo Comum - 17 de nov. - Dia Mundial dos Pobres

LEITURA ORANTE


Preparamo-nos para a Leitura Orante, 
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra 
com todas as pessoas que se encontram neste ambiente.

Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Vinde Espirito Santo....
Ave Maria....


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Vamos ler com atenção o Evangelho Mc 13,24-32.

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24 “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer e a lua não brilhará mais, 25 as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26 Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27 Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade à outra da terra. 28 Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29 Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30 Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isso aconteça. 31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32 Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. 

Vamos entender o texto
O Evangelho trata da vinda do Messias também dita, parusia. Quando à época, Marcos diz apenas “aqueles dias”. Esta expressão era usada também pelos profetas para dizer um futuro indefinido. 
Depois, descreve os fenômenos da natureza: o sol que se escurece, a lua também não brilhará mais e as estrelas cairão. Através destes fenômenos cósmicos, Deus intervém na História. Nesta apresentação apocalíptica, a intenção de Jesus não é incutir medo nos discípulos, mas pretende convidá-los a permanecerem vigilantes e preparados para o encontro com o Senhor.
A parábola da figueira que também fala de expectativa e esperança, sugere que a história está em processo permanente até a revelação do Filho de Deus. Como diz São Paulo, “ a criação toda geme e sofre dores de parto esperando a revelação dos filhos de Deus’ (Rm 8,22).
E Jesus garante: “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre”.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para nós, hoje?

O Papa Francisco reflete conosco:

"O Evangelho deste penúltimo domingo do ano litúrgico propõe uma parte do sermão de Jesus sobre os últimos acontecimentos da história humana, orientada para o pleno cumprimento do reino de Deus (cf. Mc 13, 24-32). Trata-se de um sermão que Jesus proferiu em Jerusalém, antes da sua última Páscoa. Ele contém alguns elementos apocalípticos, como guerras, carestias, catástrofes cósmicas: «o Sol escurecer-se-á e a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e as forças que estão nos céus serão abaladas» (vv. 24-25). Contudo, estes elementos não são o aspecto mais fundamental da mensagem. O núcleo em volta do qual se centra o discurso de Jesus é Ele mesmo, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição, a sua vinda no fim dos tempos.

A nossa meta final é o encontro com o Senhor ressuscitado. E eu gostaria de vos perguntar: quantos de vós pensam nisto? Haverá um dia no qual me encontrarei de cara com o Senhor. É esta a nossa meta: este encontro. Nós não esperamos um tempo nem um lugar, mas vamos ao encontro de uma pessoa: Jesus. Por conseguinte, o problema não é «quando» acontecerão os sinais premonitórios dos últimos tempos, mas estar preparados para o encontro. E nem sequer se trata de saber «como» estas coisas acontecerão, mas «como» nos devemos comportar, hoje, na sua expectativa. Estamos chamados a viver o presente, construindo o nosso futuro com serenidade e confiança em Deus. A parábola da figueira que germina, como sinal do Verão já próximo (cf. vv. 28-29), diz que a perspectiva do fim não nos distrai da vida presente, mas nos faz olhar para os nossos dias numa óptica de esperança. É aquela virtude tão difícil de viver: a esperança, a virtude mais pequena, mas a mais forte. E a nossa esperança tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado, que vem «com grande poder na glória» (v. 26), ou seja, que manifesta o seu amor crucificado, transfigurado na ressurreição. O triunfo de Jesus no fim dos tempos será o triunfo da Cruz, a demonstração que o sacrifício de si por amor do próximo, à imitação de Cristo, é a única potência vitoriosa e o único ponto firme no meio dos abalos e das tragédias do mundo.

O Senhor Jesus não é só o ponto de chegada da peregrinação terrena, mas é uma presença constante na nossa vida: está sempre ao nosso lado, acompanha-nos sempre; por isso quando fala do futuro, e nos projeta para ele, é sempre para nos reconduzir ao presente. Ele põe-se contra os falsos profetas, contra os falsos videntes que preveem que o fim do mundo está próximo, e contra o fatalismo. Ele está ao nosso lado, caminha conosco, ama-nos. Deseja tirar aos seus discípulos de todas as épocas a curiosidade das datas, as previsões, os horóscopos, e concentra a nossa atenção no hoje da história. E gostaria de vos perguntar — mas não respondais, cada qual responda para si — quantos de vós leem o horóscopo do dia? Cada qual responda para si mesmo. E quando te vier vontade de ler o horóscopo, olha para Jesus, que está contigo. É melhor, far-te-á bem. Esta presença de Jesus convida-nos à expectativa e à vigilância, que excluem a impaciência, a sonolência, as fugas em frente e o permanecer aprisionados no tempo atual e na mundanidade.

Também nos nossos dias não faltam calamidades naturais e morais, nem sequer adversidades de todos os tipos. Tudo passa — recorda-nos o Senhor — só Ele, a sua Palavra permanece como luz que guia, e anima os nossos passos e nos perdoa sempre, porque está ao nosso lado. É necessário apenas olhar para ele, o qual muda o nosso coração. A Virgem Maria nos ajude a confiar em Jesus, o fundamento firme da nossa vida, e a perseverar com alegria no seu amor".

3.Oração (Vida)

O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, ou cantamos com o Padre Zezinho, scj, a canção

Foi teu coração que me ensinou 
Palavras que não passam
No teu coração coloquei o meu, 
minha religião vem de ouvir teu coração

Foi teu coração que me ensinou 
a fazer da vida a uma esperança só
Sei que aprenderei se te ouvir falar.
Não me perderei se te ouvir com atenção

Palavras que não passam, 
Palavras que libertam, 
Palavra poderosa tem teu coração
Palavra por palavra revelas o infinito, 
como é bonito ouvir teu coração

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? 
Nosso olhar deste dia será iluminado pela Palavra. Estaremos atentos aos sinais de Deus em cada acontecimento.
Pensemos no Dia Mundial dos Pobres e o que poderemos fazer neste dia.

Bênção
Jesus Divino Mestre seja para ti
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
(Bem-aventurado Tiago Alberione, fundador da Família Paulina)

dia 17 de novembro é
8º Dia Mundial dos Pobres 
O tema é "Ouve o meu clamor" e o lema, "A oração do pobre eleva-se até Deus"  (cf. Eclo 21, 5). O Papa Francisco nos convida a abrir nossos corações a oração e à solidariedade com os mais necessitados. 

O Dia Mundial dos Pobres é uma celebração da Igreja, comemorada no 33º domingo do Tempo Comum, desde 2017. Foi instituído pelo Papa Francisco em sua Carta Apostólica Misericordia et Misera, de 20 de novembro de 2016 na conclusão  do Jubileu da Misericórdia. Leia a Mensagem do Papa Francisco

Ir. Patrícia Silva, fsp

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Lc 17,26-37 - Há marcas da eternidade em tudo que fazemos


LEITURA ORANTE

Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui,  
em torno da Palavra.
Rezamos ou cantamos o Salmo 94:

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Lc 17,26-37

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26 “Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do homem. 27 Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28 Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29 Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30 O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do homem for revelado. 31 Nesse dia, quem estiver no terraço não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32 Lembrai-vos da mulher de Ló. 33 Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la, e quem a perde vai conservá-la. 34 Eu vos digo, nessa noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35 Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36 Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. 37 Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.

Compreendendo o texto
Neste discurso, Jesus diz que "Será como no tempo de Noé, no tempo que veio o dilúvio, como nos tempos de Ló, quando veio enxofre e fogo do céu e matou a todos". O povo estava preocupado com o dia-a-dia, os assuntos imediatos e, despreocupado com o que viria, com as coisas de Deus. Preocupava-se com o comer e beber, o plantar, construir, negociar... Numa palavra, o povo estava preocupado com a economia, a agricultura, a vida urbana. Jesus disse que assim acontecerá com a vinda do Filho do homem. Neste dia, diz o Mestre, não se deverá confiar em falsas referências, que acontecerá como um relâmpago ou um "apagão". O que era preocupação não o será mais. O "onde" ou o local será ali onde cada um estiver. Não haverá tempo, nem lugar. Enquanto no tempo de Noé e de Ló o povo tinha sua vida centrada nos prazeres da vida, os discípulos de Jesus devem estar preparados para a chegada de Deus, a cada instante, lugar, em todas as suas atividades e projetos. Tudo o que fazemos e vivemos tem marcas de eternidade.

alguns textos que ampliam nossa reflexão.
No anúncio do nascimento de Jesus foi dito pelo anjo que seu Reino não terá fim (Lc 1, 30-33).
O anjo disse: «Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus.  Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.»

Em Lc 21, 7-11,   Jesus fala de sinais do fim:
Qual será o sinal de que essas coisas estarão para acontecer?»  Jesus respondeu: «Cuidado para que vocês não sejam enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo já chegou’. Não sigam essa gente. Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. Primeiro essas coisas devem acontecer, mas não será logo o fim.»  E Jesus continuou: «Uma nação lutará contra outra, um reino contra outro reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares. Vão acontecer coisas pavorosas e grandes sinais vindos do céu.»

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?

Meditando
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “No entanto, no exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação!”(DAp 351).

O bem-aventurado Alberione propõe um caminho para este encontro com o Filho do Homem:
 “A pessoa é criada para o céu; unicamente para o céu. Todo o trabalho da pessoa consiste em não deixar que o seu coração seja conquistado pelos bens presentes, mas em servir-se dos bens presentes como meios para o céu. Todo o mal está em trocar o fim pelos meios. Se se fez isso, é necessário converter-se e orientar definitivamente o coração, as fadigas, o trabalho para o céu. (... ). Jesus Cristo é o caminho para o céu, caminho único, caminho seguro; é a verdade, porque guia a mente de modo que esta não erre, de modo que se sobrenaturalize, se divinize; é a vida, pela qual a mente aderirá sempre a Jesus Cristo e, pela qual, o coração e a vida se manterão sempre no caminho por ele traçado.” (DF 98).
Nós nos interrogamos: no exercício da nossa liberdade acolhemos a vida nova? Temos consciência de que tudo que vivemos tem reflexos na eternidade?

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?

Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, 
pelo calor que cria vida,
pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, 
pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. 
Inspira-nos com teu Espírito Santo 
os pensamentos que vamos alimentar,
as palavras que vamos dizer, 
os gestos que vamos dirigir, 
a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontrarmos, 
os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, 
o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, 
a esperança que vamos promover,
a paz que vamos semear,
a fé que vamos viver,
o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor,
a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar
amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, 
no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra? Sentimo-nos discípulo/as e missionários/as de Jesus.
Nosso olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Mestre Verdade-Caminho-Vida. Teremos no coração a certeza de que tudo que fazemos tem marca de eternidade.

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp